Os 10 principais hinos LGBTQIA+ de todos os tempos
Madonna, Billie Eilish, Frank Ocean e mais artistas estão no ranking
Como uma música se torna um hino gay? Assim como a própria comunidade LGBTQIA+, a trilha sonora é vasta e diversificada. Registramos a nossa história e contribuição para a cultura através da música e, com esta lista, reconhecemos e recordamos os precursores que tornaram possíveis as mudanças positivas que temos visto ao longo das décadas. Essas músicas são um testemunho de resiliência e excelência.
Embora seja impossível definir exatamente o que torna uma música “gay”, esta lista definitivamente não é direta. Você verá muitas sobreposições entre este compilado e algumas das melhores faixas de house e disco que tocaram nos salões de baile, bem como sucessos transformadores de nossas amadas divas de grandes vozes.
Existem slow jams introspectivos de artistas queer e aliados que refletem nossas lutas com autoaceitação e rejeição social. Existem sensações no topo da Billboard Hot 100 e joias escondidas que foram esquecidas ou ainda não foram descobertas; clássicos instantâneos e músicas que se tornaram as favoritas da nossa comunidade. Além das mais conhecidas e essenciais para uma lista como esta, queremos destacar os músicos queer que também merecem destaque. Veja aqui as 70 músicas escolhidas.
Veja a lista:
10. Billie Eilish, “Lunch” (2024)
Quando Billie Eilish lançou o terceiro álbum de estúdio, “Hit Me Hard and Soft”, em 2024, a faixa de destaque imediato foi “Lunch” – jam arrogante e sedutora que mostra a estrela cantando explicitamente sobre sua atração por mulheres pela primeira vez. Com letras como “Eu poderia comer aquela garota no almoço/Sim, ela dança na minha língua/ Tem gosto de ser ela”, esta canção de amor produzida por Finneas é o hino perfeito.
9. Clario, “Sofia” (2019)
Em “Sofia”, Clairo aborda a dolorosa –e muito identificável – vergonha internalizada que ela e/ou seu parceiro sentem sobre seu romance entre pessoas do mesmo sexo. “Saiba que você e eu não deveríamos nos sentir como um crime”, ela canta na faixa dançante.
8. Chappell Roan, “Good Luck, Babe!” (2024)
Não é fácil quando a pessoa que você ama não aceita sua identidade tanto quanto você, mas em seu grande sucesso, Chappell Roan dança em meio ao coração partido. Ela também tenta economizar o tempo das pessoas que questionam suas orientações sexuais com frases como: “Você pode beijar cem garotos em bares… Invente uma nova desculpa, outro motivo estúpido” e “Você teria que parar o mundo apenas para parar o sentimento”. Alerta de spoiler: se essas letras ressoam em você, você pode ser mais para a comunidade LGBTQIA+ do que apenas um aliado.
7. Cyndi Lauper, “True Colors” (1986)
Inspirada por sua irmã lésbica, Lauper tem sido uma defensora ao longo de sua carreira. Anos depois que a balada atingiu o primeiro lugar no Hot 100 em outubro de 1986, a cantora cofundou o True Colors Fund, uma organização sem fins lucrativos dedicada a acabar com a falta de moradia para jovens LGBTQIA+.
6. Madonna, “Vogue” (1990)
É uma tarefa e tanto escolher apenas uma faixa da discografia de Madonna, mas a aposta mais segura é essa música, inspirada na subcultura da moda queer. A música foi originalmente concebida como lado B, mas acabou no topo da Billboard Hot 100 por três semanas na primavera de 1990.
5. Gloria Gaynor, “I Will Survive” (1978)
Em 2014, Gloria Gaynor foi criticada pela comunidade gay quando adiou um show no The Abbey, em West Hollywood. Citando suas crenças religiosas, ela teria insistido que os gerentes removessem todos os go-go dancers da sala. Controvérsia à parte, o poder de permanência dessa música é inegável: RuPaul mandou duas rainhas embora no mesmo episódio de “RuPaul’s Drag Race” por não fazerem justiça à sincronização labial do hino gay. A canção liderou o Hot 100 por três semanas na primavera de 1979, recebeu indicações ao Grammy de gravação e música do ano e ganhou o único Grammy já apresentado de melhor gravação disco.
4. Diana Ross, “I’m Coming Out” (1980)
Mesmo em sua concepção, essa música era um hino gay: após ver três drag queens se passarem por Diana Ross em uma discoteca de Nova York, Nile Rodgers e Bernard Edwards se inspiraram a escrever algo para seu fandom gay. Ross quase ficou com medo de liberá-lo, mas Rodgers a convenceu a ir em frente. Ela seguiu o conselho dele e conseguiu seu sexto hit no Top 5 do Hot 100 como artista solo.
3. Brandi Carlile, “The Joke” (2018)
“Nunca deixe que eles roubem sua alegria”, Brandi Carlile garante à comunidade LGBTQIA+ –e a qualquer outra pessoa que precise ouvir isso – em seu disco “By the Way, I Forgive You”, sobre o amor sempre vencer diante do ódio.
2. Frank Ocean, “Chanel” (2017)
“Chanel” é uma das músicas mais vibrantes desta lista, bem como uma das mais profundas. “Eu vejo os dois lados como Chanel”, canta Frank Ocean em seu hit de 2017, que mostra o astro do R&B explorando as dualidades de sua sexualidade. Ele também fala sobre seu parceiro: “Meu cara é lindo como uma garota / E ele tem histórias de luta para contar”, abordando a fluidez do gênero e enfatizando como os indivíduos podem ser masculinos e femininos ao mesmo tempo, sem binários restritivos.
1. Lady Gaga, “Born This Way” (2011)
Inspirada pela música poderosa dos anos 1990, Lady Gaga disse à Billboard que queria criar um “disco de liberdade” que não fizesse rodeios. Ela seguiu em frente, com letras como: “Não importa a vida de gay, hétero ou bi / lésbica, transgênero / estou no caminho certo, baby / nasci para sobreviver”. Os fãs responderam positivamente, já que a música estreou em primeiro lugar no Hot 100 e permaneceu lá por seis semanas.