Missão completa: Travis Scott volta para São Paulo e faz show incendiário
Cantor passou pela capital paulista antes de se apresentar no Rock in Rio
Travis Scott trouxe sua turnê “CIRCUS MAXIMUS” para São Paulo na noite desta quarta-feira (11) e, durante cerca de duas horas, fez o Allianz Parque cantar e pular incessantemente.
Maior referência de trapstar em cima do palco, o cantor se declarou para capital paulista, lembrando seu show no Primavera Sound, em 2022.
“Eu tinha que voltar a São Paulo e fazer um show solo. Era uma missão. Estou numa turnê mundial e tinha que vir para esta cidade”, disse.
No set list, o rapper conseguiu passear por toda sua obra, de sua primeira mixtape “DAYS BEFORE RODEO”, que completa 10 anos em 2024 e foi relançada com edição comemorativa, passando pelo álbum (já clássico) “ASTROWORLD” e seu principal sucesso, “SICKO MODE”, fechando com seu último trabalho, “UTOPIA”, com direito ao grande sucesso “FEI!N”, parceira com Playboi Carti, repetido algumas vezes (se o repórter não tiver errado a conta, foram cinco vezes ao todo).
Ninguém (mesmo) fica parado
O trecho final com os hits “SICKO MODE”, “Antidote” e “goosebumps” fez com que mosh pits se multiplicassem pelas pistas do Allianz, algo para dar inveja em muito punk por aí.
O espetáculo da turnê “CIRCUS MAXIMUS” tem muito fogo, algo que mistura filme distópico e, óbvio, circo. Quem já viu outros shows de Travis no YouTube pode dizer que sentiu falta de mais pirotecnia. E faz sentido. O Allianz não é um espaço pequeno e o cantor poderia ter oferecido mais elementos visuais para os cerca de 46 mil fãs que esgotaram os ingressos para a apresentação.
Em dois momentos distintos, Travis chamou pessoas da plateia para cantarem com ele — e até ofereceu uma camiseta para galera. No auge do show, o cantor pediu para que o câmera filmasse a plateia e flagrou um fã sentado.
“Levanta a bunda daí!”, gritou o cantor, enquanto o fã era vaiado e acenando com a mão, parecendo meio perdido na situação. Talvez o inglês tenha atrapalhado a comunicação. No fim, o fã levantou e foi aplaudindo pelo rapper.
Durante o show, muitas rodas se formaram por pais e filhos. O trap é alçado como o gênero musical que melhor dialoga com juventude. A atitude rebelde dos artistas faz com que a máxima tenha sentido, e Travis emula esse personagem como ninguém. E ele tem um cuidado especial com seu público gen Z, tanto que um dos convidados para subir ao palco foi um adolescente, que cantou “goosebumps”.
São Paulo foi um aquecimento para Travis, que na sexta-feira (13) fecha o primeiro dia do Palco Mundo do Rock in Rio. Por incrível que pareça, olhando o line up deste ano, não seria surpresa que o maior “bate-cabeça” do festival aconteça num show de trap. Sinal dos novos tempos.