‘MC Beyoncé iria falar que era cascata’, diz Ludmilla sobre show no Coachella
Popstar carioca investiu mais de oito milhões em sua performance
Beyoncé, Prince, The Weeknd e… Ludmilla! Sim, ela chegou lá. A popstar carioca faz hoje a primeira das suas duas apresentações no Coachella, festival americano que se tornou referência no showbiz mundial. Pisar num palco que hospedou muitos de seus ídolos é algo que a menina que foi para a luta com o nome artístico de MC Beyoncé jamais imaginou que iria conseguir.
“Se a Ludmilla falasse com a MC Beyoncé de dez anos atrás e dissesse que eu estaria no Coachella, eu ia achar que essa Ludmila fanfarrona e mentirosa, sabe?”, diverte-se. “Para de caô, não vem com essas conversas, não”, continua.
A performance de Ludmilla no festival americano exigiu investimentos financeiros e pessoais. A cantora gastou mais de oito milhões de reais, que terá efeitos especiais e figurinos e coreografias de ponta. “Tem tudo que um show de uma grande diva precisa e merece porque as pessoas do mundo inteiro estarão assistindo a minha arte”, professa a popstar.
Do lado pessoal, Ludmilla passou a controlar a alimentação. “Sou taurina, gosto de comer. Mas depois que eu fui ver no resultado foi ficando bom e foi muito bom para minha saúde também porque o condicionamento físico é outro quando você se alimenta bem, viu?”, entrega. Por conta do “sacrifício”, a cantora perdeu dez quilos.
A estreia do Coachella faz parte de um planejamento de expansão internacional da carreira de popstar. Que, de certo modo, já vem acontecendo. “Olha já faz uns anos que eu recebo muitas mensagens propostas e para entrar de fato mergulhar na carreira internacional. As pessoas já conhecem a minha música, meu rosto e meu nome. Tanto é que eu tenho fã clube fora do Brasil”, comenta. As agências internacionais também estão de olho. “A Rock Nation, do rapper Jay-Z, até mandou uma proposta de contrato.”
O mercado latino, claro, faz parte desse plano de expansão. No início de abril, ela lançou “Piña Colada”. O single, tem que participação do colombiano Ryan, é a primeira “canetada” de Ludmilla em espanhol. “É difícil o Brasil consumir música em espanhol, mas eu estou muito feliz com a repercussão que a canção vem tendo. Me divirto com os vídeos que a galera vem fazendo da canção”, diz.
O fato dessa edição do Coachella ser a que tem mais artistas latinos do que em todas as edições do festival faz com que Ludmilla discorra sobre o poder da globalização. “A internet veio para quebrar a barreira que existia entre os países e as línguas. Hoje, em qualquer lugar do mundo, você pega o celular, digita o meu nome e escuta a minha música, e vê o que a gente tá fazendo no nosso Instagram. Isso possibilitou a gente agora de desbravar o mundo. É o nosso momento”, filosofa. “Eu tô muito feliz de estar fazendo parte desse momento de quebra de barreiras.”
Ludmilla está acostumada a momentos gloriosos. Sua apresentação no Rock in Rio, de 2022, trouxe uma contextualização da história do funk dos seus primórdios até os dias de hoje; no ano seguinte, fez uma das performances mais elogiadas do festival The Town, em São Paulo. E agora? “O público do quartel é muito diferente do brasileiro. Nós somos a quentura, estamos acostumados com a gritaria e o calor da plateia. Aqui eles são mais tranquilos, vêm para conferir tua performance”, analisa. “Mas vou levar toda a nossa energia, nosso calor Vai ter muito funk e muita música brasileira.”
Um último recado? “Não percam. Porque se perderem, irão se arrepender e falar: ‘Caraca, como fui deixar passar esse momento histórico????'” Depois disso, vamos acreditar que MC Beyoncé até poderia achar que a Ludmilla de hoje estava contando um tremendo caô. Mas certamente ficaria com essa previsão na cabeça para poder realizá-la dez anos depois…
