Você está lendo
As maiores polêmicas do mundo da música em 2025

As maiores polêmicas do mundo da música em 2025

Escândalos envolveram IA, julgamentos criminais e disputas políticas

O cantor Bad Bunny

O ano de 2025 foi repleto de polêmicas no mundo da música, marcado por conflitos que extrapolaram os palcos. Escândalos envolvendo tecnologia, política e justiça abalaram a indústria.

VEJA TAMBÉM
Stray Kids

Logo nos primeiros meses, discussões sobre inteligência artificial sacudiram o meio musical, levantando dúvidas sobre originalidade e direitos autorais. Astros estamparam manchetes por motivos espinhosos e protagonizaram embates públicos. Ao mesmo tempo, as cortes revelaram segredos sombrios de um magnata do hip-hop, e artistas confrontaram governantes pelo uso indevido de suas músicas na política.

Confira a seguir as maiores polêmicas que agitaram a música em 2025

Inteligência Artificial na Música


A ascensão da inteligência artificial atingiu em cheio a música em 2025, gerando entusiasmo e alarme. De um lado, faixas e artistas criados por IA acumularam milhões de streams: houve bandas fictícias com centenas de milhares de ouvintes no Spotify sem sequer existirem de fato. A versão de IA de um funk brasilero (acima) estourou pelo mundo, por exemplo. De outro, músicos e gravadoras denunciaram essas criações como fraude, acusando desenvolvedores de inflar reproduções com algoritmos e bots para lucrar com músicas geradas artificialmente. A polêmica foi tanta que nomes consagrados pediram intervenção: no Brasil, Caetano Veloso, Marisa Monte e outros exigiram regras para a IA, cobrando transparência no uso de obras alheias e pagamento de licenças aos artistas afetados. Ficou claro que a música sintética já desafia as regras do jogo e deve seguir no centro do debate.

Kanye West e Bianca Censori no Grammy

Kanye West e Bianca Censori
Kanye West e Bianca Censori no tapete vermelho do Grammy 2025 (Reuters)

Além dos deprimentes casos de apologia ao nazismo ao longo dos anos, Kanye West voltou às manchetes em fevereiro de 2025 por um episódio polêmico no Grammy Awards. O rapper surgiu de surpresa no tapete vermelho ao lado da esposa, Bianca Censori, que chocou o público ao desfilar com um vestido transparente. Sem convite oficial, o casal causou um alvoroço que desviou atenções da premiação. Nas redes, muitos acusaram West de explorar a esposa para autopromoção. Fato reforçado pelo próprio Kanye, que se gabou de Bianca ter sido tão buscada online quanto os vencedores do Grammy. A organização não puniu a ousadia do traje, mas a reação foi intensa: o stunt de Kanye foi condenado como machista e desrespeitoso, ofuscando a celebração dos artistas premiados.

Caso Diddy: julgamento de Sean Combs

O rapper P. Diddy (Reprodução)

Outra grande crise em 2025 foram as batalhas judiciais de Sean “Diddy” Combs. Após uma onda de denúncias no fim de 2024, Diddy enfrentou um julgamento federal sob acusações de tráfico sexual e associação criminosa, relacionadas a abusos supostamente cometidos por décadas. No tribunal, ex-parceiras como a cantora Cassie relataram que ele as forçava a participar de orgias drogadas com outras pessoas enquanto ele assistia e filmava. Em julho, o júri absolveu Combs das acusações mais graves, mas o declarou culpado em crimes menores ligados à prostituição. Apesar da vitória parcial, o astro permaneceu preso aguardando a sentença. O caso manchou a reputação de Diddy e revelou uma face sombria do astro.

Beyoncé x Bolsonaro

Beyoncé
Beyoncé durante show da Cowboy Carter Tour em Maryland (Grosby Group)

Uma polêmica inusitada envolveu Beyoncé e o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Em dezembro, a equipe da cantora descobriu que o teaser de “Dark Horse”, filme sobre Bolsonaro, usava sem autorização a música “Survivor”, sucesso do Destiny’s Child. Assim que soube do uso indevido, Beyoncé acionou advogados para remover o vídeo do ar, condenando a apropriação da faixa e agradecendo aos fãs que alertaram sobre o problema. 

Artistas americanos x Trump

Sabrina Carpenter
Sabrina Carpenter vai cantar no Lollapalooza 2026 (Reprodução/Instagram)

Em 2025, diversos músicos americanos entraram em atrito com Donald Trump, que voltou a usar canções famosas sem permissão em eventos oficiais e postagens nas redes. Muitos artistas manifestaram indignação ao ver suas músicas associadas a pautas do governo. Sabrina Carpenter, por exemplo, revoltou-se quando a Casa Branca usou sua faixa “Juno” em um vídeo que enaltecia a repressão a imigrantes. Ela chamou o conteúdo de maligno e protestou contra envolverem sua música numa agenda desumana. Situação semelhante ocorreu com SZA, que criticou o uso de “Big Boy” em uma postagem anti-imigrantes, apontando que se os artistas não reagissem pareceriam coniventes, mas ao reagir acabavam dando mais visibilidade à propaganda indesejada. 

Bad Bunny e conservadores no Super Bowl

Bad Bunny fotografado por Diwang
Bad Bunny fotografado por Diwang Valdez em 3 de setembro de 2025 no Coliseo de Puerto Rico José Miguel Agrelot em San Juan. Styling por Storm Pablo. Maquiagem por Gilbert Gonzalez. Produção por Sigfredo Bellaflores e Lauri Vega. Cobertor da Elder Statesman

A escolha de Bad Bunny como show do intervalo do Super Bowl 2026 (anunciada em outubro de 2025) provocou uma controvérsia envolvendo política e cultura. Assim que a NFL confirmou o astro porto-riquenho crítico de Trump, figuras conservadoras protestaram. O próprio Trump chegou a classificar a decisão como absolutamente ridícula. Em resposta, apoiadores anunciaram um “All-American Halftime Show” alternativo, com artistas alinhados à direita cantando em inglês. A polêmica acabou rendendo ainda mais atenção a Bad Bunny e acentuou o debate sobre representatividade latina e divisões políticas no entretenimento dos EUA.

Conflito Israel-Palestina nos palcos

O duo Bob Vylan durante apresentação no Glastonbury (Reprodução)

O conflito entre Israel e Palestina também gerou polêmicas no meio musical em 2025. No festival Glastonbury, o vocalista da banda punk Bob Vylan foi investigado por possível antissemitismo após gritar “death to the IDF” (“morte ao exército israelense”) durante o show. Em outros casos, artistas tiveram apresentações canceladas ou criticadas por exibirem bandeiras da Palestina ou símbolos controversos no palco. Esses episódios reacenderam o debate sobre liberdade de expressão e discurso de ódio nos espetáculos ao vivo, ampliando a tensão política dentro do show business.

 

Mynd8

Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
Publicado pela Mynd8 sob licença da Billboard Media, LLC, uma subsidiária da Penske Media Corporation.
Todos os direitos reservados. By Zwei Arts.