Latin Week 2025: Ozuna, Goyo e mais falam sobre o impacto do afrobeats na música
Painel abordou tema com artistas em Miami, nos Estados Unidos
À medida que o afrobeats ganha força fora da África Ocidental, onde se originou, artistas latinos estão abraçando o ritmo e fundindo-o com seus próprios sons característicos. É o caso de Goyo, Humby, Kapo, Ozuna e Venesti, que participaram do painel sobre afrobeats na Billboard Latin Music Week 2025 na terça-feira (21).
Moderada por Jessica Roiz, da Billboard, a conversa focou no respeito à cultura, às raízes e aos pioneiros que impulsionaram esse gênero na África, e como o afrobeats influenciou seus projetos mais recentes, incluindo o álbum de estreia de Goyo, “Pantera”.
“Este movimento é tão grande e trouxe tantas oportunidades para artistas latinos que cantam afrobeats, mas não são da Nigéria”, disse a estrela colombiana. “É importante respeitar as raízes e a cultura; mas a inquietação levou ao movimento Afrobeats, que está sendo misturado ao hip-hop, R&B e música nigeriana. Temos que dar importância à África por meio deste gênero que nos une.”
Enquanto isso, o hitmaker Ozuna falou abertamente sobre como experimentar o afrobeats lhe abriu portas e o tirou da zona de conforto que o reggaeton estava se tornando. “Eu não sabia muito sobre o ritmo, mas estava interessado em aprender, eu gostava de reggaeton, e esse ritmo me abriu portas.”
Ele acrescentou que a chave para continuar a desenvolver o movimento é a união e a colaboração. “Fizemos isso com o reggaeton e funcionou para nós. O afrobeats é um movimento que precisa de união. Precisa de artistas como eu colaborando com novos artistas. Tive essa oportunidade quando comecei minha carreira, e agora é a nossa vez de fazer isso com os novos artistas e com os mais novos. Isso é uma corrente; estamos todos no mesmo barco.”
Os artistas colombianos Kapo e Venesti também se aventuraram no afrobeats no início de suas carreiras. Depois de gravar em outros estilos, foi o afrobeats que deu a esses dois artistas em ascensão seus maiores sucessos, incluindo “Ohnana”, de Kapo, e “Umaye”, de Venesti.
“Essa música marcou uma virada”, explicou Venesti. “Eu estava passando por um momento no processo criativo em que os outros me diziam: ‘É isso que você tem que fazer’. Mas quando assinei com a AP Global, minha gravadora, eles me disseram: ‘Seja você mesmo’. Gravei ‘Umaye’ com um microfone de US$ 50. Foi meu primeiro hit número um na Billboard. ‘Umaye’ é um poema transformado em música.”
“Nascemos com esse sentimento; é algo que não consigo explicar”, acrescentou Kapo. “Criamos ‘Ohnana’ e ela se conectou com muitas pessoas. Não foi o meu começo, mas contribuiu muito. Temos modelos no mundo que fazem isso muito bem.”
Com mais de 30 anos de existência, a Semana da Música Latina é o maior encontro de artistas latinos e executivos da indústria do rock do mundo. O evento deste ano, mais uma vez, conta com painéis, conversas de destaque, mesas redondas, networking e ativações, além dos célebres showcases Billboard En Vivo.
A Semana da Música Latina também coincide com o Billboard Latin Music Awards de 2025, que vai ao ar na quinta-feira, 23 de outubro, na Telemundo e Peacock, onde Bad Bunny será homenageado como Melhor Artista Latino do Século XXI.
[Esta matéria foi traduzida da Billboard dos EUA. Leia a reportagem original aqui.]