Por que Jennifer Lopez foi eleita Maior Estrela Pop de 2001?
Leia a análise da Billboard sobre a aniversariante J.Lo
A cantora Jennifer Lopez completa 56 anos nesta quinta-feira (24). Em 2001, ela foi considera a Maior Estrela Pop do ano pela Billboard, devido aos sucessos na música e no cinema. Leia a análise abaixo.
Uma conquista notável para coroar qualquer currículo de um ano: em fevereiro de 2001, Jennifer Lopez teve o álbum número 1 na Billboard 200 (o segundo LP, “J. Lo”) e o filme número 1 nas bilheterias dos EUA (a comédia romântica “O Casamento dos Meus Sonhos”) – tornando-a a primeira artista a ocupar os dois primeiros lugares simultaneamente. Foi um exemplo da evolução de Lopez, ao longo de uma década, de dançarina de apoio no horário nobre da TV para uma das maiores estrelas – musicais ou não – do mundo inteiro.
Começando no início dos anos 1990 como uma das dançarinas Fly Girl no programa de esquetes da Fox, “In Living Color”, Lopez deixou o programa em 1993 para se dedicar à atuação. Ela conseguiu papéis coadjuvantes nos sucessos de bilheteria “Assalto sobre Trilhos” e “Jack, antes de alcançar o estrelato no papel-título de Selena, filme biográfico de sucesso da falecida cantora e rainha do Texas.
“Selena” prenunciou o sucesso musical de Lopez, que ela buscou em 1999 com o álbum de estreia de sucesso “On the 6”. O show gerou dois sucessos na Hot 100: “Waiting For Tonight” e “If You Had My Love”, este último se tornando seu primeiro número 1 e consolidando a tripla ameaça como uma das maiores artistas da era do “TRL”.
Em 2001, uma aparição que chamou a atenção (e impulsionou a busca por imagens no Google) com um vestido revelador no Grammy do ano anterior também consolidou Lopez como talvez o símbolo sexual máximo do novo milênio. Essa imagem continuou no vídeo do single principal de J.Lo, “Love Don’t Cost a Thing”, lançado no final de 2000, no qual Lopez se desfaz de um relacionamento insatisfatório, juntamente com a maioria de suas roupas, a caminho de um mergulho libertador no oceano.
“Love Don’t Cost a Thing” estava subindo na Hot 100 quando o calendário virou para 2001, chegando ao número 3 em fevereiro. Os dois singles seguintes de J. Lo não se saíram tão bem, então para o quarto single, “I’m Real”, o presidente da gravadora de Lopez, Tommy Mottola, recrutou o rapper em alta Ja Rule para uma participação especial em um novo remix.
O refeito tinha raízes no R&B, por meio de um sample doce do clássico bubblefunk dos anos 1980 de Mary Jane Girls, “All Night Long”, mas tinha um refrão pop arrasador, alternado entre os dois co-líderes. A música foi um sucesso em ambos os formatos, tornando-se o segundo número 1 de Lopez na Hot 100 em setembro, ao mesmo tempo em que estabeleceu a fórmula para seu terceiro — “Ain’t It Funny”, outro remix de “Murder” com Ja, que foi lançado em dezembro e liderou as paradas em março seguinte.
Apesar de J. Lo ter sido manchete por seu sucesso na música e no cinema em 2001, sua vida pessoal também era presença constante nos noticiários. Um relacionamento amplamente divulgado com Sean Combs (então conhecido como Puff Daddy) explodiu na virada do século com a prisão do casal em frente a um tiroteio em uma boate na Times Square, após o qual eles se separaram oficialmente no início de 2001.
Ela se recuperou rapidamente, porém, iniciando um romance relâmpago com Cris Judd, dançarino no videoclipe de “Love Don’t Cost a Thing”. Os dois se casaram em setembro em uma cerimônia “secreta” — que, no entanto, rendeu ao casal uma matéria de capa da People em outubro daquele ano.
Lopez teria mais sucessos no cinema e na música, e teve romances ainda mais famosos nos tabloides do que com Combs ou Judd (de quem se divorciou em junho de 2002). Mas 2001 marcou o auge de sua celebridade avassaladora, desde o período em que ela ainda era a queridinha da América, ainda crível como uma azarona corajosa de comédia romântica, ainda ultra acessível mesmo em seus momentos mais glamourosos (daquela matéria de casamento da People: “Mesmo quando Jennifer estava caminhando pelo corredor, ela cumprimentava as pessoas”). A reação negativa foi inevitável e avassaladora — assim como seu eventual retorno —, mas em 2001, ninguém era maior ou mais simpático em seu superestrelato do que Jenny From the Block.
(Em 2018, a equipe da Billboard divulgou um projeto de lista com suas escolhas para a Maior Estrela Pop de cada ano, desde 1981. Leia a matéria original, em inglês, aqui.)
