Maratona emo: como fãs encararam 13 horas de I Wanna Be Tour
Os fãs de emocore adotaram estratégias para curtir horas seguidas de shows
“Talvez eu tenha exagerado um pouco. Eu pulei em todas as músicas desde as 11h, agora meu pé está doendo. Me acabei. Não vai dar para ver o Fall Out Boy hoje”, disse a resignada designer Gabrielle Matos que foi embora na metade da enérgica apresentação da banda norte-americana Good Charlotte, penúltima atração do festival emocore I Wanna Be Tour, neste sábado (30), no Allianz Parque, em São Paulo.
Os portões do evento foram abertos 10h. Quem curtiu a maratona de quase 13 horas de shows teve muitos motivos de celebração e alguns perrengues se não fez uma lista de materiais úteis para levar ao festival. O namorado de Gabrielle amparava ela até a saída do evento e estava com o rosto vermelho.
“Quase dois soldados emos no fim da batalha, né? (Risos). Nem pensei em protetor solar. Mas a gente curtiu muito tudo. O festival foi foda”, disse o analista de vendas Thayan Val.
O evento trouxe para o estádio do Palmeiras algumas das bandas que consagraram o estilo emo e pop-punk dos anos 2000: Good Charlotte, Fall Out Boy, Yellowcard, além de Fresno, For Fun, The Veronicas e Dead Fish.
“Eu não queria ver todos os shows, então eu garanti uma lugar para descansar e com acesso fácil aos banheiros”, conta Laiana Almeida, 30, funcionária pública, que comprou pacote no camarote Backstage Mirante. O local ofereceu open bar, open food, acesso à pista premium, além de mimos como after show e maquiagem.
Os irmãos Lucas Santos, 26, e Leandro, 27, fizeram um revezamento. “Esquecemos o carregador. Aí o Lucas vai tirar umas fotos agora e eu garanto o fim do festival”, explica Leandro que estrategicamente guardou o celular no bolso, enquanto o irmão tirava fotos do Yellowcard.
“Fora isso, tá suave. Com cerveja e banheiro fácil eu aguento até o dia inteiro. Viva o emo!”, celebra Lucas.