Vagabundo: Gusttavo Lima fala da entrada no mercado latino com Luis Fonsi
Cantores dividem a nova música “Vagabundo”
Num momento em que o Brasil se apaixona cada vez mais por sons latinos surge “Vagabundo”, uma poderosa fusão de sertanejo e pop latino que corta a fita inaugural de uma collab entre dois gigantes da música, brasileiro Gusttavo Lima e o porto-riquenho Luis Fonsi. Esta não é apenas uma parceria entre um ídolo brasileiro e o porto-riquenho Luis Fonsi (que o mundo conhece e ama desde “Despacito”).
A música é a celebração de uma identidade latina compartilhada, que traz em comum o bom humor, o groove dançante e o amor. Nesta conversa exclusiva, mergulhamos no nascimento da faixa, lançada mundialmente nesta quinta-feira (9), que promete desafiar estereótipos e conquistar o público com sua autenticidade. Ainda descobrimos os detalhes de uma conexão artística tão natural que já promete render frutos no futuro.
Billboard – O que te motivou a colaborar com Luis Fonsi nessa música “Vagabundo”?
Gusttavo Lima – Essa parceria nasceu de uma admiração mútua. Eu sempre respeitei muito o trabalho do Fonsi, ele é um dos grandes nomes da música latina e um cara que sabe contar histórias através das canções. Quando surgiu a ideia de unir o Brasil e Porto Rico numa faixa, eu vi uma oportunidade linda de mostrar o quanto a música é universal e o quanto o ritmo atravessa fronteira, pelas suas histórias e vivências. “Vagabundo” é isso: duas culturas, dois estilos, um mesmo sentimento que fala de relações apaixonadas.
Como você descreve o estilo musical dessa nova faixa?
“Vagabundo” é uma mistura de sertanejo com pop latino. Tem aquela pegada romântica e envolvente que é muito presente nas minhas músicas, mas com um tempero caribenho, um ritmo quente que traz o DNA do Fonsi. É uma fusão natural, porque o sentimento é o mesmo, as relações do dia a dia, o amor, paixão e aquilo que tá todo mundo buscando um homem fiel que eh o sonho de toda mulher ter!
Qual é o significado por trás da letra e como os fãs vão se conectar com ela?
A gente vê toda hora as questões de traição e infidelidade em todas as redes sociais, e o quando o homem eh sempre o vagabundo da história, então essa música trás com a mistura do ritmo Brasil e América Latina o tempero que nem sempre todo homem eh vagabundo e alguns são firme e fortes como a mulher merece.
O intercâmbio entre Brasil e o mundo latino nunca esteve tão forte. Chegou a hora do Brasil se assumir como país latino?
Sem dúvida. A gente é latino em tudo: no ritmo, na energia, no jeito de viver e de cantar. O Brasil tem uma força musical gigantesca e tá mais do que na hora da gente ocupar esse espaço com orgulho. Essa troca com artistas latinos mostra que nossa música conversa com o mundo todo, e sempre está falando de sentimentos e relações que vai além das fronteiras.
Como foi o processo de criação com o Fonsi? Alguma história interessante?
Foi incrível. A gente se conectou logo de cara. Mesmo com idiomas diferentes, a linguagem da música é universal. Lembro que no estúdio a gente ria tentando ajustar sotaques — eu ensinando ele a falar “vagabundo” e ele me ensinando expressões em espanhol. No final, virou uma amizade verdadeira, além de uma parceria musical. E logo mais ele estará aqui pra gente cantar juntos,, já dando um spoiler exclusivo!
O que você consome de gêneros latinos e quais artistas te inspiram?
Eu escuto muita música latina, tanto os nomes mais atuais quanto os clássicos que abriram caminho pra tudo isso que a gente vê hoje. Gosto muito do Maluma, Sebastián Yatra, Carlos Vives e claro, do próprio Fonsi, eles trazem uma sonoridade moderna, pop e romântica que conversa muito com o que a gente sente no Brasil.
Mas também admiro demais artistas que marcaram gerações, como Juan Luis Guerra, Alejandro Sanz, Marc Anthony, Gloria Estefan, Shakira… são nomes que levaram a música latina pro mundo, com força, sentimento e identidade. Eu acho incrível ver como cada país tem seu ritmo, sua cor e sua história, Porto Rico, Colômbia, República Dominicana, México, são potências musicais que me inspiram muito.
O sucesso de artistas como Bad Bunny mostra um momento de “latin pride”. Como o Brasil pode se aproveitar disso?
O mundo tá prestando atenção na música latina. E o Brasil tem tudo pra surfar nessa onda. Assim como o Brasil está em total foco em todo o mundo. A gente tem artistas gigantes, ritmos únicos e uma paixão pela música que é contagiante. É o momento de mostrar pro mundo que o português também é uma língua linda pra se cantar e emocionar.
Como equilibraram as diferenças culturais e musicais entre Brasil e Porto Rico?
A gente buscou um ponto em comum: o sentimento. O sertanejo e o pop latino têm isso em comum, falam de amor, de saudade, de intensidade, das relações humanas e os momentos de tensão. Musicalmente, foi um encontro muito natural. Cada um trouxe seu tempero e no fim deu esse resultado que é “Vagabundo”: uma música que representa os dois mundos quando falamos de coração.
Qual mensagem você gostaria que o público levasse da música?
Assim como todas as minhas músicas a mensagem eh sempre de alegria, sonoridade, fazer o pessoal cantar e se alegrar, tornar os momentos divertidos e contagiar o coração. A história da música já se passou pela vida de todo mundo então tem uma identificação muito boa com as experiências de todo mundo, tenho certeza que o povo vai cantar e se divertir.
Há chances de vocês saírem em uma tour juntos?
A vontade existe! A gente já conversou sobre isso e seria um sonho levar esse show pro público da América Latina e pro Brasil. Imagina ver o público cantando em português e espanhol, junto? Seria uma experiência inesquecível. Temos planos e logo logo a gente conta tudo.
Essa é uma colaboração única ou pretendem repetir no futuro?
A parceria deu tão certo que eu não duvido que venha mais coisa por aí. Quando existe química musical, a gente não para numa música só. Então, quem sabe!
Você vê a possibilidade de “Vagabundo” viralizar como “Despacito”?
Olha, “Despacito” é um marco na história da música mundial. Mas acredito que “Vagabundo” tem tudo pra tocar as pessoas da mesma forma, porque é autêntica, tem alma. E quando uma música vem do coração, ela encontra o seu caminho. O público decide, e eu sinto que essa tem algo especial.
