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Grag Queen promete nova era pop com alma brasileira

Grag Queen promete nova era pop com alma brasileira

Artista assina com a Warner e apresenta a nova temporada de Drag Race Brasil

Da vitória internacional no “Queen of the Universe” ao comando do Drag Race Brasil, a cantora e performer, Grag Queen, tem construído uma carreira sólida, ousada e carregada de representatividade. Agora, ela inicia uma nova fase ao assinar com a Warner Music, uma das maiores gravadoras do mundo. A parceria, que promete expandir ainda mais os horizontes sonoros e artísticos da cantora, chega num contexto de efervescência criativa, com novos lançamentos a caminho e uma nova temporada do reality show que dá visibilidade a drags de todo o Brasil.

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Em entrevista exclusiva à Billboard Brasil, Grag fala com entusiasmo sobre o momento atual, da responsabilidade de representar a arte drag em escala global com a segunda temporada do Drag Race Brasil, da responsabilidade de ser uma ponte entre o Brasil e o mundo, e como transformar arte em ferramenta de resistência. E, claro, antecipa novidades sobre o tão esperado novo álbum. Confira!

Grag, você acaba de assinar com a Warner Music, uma das maiores gravadoras do mundo. O que essa nova fase representa para sua trajetória musical e como isso impacta a forma como você quer ser ouvida no Brasil e no exterior?

Grag Queen: Assinar com a Warner é tipo colocar uma turbina de foguete na minha diva pop! É o reconhecimento de uma caminhada feita com muito suor, voz e cílios postiços! Essa nova fase representa liberdade com estrutura, agora posso sonhar ainda mais alto, alcançar novas sonoridades, novos públicos, mas sem nunca perder minha essência. Quero ser ouvida como uma voz global, sim, mas com o coração fincado no meu proposito, sabe? E botar a música como protagonista é um propósito inegável.

A segunda temporada de Drag Race Brasil já está deixando os fãs ansiosos! O que você pode contar sobre essa nova edição e como tem sido, pra você, conduzir um programa tão importante para a visibilidade das drags brasileiras?

Grag Queen: Aí, meu amor… Segura esse dirig-don! A segunda temporada está incrível! As drags vieram afiadas, artísticas, políticas e com muita emoção. Conduzir o Drag Race Brasil é um presente, mas também uma responsabilidade gigantesca. Eu me vejo muito nessas meninas sonhadoras, sabe? Ver nosso talento brasileiro ganhando o holofote que merece é de arrepiar. Eu não sou só apresentadora, sou fã, sou mãe, sou suporte. E, acima de tudo, sou testemunha do poder transformador da arte que fazemos.

“Quero ser ouvida como uma voz global”, diz Grag Queen (Crédito: Aderbal Netto/ Divulgação)

Sua carreira já é marcada por muitas conquistas internacionais. Como você equilibra os desafios de se manter relevante lá fora e, ao mesmo tempo, continuar conectada com o público brasileiro, especialmente num cenário artístico e político tão complexo?

Grag Queen: Olha, o truque é não esquecer quem você é e para quem você canta. Eu sou brasileira até o último fio de cabelo da minha lace humana! Estar fora é incrível, mas estar presente para o meu povo é essencial. Eu tento ser ponte, como grande representante do país, levo a nossa arte, nossa música e nossas lutas e conquistas pro mundo, mas também trago de volta referências, oportunidades e espaços. Agora com a chegada da Warner Music e o decorrer das próximas temporadas, essa ponte vai ficar cada vez mais palpável e possível, demanda muito trabalho e investimento

Vivemos um momento em que a diversidade ainda é constantemente atacada — tanto no Brasil quanto no mundo. Como você enxerga o papel da arte, da música e da cultura drag nesse enfrentamento? E o que ainda precisamos fazer coletivamente para avançar?

Grag Queen: A arte é resistência! A música é ferramenta poderosa! E a drag é revolução! Nos tentam silenciar, apagar, ridicularizar, mas a gente responde com excelência, com discurso, com presença. E o enfrentamento não é só nosso, viu? A luta é coletiva. Precisamos de aliados reais, proteção e de políticas públicas. E precisamos continuar ocupando todos os espaços, não só o palco, mas também a política, o mercado, as escolas. Porque diversidade não é fazer o mínimo pra cumprir a meta, é um caminho longo de conhecimento e empatia.

Grag Queen: “Arte é resistência!” (Crédito: Aderbal Netto/ Divulgação)

Quais são os próximos passos de Grag Queen? Podemos esperar novos lançamentos, colaborações ou até mais projetos que unem música, performance e militância de forma tão potente como só você sabe fazer?

Grag Queen: Ah, vocês não perdem por esperar! Vem música nova, sim! Vem clipe, vem feat chiquérrimo, vem turnê nacional, internacional e seguimos o manifesto em forma de arte. Estou trabalhando num álbum que é meu coração e meus ouvidos, um mix de pop, brasilidades, soul, blues. E como de costume, vai ter intenção, uma Grag bem mais madura musicalmente e um Grégory cheio de vivencias que traduzi no álbum.

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