Fran Gil sobre a mãe, Preta: ‘Agora, a saudade começou a apertar’
Cantor esteve na missa de sétimo dia da artista
O cantor Fran Gil falou sobre a morte da mãe, Preta Gil (1974-2025), durante a missa de sétimo dia da morte da cantora. Ele estava acompanhado de amigos e familiares, incluindo o avô, Gilberto Gil.
“O legado está aí. O que ela já vinha fazendo com conhecimento maior com relação à doença, às prevenções, a tudo com relação à informação. Mais uma vez, sendo um instrumento de poder, de amplificar aquilo que ela acreditava e, neste caso, com relação à doença”, disse Fran sobre o câncer de Preta.
“Durante a doença, foi muito importante tudo que ela fez, como ela trazia essa informação, como ela se colocava. Lembro bem quando ela soube da bolsa [de ostomia], de cara ela já imaginou como ia empoderar pessoas que também estavam nessa situação. ‘Com certeza vou postar foto de biquíni para todo mundo ver’. E isso faz parte. Nesse momento, é o legado que mais me orgulha, como ela está salvando vidas, mais uma vez, através dessa força, dessa presença dela”, completou.
Fran também relembrou o velório da cantora, que aconteceu na sexta-feira passada (25) no Rio.
“Eu sempre tive essa noção assim, mas aquilo ali foi catártico, bonito demais e acho que atendeu exatamente aquilo que ela, em vida, já esperava. Minha mãe era muito assim: lúdica, vivia a vida desse jeito poético, mesmo. Acho que aquilo tudo que a gente viveu, assim como hoje também, mas ali no Theatro Municipal, foi uma coisa realmente muito bonita”.
“Acho que foi o dia que fui mais abraçado e, por meio desses abraços, senti a presença dela de uma forma muito nova, porque tudo que está acontecendo agora é tudo muito novo. É uma reconstrução, mas estou acolhido através desse amor que ela plantou e acho que isso é muito bonito. Sentir esse acolhimento através do que ela provocou nas pessoas.”
O cantor também falou sobre a filha, Sol de Maria, de 9 anos, reagiu à morte da avó.
“A Sol vem dando uma aula para gente, porque ela sente tudo muito intensamente e, ao mesmo tempo, ela conforta. Falo as coisas para ela e, quando ela me vê fragilizado, vem e traz aquilo de volta. Ela reafirma aquilo que a gente afirma para ela, está vendo tudo que está acontecendo. Ela sabe do tamanho da avó dela, do que a avó dela é, ela teve essa oportunidade de viver a presença da avó”, explicou Fran.
“Agora, fica a saudade. A gente está começando a sentir essa saudade, porque foi tão intenso tudo que a gente viveu, e agora que a saudade está começando a apertar. A saudade, mesmo, aquela coisa de querer mandar mensagem, de querer estar perto.”