Filho de Preta Gil publica carta comovente após morte da cantora
Francisco Gil revelou frase de conforto do avô, Gilberto Gil
O filho de Preta Gil (1974-2025), Francisco Gil, escreveu uma carta para se despedir da mãe. O texto foi publicado nas redes sociais.
“Na nossa última noite juntos, você dormia e eu acompanhava cada respiração sua. Você segurava minha mão com força… E eu sem entender de onde você tava tirando aquela força. Já faz muito tempo que venho tentando entender de onde vem essa sua força toda”, começou Fran.
“E agora entendo. O motor da sua vida sempre foi amar e amar sempre foi o seu maior dom. O amor sempre foi ação para você… Nunca se estagnou. Você foi implacável amando. Sua força vinha da vontade de viver, de ver a sua neta sol de maria crescer e vinha da gente que estava lutando com você. De um país inteiro que torceu… E assim lutou junto também. Esse amor também chegou para todos nós. A rede de apoio mais linda, que você construiu”.
“A sua compulsão era a generosidade. Ter o seu amor foi um impacto grande para qualquer um e eu nunca me incomodei de dividir ele com ninguém, porque foi você quem me ensinou que o amor não se limita. E você amou tanto… tanto. Você foi — e será sempre — tão amada, mãe. Que privilégio ter vindo para esse mundo de dentro de você. Minha melhor amiga.”
Preta morreu aos 50 anos no dia 20 de julho. Ela estava em Nova York, nos Estados Unidos, onde fazia um tratamento experimental contra o câncer.
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“Eu tava com muito medo… Mas determinado a encarar tudo com você. E a gente encarou, mesmo com você tentando me poupar. Eu me despedi de você e tentei fazer com que você não percebesse… Claro que você percebeu. E claro que esperou que eu fizesse isso para poder partir. Você sorriu, e eu nunca vou esquecer desse sorriso. Seu olhar tinha muito mistério… Mas entendi. A gente sempre se entende… Assim como nesse exato instante. No seu adeus tinha também um até logo. Presença absoluta que agora só muda de perspectiva.”
“Seu olhar também tinha a curiosidade de sempre… E muita coragem para encarar o que estivesse por vir. E foi assim que você deu seu jeito de me proteger e me deixar seguro de que — como sempre — você sabia bem o que tava fazendo. O seu tempo foi esse… E foi intenso. Como disse seu pai para mim depois de você partir: ‘Que agora venham os 50 bilhões de anos'”.
“Estenda-se infinito, mãezinha. A gente que é de axé sabe que a morte não é um fim. As fotos são dessa última semana. A primeira foi a última com a Sol, e a segunda foi a nossa última foto.”