Ex-CEO do Grammy é acusado de estupro por instrumentista
Neil Portnow teria abusado sexualmente de musicista em 2018
Neil Portnow, ex-presidente e CEO da Recording Academy –a organização responsável pela produção do Grammy – foi acusado de estupro em um processo judicial nos Estados Unidos.
A queixa apresentada à Suprema Corte do Estado de Nova York alega que o empresário abusou sexualmente de uma mulher em 2018 em um quarto de hotel na cidade, depois que ele e a vítima se encontraram para um assunto relacionado ao trabalho.
As informações foram divulgadas pelo “Independent UK”. A mulher diz que ficou “desorientada e incapacitada” após beber um copo de vinho que Portnow lhe deu antes de assediá-la sexualmente, segundo a queixa.
Ela afirma que o conheceu pela primeira vez em um evento da Recording Academy em janeiro de 2018 em Nova York. Ela conta que os dois se encontraram novamente em junho do mesmo ano, quando o empresário a convidou para o quarto de hotel dele, conforme alega o processo, onde ele lhe deu souvenires do Grammy e ofereceu um copo de vinho.
A vítima alega que Portnow não bebeu o vinho e que quando pediu para ir para casa, o empresário teria dito que não tinha táxis disponíveis.
A queixa também afirma que a mulher sofreu desde então “grave angústia emocional, física e psicológica, incluindo vergonha, culpa, perda econômica da capacidade de ganho e perda emocional”.
A vítima não é nomeada na queixa, mas é descrita como uma instrumentista de fora dos Estados Unidos que se apresentou uma vez no Carnegie Hall. Ela tinha 37 anos na época do suposto assédio.
Ela está processando o Portnow por agressão sexual e violência motivada por gênero, e também apresentou uma ação contra a Recording Academy por negligência.
Portnow, que renunciou ao cargo de CEO em 2019, negou as alegações. Seu porta-voz chamou as alegações de “completamente falsas” e “indubitavelmente motivadas pela recusa do empresário em atender às exigências ultrajantes da autora por dinheiro e assistência na obtenção de um visto de residência para ela”, como relatou a Associated Press.
A mulher diz no processo que entrou em contato com a Academy no final de 2018 sobre Portnow. Um representante da Recording Academy negou as alegações na ação judicial.
As alegações contra Portnow surgiram pela primeira vez em 2020, quando sua sucessora, Deborah Dugan, foi demitida após apenas oito meses no cargo e apresentou uma reclamação legal contra a Recording Academy, onde alegou que o conselho estava ciente das alegações.