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Entrevista: KEY dá detalhes de novo álbum solo e fala sobre fãs brasileiros

Entrevista: KEY dá detalhes de novo álbum solo e fala sobre fãs brasileiros

Integrante do SHINee lançou 'HUNTER', seu novo álbum como solista

KEY, do SHINee

Conhecido por sua versatilidade musical, KEY, solista e integrante do SHINee, está de volta. O cantor sul-coreano lançou seu terceiro álbum solo, “HUNTER”, com 10 faixas inéditas.

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A faixa-título é uma música dançante que apresenta graves potentes, sons de bumbo pesados, riffs de guitarra e sintetizadores harmonizados. A letra retrata um “eu” obcecado por outra pessoa e a “alegria da dor” sentida no relacionamento.

“Eu acho que dor e prazer não podem existir um sem o outro. Eles estão em uma espécie de coexistência”, diz KEY em entrevista para a Billboard Brasil. “Em ‘HUNTER’, há uma letra que diz: “Nós nos tornamos um”, e acho que esse verso contém a resposta para essa relação.”

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Após as atividades de lançamento do álbum, ele fará um show solo intitulado “2025 KEYLAND: Uncanny Valley” em Seul, de 26 a 28 de setembro, e segue a turnê por Taipei, Tóquio e outras cidades na Ásia.

KEY, que veio ao Brasil em 2014 e 2015, deseja voltar ao país com o grupo. “Eu me lembro da energia incrível no local e de como os fãs no Brasil eram apaixonados. Essa empolgação deixou a mim e aos membros ainda mais energizados no palco. Eu adoraria visitar o Brasil novamente como artista solo, mas como minhas memórias de lá estão tão ligadas às apresentações com os membros, eu também adoraria voltar como SHINee.”

[Correção: KEY não veio ao Brasil em 2008, como publicado anteriormente; ele debutou com o SHINee naquele ano].

Assista ao clipe de ‘HUNTER’, de KEY

Leia a entrevista completa com KEY, do SHINee

Billboard Brasil: “HUNTER” carrega um forte peso simbólico. Como a figura do caçador se conecta à sua identidade hoje?
KEY: Acredito que todos nós convivemos com múltiplos lados de nós mesmos. Com esse álbum, eu queria compartilhar diferentes histórias sobre “mim” e minha “identidade” em várias faixas. Para mim, o “caçador” parecia uma versão um pouco desconhecida de mim mesmo… Como o “eu” que eu não sabia que existia, ou o “eu” visto pelos olhos de outra pessoa. Essa sensação estranha que você tem ao conhecer o “caçador” pode, na verdade, ser parte da jornada para encontrar seu verdadeiro eu e um sinal de que você está crescendo. Eu queria transmitir a mensagem de que você não deve evitá-lo, mas sim enfrentá-lo com coragem.

Como você vê a relação entre dor e prazer, que aparece na letra de “HUNTER” como “êxtase dentro da dor”?
KEY: Eu acho que dor e prazer não podem existir um sem o outro. Eles estão em uma espécie de coexistência. Em “HUNTER”, há uma letra que diz: “Nós nos tornamos um”, e acho que esse verso contém a resposta para essa relação.

O que você espera que os ouvintes sintam ao ouvir SEULGI em “Perfect Error” ou EUNHO em “Infatuation”?
KEY: Espero que apreciem como a minha voz se mistura com a dos artistas convidados em ambas as músicas. Sempre quis fazer um dueto com o SEULGI, por isso fiquei feliz por termos trabalhado juntos numa faixa brilhante e inspiradora. “Infatuation” é uma releitura do gênero new jack swing dos anos 1990 com uma atmosfera romântica, enquanto “Perfect Error” tem uma vibe inspiradora e positiva que realmente se destaca.

Em “No Way!”, você fala sobre ignorar a opinião dos outros. “GLAM” também aborda temas de identidade e autoconfiança. Como você aprendeu a se proteger e a construir essa autoconfiança?
KEY: Acho que os letristas dessas músicas realmente entendem minha personalidade e caráter. Eles escreveram letras que combinam tão bem comigo que quase parece que eu mesmo as escrevi, e sou muito grato por isso. No fim das contas, acredito que sou eu quem precisa me proteger, então sempre tento manter meu centro e os pés no chão.

Ouça o álbum completo

Há uma narrativa em “HUNTER”, não linear… Você pensa no álbum como um diário emocional ou como uma história contada em capítulos?
KEY: Abordei este álbum como se estivesse montando uma apresentação ao vivo. Como o fluxo da abertura até o final é importante em um show, eu queria o mesmo tipo de conexão orgânica aqui. Há músicas animadas, faixas com ritmo mais lento, momentos intensos e trechos emocionantes. E espero que como elas fluam juntas faça você se sentir como se estivesse em um show.

Existe alguma mensagem ou detalhe que você gostaria que os ouvintes mais atentos descobrissem no álbum?
KEY: Acho que os ouvintes vão gostar da variedade de estilos vocais ao longo do álbum. Dependendo da música, posso apresentar os versos de uma forma mais áspera e direta, ou de uma forma mais suave e lírica. Também escondi detalhes ao longo do álbum que podem ser interpretados de diferentes maneiras dependendo da perspectiva do ouvinte, o que, na minha opinião, torna a exploração ainda mais divertida.

Você explora diferentes gêneros musicais no álbum. Há muitos elementos de pop rock, música eletrônica, ball room… O que você tem ouvido sem parar nos últimos meses? Um artista, um álbum…
KEY: Costumo ouvir uma grande variedade de gêneros sem me limitar, mas ultimamente tenho estado tão ocupado preparando o álbum que praticamente só tenho ouvido faixas demo. Gostaria de ter mais tempo para explorar outras músicas. Na próxima entrevista, vou me certificar de saber quais músicas as pessoas estão curtindo ultimamente e descobrir algumas novidades para compartilhar com vocês.

KEY, do SHINee
KEY, do SHINee (SM Entertainment)

Se pudesse mostrar apenas uma cena do MV de “HUNTER” para você mesmo de 2008, o que acha que ele diria?
KEY: Acho que ele olharia e diria: “Espera aí, eu realmente consigo fazer isso?”. Quando eu estreei, nunca imaginei que lançaria álbuns solo com tanta frequência. Eu diria a ele: “Você terá tantas oportunidades de compartilhar as coisas que ama, então continue construindo o que é exclusivamente seu e se apegue a isso”.

Em uma entrevista recente, você mencionou que sente falta da era “Gasoline” e quer trazer de volta essa mesma força neste novo álbum. “HUNTER” parece mais introspectivo. Como você avaliou isso?
KEY: Vejo “HUNTER” como o álbum em que fui mais honesto. Meu objetivo era revelar os lados de mim que eu realmente queria compartilhar, sem filtros. Em meio ao caráter forte, às roupas ousadas e aos conceitos distintos, eu queria contar minhas histórias mais genuínas.

Você também falou sobre ter versões diferentes de si para diferentes situações, tanto pessoais quanto profissionais. Nos últimos anos, descobriu algo sobre si que o surpreendeu?
KEY: Hoje em dia, quando algo inesperado acontece, me pego pensando: “Bem, isso pode acontecer” e simplesmente deixo para lá… O que, sinceramente, me surpreende. Sinto que fiquei mais relaxado e minha perspectiva sobre pessoas e situações se tornou muito mais ampla do que antes.

O que você diria que mudou mais desde “Gasoline”?
KEY: Já se passaram três anos entre “Gasoline” e “HUNTER”, e nesse tempo eu vivenciei tantas coisas diferentes de vários ângulos. Ao longo do caminho, me vi ficando mais curioso sobre quem eu sou. Ser capaz de moldar e refinar essas descobertas e compartilhá-las através deste álbum é realmente gratificante.

KEY, do SHINee
KEY, do SHINee (SM Entertainment)

Em “Strange”, você canta sobre perder a humanidade e questionar a maneira como as pessoas interagem. Algumas pessoas podem se deslumbrar com o sucesso. O que faz para se manter humilde e manter os pés no chão?
KEY: Tento viver com a crença de que nem o sucesso, nem o dinheiro podem mudar quem eu sou em minha essência. Mesmo que eu perdesse tudo amanhã, quero permanecer fiel à pessoa que sou hoje. Para mim, essa é a chave para manter os pés no chão e manter meu senso de identidade.

Alguns artistas se sentem pressionados a moldar suas escolhas musicais para obter melhores números ou mais sucesso. Você já sentiu isso?
KEY: Acho que é algo que todo artista se questiona em algum momento. Mas, pensando bem, sou um artista de música popular e a música que faço naturalmente se torna parte desse mundo. Então, não sinto realmente a necessidade de me comprometer entre o que quero fazer e o que é considerado “popular”.

As pessoas dizem que o verdadeiro crescimento vem geralmente de “deixar” algumas coisas “irem”. Em sua jornada, o que você teve que abandonar ou desaprender para crescer?
KEY: Eu entendi que o verdadeiro crescimento leva tempo e paciência. Também aprendi que, para persuadir os outros ou expressar claramente a direção e a mensagem em que acredito, é preciso experiência e um certo tipo de conhecimento. Os momentos do meu passado moldaram quem eu sou hoje, e acredito que o tempo que estou vivendo agora se tornará o solo que nutre meu crescimento nos próximos anos.

Você veio ao Brasil em 2014 para o Music Bank no Rio de Janeiro. Há algo que você se lembra dessa viagem?
KEY: Eu me lembro da energia incrível no local e de como os fãs no Brasil eram apaixonados. Essa empolgação deixou a mim e aos membros ainda mais energizados no palco. Eu adoraria visitar o Brasil novamente como artista solo, mas como minhas memórias de lá estão tão ligadas às apresentações com os membros, eu também adoraria voltar como SHINee.

Você gosta de algum artista/música brasileira?
KEY: Eu ainda não tive a chance de explorar muito a música brasileira, mas adoraria vivenciá-la em primeira mão, enquanto estiver lá. Se houver algum artista cujo estilo vocês achem que combinaria com o meu, ficaria feliz em receber recomendações. Se algum fã brasileiro estiver lendo esta entrevista, por favor, me avise!

Pode mandar uma mensagem para seus fãs no Brasil?
KEY: Já faz um bom tempo que não posso visitá-los pessoalmente, mas sou realmente grato pelo apoio constante e pelo amor inabalável que vocês têm me enviado de tão longe. Prometo que voltarei para vê-los novamente! Por favor, demonstrem muito amor por este novo álbum também.

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Key, do SHINee
Key, do SHINee (Instagram)

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