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Entrevista: ILLIT aprofunda conceito de novo single álbum

Entrevista: ILLIT aprofunda conceito de novo single álbum

Grupo de K-pop falou sobre lançamento com a Billboard Korea

ILLIT

Com a declaração “NOT CUTE ANYMORE!”, o ILLIT retorna mais afiado do que nunca com um novo single álbum de mesmo nome, lançado em 24 de novembro.

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As cinco integrantes — Wonhee, Minju, Iroha, Moka e Yunah — se libertam de todos os rótulos e limitações, revelando uma nova sensibilidade que se recusa a ser definida.

Abaixo, elas conversam em detalhes com a Billboard Korea sobre seu lançamento mais recente, seu conceito e como estão se esforçando para crescer.

Leia a entrevista com o ILLIT

Billboard Korea: O que você pensou quando ouviu pela primeira vez o conceito de dizer “eu não sou mais fofa”?
Yunah: Lembro de ter ficado muito animada. E, de alguma forma, essa afirmação ousada, “eu não sou mais fofa”, soou ainda mais fofa para mim. [Risos] Isso me fez pensar em como as pessoas reagiriam, e essa curiosidade me motivou a começar a divulgação ainda mais cedo.

A faixa-título foi criada por uma equipe global, incluindo Jasper Harris – produtor do hit número 1 da Billboard Hot 100, “First Class” – e a cantora e compositora coreana YURA. Qual foi sua primeira impressão da música?
Yunah: Ela tinha uma vibe onírica que nunca tínhamos experimentado para uma faixa-título antes, então lembro de ter ficado bastante surpresa quando a ouvi pela primeira vez. Depois, o som sutil ao fundo, quase como pássaros cantando, realmente me marcou. Com criadores tão incríveis envolvidos, naturalmente me apeguei ainda mais à música.

Como foi gravar a música?
Yunah: Estou acostumada a cantar músicas como “Toki Yo Tomare”, que exigem uma voz clara e potente. Mas desta vez, tive que cantar num tom mais suave, quase furtivo, como o de um gato de rua. No começo, a sensação era tão estranha que me perguntei: “Será que sou eu mesmo cantando?”. Levei um bom tempo para encontrar o tom que queria, então gravei várias vezes. Mas quando ouvi a versão final, percebi: “Nossa, minha voz também funciona bem com essa vibe”, o que foi uma descoberta divertida.

Os fãs (GLIITT) também estão animados para a apresentação [do single].
Yunah: Até agora, nossas coreografias dependiam muito de movimentos rítmicos e com batida, mas essa faixa-título não tem muitos elementos rítmicos para serem incorporados à coreografia. A dança é muito estática… Quase sinistra. E em vez de expressar emoções fortes, eu tive que manter uma expressão completamente neutra… O que foi surpreendentemente difícil de acertar. Mas conforme todas foram se sentindo mais à vontade com a coreografia, nosso instrutor nos disse: “Vocês realmente entenderam essa música agora”, o que me deixou muito orgulhosa.

Você e Minju, ambas nascidas em 2004, costumam cantar juntas mesmo fora das atividades do ILLIT. Por que você acha que isso acontece?
Yunah: Meu estilo de canto é limpo e básico, enquanto o tom e a técnica da Minju são mais modernos e técnicos. Somos totalmente opostas, o que provavelmente explica a ótima sinergia que criamos quando cantamos juntas. E nós duas simplesmente amamos K-pop de verdade.

Teve algum momento que você sentiu como um “fracasso” na época, mas que agora considera uma parte necessária do seu crescimento?
Yunah: Penso imediatamente em “Toki-Yo-Tomare” e “Almond Chocolate”. As músicas japonesas geralmente têm um registro mais agudo, e embora eu sempre tenha confiado na minha capacidade vocal, nunca me considerei particularmente forte em notas altas. Então, no início das gravações, eu chorei muito, duvidando de mim mesma. Mas o produtor e a equipe de A&R continuavam me dizendo: “Te demos essa parte porque só você consegue cantá-la”. Com esse tipo de confiança, como eu poderia desistir? Continuei praticando e perseverando e finalmente consegui. Agora percebo o quão importante esse processo foi para mim.

ILLIT
ILLIT (Belift Lab/Divulgação)

ILLIT já apresentou o conceito de “garota mágica” antes. Qual é o feitiço característico de Minju para esta nova era “NOT CUTE ANYMORE”?
Minju: Eu diria que é meu lado cool e chique… Aquele que raramente consigo mostrar no ILLIT. [Risos] Este comeback muda um pouco as coisas. Não somos mais apenas fofas, e estou animada para que as pessoas vejam esse contraste.

Qual foi sua primeira reação ao ouvir a música “NOT CUTE ANYMORE”?
Minju: Honestamente, fiquei chocada, mas no bom sentido. Parecia algo novo para nós, algo que o ILLIT nunca tinha explorado antes. Imediatamente fiquei curiosa para ver como seria a coreografia.

E a coreografia correspondeu às expectativas?
Minju: Superou minhas expectativas. Assim que a coreografia foi apresentada, a mensagem do álbum ficou muito clara. A rotina exige uma vibe chique, quase inexpressiva, muito diferente de uma performance típica de K-pop. Esse contraste foi estranhamente viciante.

Você disse que a versão de você neste comeback é, na verdade, mais próxima da “Minju de verdade”.
Minju: Totalmente verdade! Principalmente quando eu era trainee. Quando estávamos preparando “Magnetic”, sorrir e piscar parecia tão estranho. Mas com o tempo, me acostumei com o conceito fofo do ILLIT. Curiosamente, quando começamos a ensaiar a coreografia deste álbum, eu me pegava sorrindo durante as partes mais chiques.

Existe algum outro lado seu que as pessoas ainda não conhecem?
Minju: GLLIT provavelmente já sabe, mas eu sou uma garota super “descolada”. Vivo de roupas pretas. [Risos] E sou obcecada por filmes de zumbis e terror. Se estou no cinema, com certeza escolho um desses dois gêneros.

Sua faixa “jellyous”, do terceiro mini-álbum “bomb”, também foi lançada em colaboração com Sophie Powers. Existe alguma outra vocalista com quem você gostaria de trabalhar algum dia?
Minju: Kvsh [cantor sul-coreano]. Eu sempre imagino como nossas vozes soariam juntas. Eu ouço todas as músicas dele… A atmosfera, a vibe única que ele cria… Eu realmente respeito isso. Adoraria conhecê-lo um dia.

Em uma entrevista anterior, você disse: “Eu não nasci com nenhum talento especial, então pratico mais”. Mas debutar e conhecer os fãs parece ter mudado a forma como você se vê.
Minju: Com certeza. Sempre que os fãs me dizem exatamente o que gostaram no meu canto ou na minha dança, isso aumenta minha confiança. E quando alguém diz: “Você melhorou meu dia”, isso me toca profundamente. Saber que posso ser esse tipo de energia para alguém… É isso que me motiva.

O que te impulsionou a se tornar uma idol do K-pop?
Minju: Assistir a tantos artistas de K-pop, incluindo 2NE1 e BLACKPINK, no palco. Elas pareciam tão felizes se apresentando. Esse sonho ficou comigo e, depois da academia de dança, da vida de trainee e finalmente debutar com o ILLIT, ele se tornou realidade. Mesmo agora, parece surreal que eu possa inspirar alguém da mesma forma que esses artistas me inspiraram.

2025 está chegando ao fim. Tem algo que você queira realizar antes do fim do ano?
Minju: Quero finalizar a promoção deste single com chave de ouro e mostrar um ILLIT mais maduro nos palcos de fim de ano. E, acima de tudo, quero mais momentos com o GLLIT — mais apresentações, mais memórias.

Por fim, o que você diria para as pessoas que estão conhecendo esse novo lado do ILLIT pela primeira vez?
Minju: ILLIT não é mais só fofinho. Então não se assustem ou fiquem com medo. [Risos] Só fiquem com a gente.

ILLIT
ILLIT (Belift Lab/Divulgação)

Quando você ouviu pela primeira vez o conceito do seu novo single, qual foi a sua reação?
Moka: As pessoas costumam nos descrever como “fofas”, mas, honestamente, acho que não somos só isso. Nesse sentido, esse conceito combina muito bem com o ILLIT. Nós até incorporamos partes das nossas personalidades e experiências reais na letra. Por exemplo, tem um verso que diz: “Quando eu fico muito estressada, devo assistir a um filme de terror?” E sim, nós realmente amamos filmes de terror! [Risos].

Entre os membros do ILLIT, você é especialmente conhecida por mudar seu estilo dependendo do conceito. Qual foi o seu estilo favorito até agora?
Moka: Definitivamente o visual inspirado em motoqueiros das nossas fotos conceituais desta vez. Tudo parecia novo — a roupa verde neon, os óculos de proteção — tudo tinha uma vibe muito legal. Eu até experimentei cabelo loiro pela primeira vez, e a experiência com cabelo descolorido foi muito mais divertida do que eu esperava!

Você parece gostar muito de experimentar coisas novas. Muitas pessoas têm medo de mudanças.
Moka: Acho que estar no ILLIT me tornou mais destemida. Todas as integrantes têm suas próprias características, mas todas estão abertas a novos desafios. É por isso que conseguimos continuar crescendo. Essa é uma das melhores coisas do ILLIT.

Você passou um longo período no Japão neste verão, incluindo o primeiro show solo para fãs do grupo. Como alguém que, assim como a Iroha, nasceu no Japão, você sentiu alguma responsabilidade extra durante as promoções no Japão?
Moka: No começo, sim. Principalmente no show para fãs, eu sentia que deveria assumir a liderança na apresentação e na conversa. Mas as integrantes se esforçaram tanto para estudar japonês que a pressão passou rápido, e nós simplesmente aproveitamos. Curiosamente, acho que fiquei mais nervosa quando participamos de programas de variedades japoneses! [Risos].

As músicas do ILLIT continuam recebendo muito carinho — seu single de estreia, “Magnetic”, chegou a entrar na Hot 100. Você já ouviu alguma música do ILLIT tocando inesperadamente em público?
Moka: Já! Recentemente, minha mãe veio visitar a Coreia e ouvimos nossa música tocando na rua. Foi surreal. E uma vez, eu e a Iroha fomos comer frango e as pessoas lá devem ter nos reconhecido. Quando “Magnetic” começou a tocar, eu pensei: “Ah, essa é a nossa música!” Mas aí começou a tocar “Tick-Tack”… e a próxima música também era nossa! Mesmo assim, terminamos nossa refeição felizes e fomos embora. [Risos].

O que mais te anima nesse comeback?
Moka: Dessa vez, tentamos algo novo, e só isso já torna as promoções empolgantes. A coreografia é bem original, mas nos divertimos muito fazendo. Estou curiosa para ver a reação dos fãs.

Vocês debutaram em março de 2024. O que você quer aprimorar ainda mais?
Moka: Quero continuar surpreendendo as pessoas com novas ideias — simplesmente aceitando desafios constantemente em todas as áreas do nosso trabalho. É assim que quero crescer.

ILLIT
ILLIT (Belift Lab/Divulgação)

O novo single também é um grande desafio para o ILLIT, certo?
Wonhee: Com certeza. Tanto “NOT CUTE ANYMORE” quanto “NOT ME” foram territórios novos para nós. Já lançamos mini-álbuns antes, mas um single foi diferente — havia uma certa empolgação envolvida. Vocalmente, as integrantes brincam com uma expressividade sutil, quase despretensiosa. Se você prestar atenção a esses detalhes, as músicas ficam ainda mais divertidas.

“NOT ME” transmite a mensagem de que ninguém tem o direito de definir quem você é. Então, como Wonhee se define?
Wonhee: Honestamente… apenas uma pessoa muito “normal”. Uma estudante típica da minha idade. Adoro sair com os amigos, às vezes sou extrovertida, às vezes tímida, bem comum.

Desde o último mini-álbum, “Bomb”, até sua estreia no Japão e agora este single, você experimentou tantas coisas desde o debut. Há algo em que você queira se desafiar mais?
Wonhee: Isso não tem exatamente a ver com o palco, mas… eu adoro quando os fãs me dizem: “Wonhee, você é tão divertida”. Quero ser uma idol que realmente entretém os fãs. Quero brincar com eles de verdade — literalmente. Imagine fazer pega-pega ou pato-pato-ganso em uma quadra ou pátio de escola! Até queimada com 100 pessoas parece divertido, não é?

Precisaríamos alugar um quintal enorme para isso! O que você faz quando não está com a agenda lotada?
Wonhee: A maior parte do meu tempo é dedicada a compromissos ou treinos, mas durante os intervalos, encontro minha família ou amigos de longa data. Só de conversar com eles ou simplesmente estar junto já é terapêutico. Esses momentos são muito especiais e preciosos.

Você sempre usa óculos no seu tempo livre? Sua visão é bem ruim, né?
Wonhee: Sim, tenho um astigmatismo forte. Sem lentes de contato ou óculos, tudo fica embaçado e borrado. Fico louca se não consigo enxergar direito, então sempre uso um ou outro.

As pessoas costumam dizer que o ILLIT lembra “garotas mágicas”, provavelmente porque suas performances são oníricas e empoderadoras. Qual elogio te deixa mais feliz?
Wonhee: Adoro quando as pessoas dizem: “Você é cativante”. Não sei se outras pessoas sentem isso com frequência, mas às vezes tenho exatamente essa sensação quando assisto às performances de outros artistas. Ouvir isso de outra pessoa é o melhor elogio.

Qual a melhor parte de estar no ILLIT?
Wonhee:  Sinceramente, nos sentimos como colegas de classe. E como nossas personalidades e estilos são tão diferentes, naturalmente aprendemos muito umas com as outras. Principalmente eu — tive o período de treinamento mais curto entre as integrantes, então aprendi muito com elas.

2025 está chegando ao fim. Qual foi o momento mais memorável para você este ano como parte do ILLIT?
Wonhee: Definitivamente, o show do ILLIT GLITTER DAY de 2025. Senti que todos os meus esforços finalmente estavam sendo recompensados. Mesmo tendo debutado, o número de dias que realmente conseguimos encontrar os fãs pessoalmente é menor do que as pessoas imaginam. Sentir essa diferença — entre simplesmente saber que os fãs são preciosos e realmente vê-los bem na minha frente — foi inesquecível. Ainda consigo visualizar todos aqueles lightsticks na plateia. Foi como receber um presente. Um momento que me fez pensar: “Que bom que escolhi esse caminho”. Lembro-me de cada um daqueles rostos.

ILLIT
ILLIT (Belift Lab/Divulgação)

Você veio para a Coreia pela primeira vez aos 11 anos para perseguir seu sonho. Fazer sua estreia oficial no Japão e realizar seu próprio show em setembro deve ter sido emocionante.
Iroha:  Adorei poder ver meus pais com frequência enquanto estávamos no Japão. E para o showcase de estreia, convidei meus amigos da escola pela primeira vez. Fazia tanto tempo que eu não os via, e me dei conta: “Nossa, minhas atividades no Japão estão oficialmente começando.” Quase chorei, mas acima de tudo, me senti animada e maravilhada. Tudo parecia um sonho.

Faz apenas um ano e oito meses desde a estreia. Com tudo o que você já experimentou, o que aprendeu — ou o que você quer aprimorar ainda mais?
Iroha: Números e recordes são visíveis, mas nem sempre parecem reais, sabe? Sou mais feliz quando estamos preparando grandes apresentações de fim de ano. Nosso diretor de performance e todos os dançarinos se dedicam muito a um único show. Todo o processo e a finalização da apresentação — esses são os momentos em que me sinto mais satisfeita. Estou muito grata por mais pessoas estarem começando a pensar em mim quando ouvem “a dançarina principal do ILLIT”. E as apresentações de fim de ano não são só sobre mim — outros membros também têm a oportunidade de brilhar nas coreografias, o que me deixa orgulhosa.

Essa é uma maneira tão madura de pensar, se importar com o destaque das integrantes. Então, qual é um charme da Iroha que você gostaria que mais pessoas notassem?
Iroha: Definitivamente, minha dança. Quero experimentar mais estilos de hip-hop ou até mesmo coreografias de grupos masculinos. Ainda não tive a oportunidade de me dedicar totalmente a isso, mas estou praticando aos poucos e fazendo aulas sempre que posso. Eu só quero muito dançar mais.

Você dança desde muito jovem. Você se sente sobrecarregada às vezes por saber que coisas como dança ou canto nunca têm um “ponto final”?
Iroha: Como não existe “perfeição”, isso na verdade me motiva a trabalhar mais. E quanto mais elogios eu recebo, mais quero melhorar. Isso me faz pensar: “Quero tentar isso também” ou “Quero ficar boa nisso”.

As pessoas costumam te ver como a garota que dança bem, ou a fofa. Mas como você se vê?
Iroha: Nossa… Essa é a pergunta mais difícil. Não sei se consigo me descrever em apenas uma palavra.

Então vamos tentar esta: você costuma passar algum tempo sozinha na sala de ensaio?
Iroha: Não muito, mas quando passo, me concentro bastante. Às vezes começo apenas descansando em silêncio com música, mas quando chega a hora de trabalhar, me dedico 100%. Também preciso cuidar da minha saúde para o dia seguinte.

Vocês têm promoções em programas musicais chegando. Como você se sente em relação a isso? As gravações antes do amanhecer e todos os ambientes diferentes podem ser exaustivos.
Iroha: Há momentos difíceis, mas também momentos divertidos. Quando debutei, fiquei chocada com a quantidade de ensaios e com o fato de termos que começar tão cedo. Agora, na verdade, acho gratificante. É o momento em que mais penso: “É isso que significa ser uma idol de K-pop.” [Risos]

Então, voltando à pergunta anterior: Que tipo de pessoa você acha que a Iroha é?
Iroha: Hum… Acho que sou alguém que se assusta facilmente. Pode soar negativo, mas mesmo quando estou com medo, eu continuo tentando. Então, no fim das contas, é algo positivo. Sou alguém que persiste mesmo quando está com medo!

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