Neste sábado (18), João Pessoa se transforma na capital mundial do forró: a Domus Hall recebe o Encontro das Sanfonas, com Dorgival Dantas, Flávio José e Waldonys. O show reúne três mestres do acordeão em uma noite concebida para celebrar a cultura do forró pé de serra.
O objetivo do projeto é manter o gênero musical nordestino vivo e pulsante também entre os mais jovens. O concerto, que dura mais de quatro horas, é dividido em dois segmentos: primeiro cada artista se apresenta individualmente, depois os três sobem ao palco juntos.
O que esperar do Encontro das Sanfonas
A expectativa é de casa cheia em João Pessoa. A última edição do Encontro das Sanfonas, realizada em setembro em Natal (RN), teve ingressos esgotados e o público cantou em coro clássicos como “Espumas ao Vento”. “É sempre uma emoção dividir o palco com amigos tão talentosos e levar ao público essa nossa herança cultural. A sanfona fala direto ao coração”, diz Dorgival
Dorgival Dantas, ou simplesmente “O Poeta”, é autor de sucessos como “Você não Vale Nada” e “Coração”, famosos nas versões de Calcinha Preta e Rapazolla. O potiguar construiu uma carreira celebrada tanto em projetos solo quanto como compositor para grandes nomes da música popular brasileira.
Já o paraibano Flávio José é um ícone do forró tradicional, com mais de cinco décadas de estrada.. “A gente canta histórias. Cada música carrega um pedaço do nosso povo, é bonito demais ver essa energia do público”, definiu Flávio José.
Waldonys representa a excelência e a irreverência cearense. Discípulo de Dominguinhos e parceiro de palco de Elba Ramalho, ele mistura forró, xote e baião em apresentações virtuosas. Para Waldonys, o encontro é “um abraço coletivo no coração nordestino”.
Com público de diferentes idades, o Encontro das Sanfonas é uma celebração das raízes para aproximar gerações. Flávio José, por exemplo, pede para que a geração Z abrace o forró para além das festas juninas.
“Eu queria que eles tomassem consciência de defender nossas tradições e a nossa cultura”, disse o cantor ao site “Vitrine do Cariri” em maio. O forró, declarado Patrimônio Cultural do Brasil em 2021, está em busca de ser reconhecido internacionalmente pela UNESCO, entidade das Nações Unidas.