É o Tchan quer acompanhar nova geração e exalta importância do TikTok para o grupo
Grupo de axé foi uma das atrações do On Board Festival
O É o Tchan está na estrada há 30 anos, mas tem visto seu público se renovar nos últimos tempos. Para Compadre Washington, vocalista do grupo de axé desde o início, é um reflexo dos pais e avós que passaram o amor por eles para frente.
“A gente vê uma galera de 20, 22 anos que não era da nossa época, mas eles dançam e cantam nossas músicas. Na época, os pais e as mães colocavam nossas fitas e DVDs, e eles viam o que era coisa boa. A juventude aprendeu com os pais. A gente só tem a agradecer”, disse ele em entrevista à Billboard Brasil a bordo do On Board Festival, navio sertanejo que acontece neste sábado (30).
Beto Jamaica acrescenta que, para acompanhar o público novo, eles também buscam renovar as próprias faixas. Em fevereiro de 2024, lançaram “Só joga quem pode”, em que a letra fala sobre uma mulher empoderada. “A gente está torcendo que a gente continue com essa galera. As músicas novas também são para acompanhar essa geração”, contou.
Para Beto, o grupo tem se dividido entre manter a essência e trazer novidades para os palcos. “Temos uma responsabilidade muito grande com as nossas canções que marcaram época, não podemos perder nenhum detalhe, porque os jovens também querem desse jeito. A gente precisa seguir aquilo, mas as coisas novas também fazem parte da nossa história. A renovação é muito importante”.
Além das letras clássicas do grupo, eles também são fieis as coreografias que ganharam o Brasil desde o surgimento do É o Tchan. Eles são donos dos passinhos bem antes da existência do TikTok. “Os velhinhos aqui saíram na frente”, brinca Compadre. Ele acredita que a plataforma contribui para eles, e novos passinhos estão sendo criados pelos usuários. “Mas os nossos, da antiga, permanecem”.