Do axé ao Rock in Rio: Cleber Paradela mostra como a DM9 reinventa o conteúdo
No Cabos e Cases, VP da DM9 fala sobre música e a cultura no centro da criação
Direto do Influent Summit, Scappini, cofundador da Billboard Brasil e da Mynd, recebe Cleber Paradela, VP de Comunicação e Inovação da DM9 — ou, como brincam no mercado, o “João Gomes da publicidade brasileira” — para o novo episódio do Cabos e Cases.
Paradela relembra sua trajetória, que começou em Salvador nos anos 1990, quando produzia transmissões para bandas de axé em salas de bate-papo, e explica como a DM9 vem colocando o conteúdo no centro da criação publicitária. “Durante muito tempo, ele era tratado como apêndice das campanhas. A virada é ouvir o que as pessoas estão falando e, a partir disso, criar grandes ideias que se desdobram em propaganda, influência e cultura”, afirma.
Entre os exemplos que ligam música e publicidade, ele cita o “We Are The World of Carnaval”, criado por Nizan Guanaes para obras sociais de Irmã Dulce; a canção “Cheiro de Amor”, gravada por Maria Bethânia (De repente fico rindo à toa sem saber por quê…) que nasceu como jingle de motel e virou clássico; e o inesquecível “Pipoca e Guaraná”, hit publicitário da DM9. “É quando a propaganda ultrapassa a barreira do comercial e entra no repertório popular”, explica.
Nos cases mais recentes, Paradela destacou o trabalho com o iFood no Rock in Rio, que envolveu artistas como Luísa Sonza, Jão e Cabelinho, e transformou fãs em protagonistas de experiências e conteúdos. Outro exemplo foi a ação da MRV com Mumuzinho, que levou o cantor para viver o papel de corretor em uma novela e engajou o público no TikTok em um formato “Você Decide 2.0”.
Para ele, o desafio das marcas hoje é assumir o papel de viabilizadoras da cultura. “As pessoas criam tendências, não as marcas. Cabe às marcas dar luz, vida e escala às comunidades, com respeito e intencionalidade”, resume.








