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Diogo Defante comemora aniversário com hardcore e ‘Cavaleiros do Zodíaco’

Diogo Defante comemora aniversário com hardcore e ‘Cavaleiros do Zodíaco’

Leia entrevista com o músico e comediante

Diogo Defante (Steff Lima/Divulgação)

Este ano Diogo Defante não vai comemorar seu aniversário com um vídeo especial no YouTube falando com a multidão saindo de um estádio de futebol ou em uma participação especial na TV. Neste 19 de setembro, Defante vai comemorar seu dia com muito hardcore, influência de heavy metal melódico, letras debochadas e covers dos “Cavaleiros do Zodíaco”.

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Em plena turnê do álbum “Tífane”, Defante retorna ao Rio de Janeiro para um show na Lona de Realengo, Areninha Carioca Gilberto Gil, no bairro onde nasceu e iniciou sua trajetória artística. O show celebra também a sua história com o lugar.

“Voltar para Realengo com esse show tem um peso gigante pra mim. Foi aqui que tudo começou, onde sonhei as primeiras coisas, onde errei pra caramba também. Poder comemorar meu aniversário no palco, com esse projeto que é tão pessoal, é uma forma de agradecer a esse lugar que me formou como pessoa e como artista”.

Em uma conversa exclusiva com a Billboard Brasil, Defante fala sobre inspirações, conquista de novos públicos e como é diferente agitar uma galera mais nova.

O multitalentoso Diogo Defante

Antes de alcançar projeção nacional com seus vídeos de humor e reportagens nonsense, Defante iniciou sua carreira artística como baterista da banda Let’s Go, com a qual tocou por sete anos. Em 2012, passou a produzir conteúdo em vídeo para a internet, mergulhando de vez no universo da comédia. Ao longo da última década, acumulou milhões de seguidores, se destacou na cobertura da Copa do Mundo de 2022 pela CazéTV e conquistou espaço na televisão, com participações no Domingão com Huck, da TV Globo.

Com o EP Robson, lançado em 2023, Defante retomou o desejo antigo de seguir na música. O projeto foi bem recebido e abriu caminho para o álbum Tífane, lançado em 2024. Com oito faixas autorais, o disco traz letras que misturam humor e situações cotidianas, como em “Gari”, “Lambe Os Homem” e “Minha Vó”. A turnê, que leva o nome do álbum, já passou por espaços emblemáticos como o Circo Voador e contou com participações como a de Vitin (ex-Onze:20).

A apresentação na Lona de Realengo promete ser um dos momentos mais marcantes da turnê, não apenas por comemorar o aniversário de 35 anos, mas pelo caráter afetivo do retorno ao bairro onde tudo começou

Leia a entrevista com Diogo Defante

Oi, Defante. Prazer falar contigo. Me conte: é mais difícil fazer as pessoas rirem ou é mais difícil compor?

Salve, Alexandre. Pergunta boa. Eu acho que pela experiência de fazer a galera rir, hoje eu acho mais fácil fazer rir. Pelo exercício e a prática. A composição é uma parada que eu ainda tenho as minhas travinhas. Ao mesmo tempo  é gostoso porque não é uma pressão. Tem sido uma terapia para mim.

A improvisação do humor ajuda nas músicas?

Meus amigos sempre me falavam que eu era cara de pau e tal. Aí eu comecei a exercitar essa coisa de improvisar gravando os vídeos lá em 2016 com o repórter doidão. E no improviso do humor é tipo comprar qualquer maluquice. O cara fala um negócio muito fora da curva, eu vou lá e levo aquilo como se aquilo fosse normal. Aí deixa a coisa engraçada. Eu acho que o exercício disso, na hora que eu vou compor, talvez me ajude a desprender,  E isso tem muito a ver com com a minha banda que eu tive antes da comédia. Eu toquei bateria por 7 anos com a banda, a gente tinha muito uma ideia de ter que ter um estilo e a identidade da banda era aquela coisa hardcore.

Qual som te influencia? Música de banda bem humorada, debochada, banda hardcore…

Cara,  talvez a coisa mais divertida e engraçada que eu possa ter ouvido, que não é a proposta nenhuma da banda, foi na minha adolescência, o Forfun. Não no sentido de graça, no sentido de ser meio moleque, uma coisa meio zoeira. Tinha um pouco isso impresso nas músicas, acho que era uma influência do Blink 182 também, que também me influenciou. E Green Day.

Offspring é a minha banda favorita, inclusive estou ouvindo o novo álbum que tem uma música que é “Come to Brazil”. Eu estava no show e apareci no clipe.

 

Travis Barker talvez tenha influenciado todos os baterista da minha geração. Eu gostava muito. Mas hoje eu tô meio maluco, mano. Eu tô comprando uns discos, tô conhecendo umas coisas novas.  Eu tô ouvindo de Deep Purple, Ramones e buscando uns lado B, assim, de umas bandas.

Comprei um disco do Genesis. Eu não sabia que o Phil Collins era o baterista. Pô, isso foi uma parada que eu desisti no comecinho, mano. Me colocaram a missão de cantar e tocar bateria. Só que eu ficava todo torto e eu estava numa fase de aprender a tocar, então já estava torto na bateria. Eu admiro muito que toca e canta, tipo o Serginho do Roupa Nova.

Como foi o processo de criação do disco “Tífane”?

Foi numa época meio tensa da minha vida. Eu estava em um pós-operatório. Dando muita merda do meu olho.

Eu fui no médico porque tinha meu olho caído. Aí ele falou: “Cara, tá caindo tanto que talvez eu não consiga fazer o método tal da cirurgia. Aí eu vou ter que cicatriz por fora”. E  aí eu fiquei tenso e falei: “Mano,  foda-se tudo, deixa eu resolver isso”.

Botei isso na frente de tudo. Aí quando eu fui resolver, o pós-operatório foi complicando, deu merda, caiu de novo. O médico falou: “Não, dá para ajustar”.

Ele descobriu que era um tumor benigno que tinha embaixo da pálpebra, que tinha que ser removido. Eu comecei a tomar corticoide por sessenta dias. Isso foi me deixando inchado, todo fodido, alterou todo o organismo e minha voz.

Ficava acordando até 5 da manhã. Não conseguia descansar, estava meio agitado, meio sensível também. E aí eu ficava, tipo assim, meio chapado. Mano, eu ficava chapado de remédio assim. As melodias pintaram assim.

E outra coisa que eu me orgulho muito é o hardcore que eu consegui mostrar nesse disco. “Lambe Os Homem” tem uma melodia que me fascina, mano. Eu amo ela no show. Curiosamente, para esse àlbum, Halloween e Angra me influenciaram. O metal melódico me influenciou.

O que os fãs podem esperar do show?

Poxa, tem violino no rolé. Tá muito massa esse instrumental. Tem covers de “Cavaleiro do Zodíaco” e “Pokémon”. O show é meio galhofa e eu gosto para caralho disso, mano. Sempre que eu toco para molecada muito novinha, eles cantam tudo a plenos pulmões. Eu não sei se tem uma parada na cultura geek que a galera consome quem veio antes, sabe? Sim. Eu acho isso muito interessante. Vai ser massa. Bora, Ale. Será bem-vindo.

Serviço: Show de aniversário do Diogo Defante

Onde: Areninha Carioca Gilberto Gil (Avenida Marechal Fontenele, 5.000 Realengo)

Quando: dia 19 de setembro, sexta-feira

Valor: a partir de R$ 30,00 no link.

Ouça o álbum “Tifane”do Diogo Defante

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