CPM 22 agradece ao punk e celebra 30 anos de história no The Town
Banda foi destaque do palco The One
Algumas pessoas que compõem a base de fãs do CPM 22 estavam nascendo quando a banda paulistana iniciou a carreira em 1995. Mas neste domingo (7) todas as diferentes gerações que cresceram ouvindo punk e hardcore se juntaram para prestigiar as três décadas de história da banda, que foi como uma espécie de escola para quem entrou na cena nos anos 2000.
CPM 22 iniciou a turnê comemorativa de seus 30 anos lotando o palco The One do The Town com um setlist que passou pelos maiores sucessos do grupo, com direito, ainda, a um cover do Paralamas do Sucesso com “Meu Erro”.
Coube espaço para seu álbum de estreia, “A Alguns Quilômetros de Lugar Nenhum” (1999), com “O Mundo Dá Voltas”; além de várias faixas de “Chegou a Hora de Recomeçar” (2001), como “Desconfio”, “Dias Atrás” e “Não Sei Viver Sem Ter Você”; e muitas outras de “Felicidade Instantânea” (2005), como “Irreversível”, “Um Minuto Para o Fim do Mundo” e “Apostas & Certezas”, a qual Badauí disse nunca tirar do setlist porque é uma das que mais mexem com ele.
O vocal ainda deixou claro que a banda começou na “simplicidade” e que continua da mesma forma após tantos anos. Ele também agradeceu ao punk e celebrou o line-up da noite.
“Punk rock me ensinou tudo. A abrir a cabeça e enxergar o mundo, a lutar por igualdade e por justiça social. Sempre em busca da paz pra todos. Sem preconceito. É assim que se faz uma democracia sólida e que é muito frágil nesse momento do país”, declarou. Em outro momento, o público gritou em coro “Sem anistia”.
Aliás, a multidão pode não lembrar a tabuada ou a fórmula de Bhaskara, mas decorou com maestria as letras dos sucessos e cantou do início ao fim. A banda disse que tocar em um grande festival como esse era difícil, mas a resposta do público tornava tudo mais fácil.
Ao final, Badauí pegou uma bandeira da plateia e levantou. Era “Elas no Mosh”, movimento que valoriza a presença feminina nas rodas punk.
O vocal declarou que a banda é incansável. O público também se sentiu assim. Aposto que, se fosse uma disciplina do ano letivo, todos teriam passado sem reprovação.








