Com Pitty, rock é rock mesmo
Palco de The Town foi a celebração dos vinte anos de "Admirável Chip Novo"


Em 2003, a baiana Priscilla Novaes Leone, mais conhecida pelo nome artístico de Pitty, lançou seu disco de estreia. “Admirável Chip Novo” se destacou em meio a grandes álbuns daquele ano – discos de Marcelo D2 e BNegão, Los Hermanos e os internacionais White Stripes, OutKast e Beyoncé. Ele foi a espinha dorsal da apresentação da roqueira no palco de The Town na tarde deste sábado (9).
Acompanhada pela Nova Orquestra e por uma banda na qual se destacam o baterista Jean Dolabella (ex-Sepultura, atual Ego Kill Talent) e o fiel guitarrista/escudeiro Martin Mendonça, ela mostrou por que “Admirável” se mantém como um disco de referência do rock produzido no país.
Pitty cantou sete músicas do disco, que foram acrescidas de cordas e arranjos um pouco mais pesados. Ali, destila influências que vão do punk rock internacional e brasileiro (há um quê da pauleira paulistana na maneira que termina as vogais das frases de suas músicas) e bandas que são referência de sua geração. Há breves citações a Queens of the Stone Age (que iriam tocar na noite de hoje e foram substituídos por Yeah Yeah Yeahs no lineup), The Clash e até Pearl Jam. E como toda menina baiana tem um jeito que Deus dá, ela citou “O Samba na Minha Terra”, de Dorival Caymmi, ao pedir que o público fizesse uma rodinha de pogo.
A apresentação terminou ao som de “Me Adora”, um doce rock influenciado por soul music. Que venha mais Pitty.