Chamada de ‘favorita de Beyoncé’, Ludmilla é destaque em jornal inglês
Ao Guardian, Lud disse não ter religião ao ser questionada sobre intolerância
A cantora Ludmilla foi destaque, nesta terça (30), do jornal inglês The Guardian que repercutiu a apresentação da brasileira no festival Coachella, realizada há duas semanas. Descrita como “favorita de Beyoncé”, Ludmilla esquivou-se da polêmica sobre intolerância religiosa dizendo-se sem religião.
“Eu não tenho religião e acredito que preconceito é algo profundamente grave”, disse. Durante o show, imagens da artista visual Najur foram exibidas no telão. A frase “só Jesus expulsa o tranca ruas das pessoas” comumente pichada ou estampada em cartazes no Rio de Janeiro causou comoção.
Durante a entrevista, Ludmilla ressaltou os episódios de racismo que sofreu. “Quando eu comecei a cantar, fui vítima de racismo e me acostumei a sofrer calada. Mas, agora, eu sei o quão importante eu sou e como posso ajudar outras mulheres como eu. Depois de minha apresentação no Coachella, vi muitas pessoas me crucificando nas redes sociais e, no final, era só racismo. Uma cantora branca não precisaria se justificar tanto”.
Apesar da super produção no festival californiano, a cantora disse não se preocupar com o que os “gringos” pensam. “Hoje, eu sou muito mais segura: sou pagodeira, amo R&B, mas também sou funkeira. O baile funk vem das nossas favelas, do povo, de pessoas como eu que começam a cantar para tentar uma nova vida. Nós não estamos preocupados com o que os ‘gringos’ querem de nós. Os pretos precisam ser donos desse movimento”, finalizou.