CeeLo Green espalha magia do funk e soul no The Town e faz todo mundo dançar
Se alguém conseguiu ficar parado, definitivamente não vimos. Nesta sexta-feira (12), CeeLo Green subiu ao palco Skyline do The Town, em São Paulo, e transformou a plateia em uma pista de dança. O artista de Atlanta provou seu talento em cada gesto e nota, conduzindo o público por um repertório que misturou clássicos do funk, soul e pop com suas próprias músicas.
O show começou com altíssima voltagem. CeeLo percorreu diferentes momentos da carreira, misturando releituras de James Brown, Michael Jackson e Kool & The Gang com suas faixas solo e do Gnarls Barkley. A plateia acompanhava cada mudança de ritmo, cantando e dançando do início ao fim, impressionada com a energia do artista e a forma como ele conectou passado e presente.
O frescor brasileiro também entrou no caldeirão. O single recém-lançado “We Want You Girl”, produzido com o duo Tropkillaz, ganhou coreografia das cariocas Aline Maia e Dandan Firmino. Logo depois, o DJ da banda trouxe hits nacionais como “Ela É Top”, de MC Bola, e “Magalenha”, de Sérgio Mendes na voz de Carlinhos Brown, enquanto o verde-amarelo dominava telão e o figurino de CeeLo. Quando ele arriscou um “Todo mundo gritaaaaa” em português, a resposta da plateia foi imediata.
A máquina de som foi conduzida pelo trio de backing vocals, pelos metais pesadíssimos e pela bateria pulsante, que funcionavam como uma verdadeira fábrica de beats. Mais uma vez, CeeLo Green reafirmou sua versatilidade, transformando a noite em um baile memorável e celebrando o funk, o soul e o pop em grande estilo.
E foi com o final que a experiência atingiu seu ápice: os maiores sucessos, “Crazy” e “Fuck You”. A última música foi uma homenagem: CeeLo encerrou com “That’s The Way (I Like It)”, de KC and the Sunshine Band. Ou seja, provou bom gosto de ponta a ponta.
Além da performance, a apresentação reflete a trajetória de CeeLo Green. Moldado pelo hip-hop, ele começou no Goodie Mob, grupo que consolidou o rap sulista com o álbum “Soul Food” (1995), e mais tarde formou o Gnarls Barkley, alcançando sucesso mundial com “Crazy” (2006). Hoje, ele alterna entre a escrita intencional do hip-hop e a espontaneidade do canto soul e pop, mantendo sua relevância no cenário global.
Ser americano é a menor das preocupações de CeeLo
Mesmo com a atenção da mídia voltada para a política dos EUA, CeeLo afirma que sua prioridade é outra: cultivar a individualidade e a rebeldia de pensar por si mesmo. “Acho que todos devem ter um traço de rebeldia no DNA porque todos somos indivíduos —e eu sou tanto um indivíduo que não consigo deixar de pensar por mim mesmo. Não penso e nem ajo como um monolito —seja ele formado por pretos, brancos, americanos ou outros”, avalia.
Leia a entrevista concedida por CeeLo ao repórter Yuri da BS
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