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Boss in Drama quase participou de disco de seu maior ídolo: Michael Jackson

Boss in Drama quase participou de disco de seu maior ídolo: Michael Jackson

Produtora e DJ brasileira sempre foi apaixonada pelo Rei do Pop

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No frenético jogo de tabuleiro da música pop brasileira, existem rainhas, reis, e até quem já foi santificado –ou crucificado– pelo público. No entanto, poucos foram os que, de fato, influenciaram e comandaram o som de uma época. Como o “chefe” do nome já adianta, Boss in Drama foi uma dessas pessoas. Foi ela a responsável pela produção de hits como “Lista VIP” (2015), e o álbum “Ambulante” (2018), ambos de Karol Conká, que juntos ultrapassam os 20 milhões de streams no Spotify. A produtora superou a si mesma com o sucesso de “Ah! Dor!” (2015), de Jaloo, com o remix da faixa, lançado no ano seguinte, conquistando o triplo de plays. Ela também já trabalhou com um espectro variado de artistas, de Linn da Quebrada a Mr. Catra, de Tuyo a Paulo Ricardo.

É o groove da produção de Boss que se tornou sua marca registrada numa época em que o pop brasileiro começava a mostrar suas verdadeiras cores. Anos depois, muitas de suas canções seguem tocando pelo mundo, enquanto ela prepara um comeback. O que muitos não sabem é que sua trajetória começou com uma ligação com um de seus maiores ídolos: Michael Jackson.

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O ano era 2009, quando Boss, que hoje, após a transição de gênero, também atende por Peppa, morava em Curitiba e cursava jornalismo. Naquele mesmo ano, lançou “Favorite Song”, sua primeira faixa, no MySpace. “Fazia minhas músicas com um microfone de webcam. Usava um computador com CPU que peguei do meu pai. Ficava com uns chiados de rádio. Na época, eu respondia que era conceito, mas na verdade morria de vergonha”, relembra aos risos em entrevista à Billboard Brasil, lembrando que a música teve repercussão internacional em sites especializados. Em julho, recebeu um e-mail de Corey Roberts, da Motown Records, explicando que a lendária gravadora iria lançar um disco de remixes de Michael Jackson, que havia morrido no mês anterior. O projeto “The Remix Suite” teria nomes como Pharrell Williams, Akon, Mark Ronson… e Boss in Drama. A música oferecida inicialmente foi “We’re Almost There”, depois trocada para “Mama’s Pearl”, dos Jackson 5. “Eles só me deram três dias e demoraram para mandar os arquivos”, se recorda. “Esse momento foi tão surreal que eu não consegui entregar a música… Não tinha nem roupa para isso! [risos]”

“Venho de Palmital, no Paraná, uma cidade de 10 mil habitantes. Minha família só gostava de sertanejo. Mas minha mãe conta que eu engatinhava até a casa da vizinha quando ela estava ouvindo Michael”, diz, com uma tatuagem com o título do disco “Bad” (1987) no pescoço. Ela ainda revela que estava guardando dinheiro para ir a Londres, na Inglaterra, assistir à turnê final do cantor, “This Is It”, antes de sua morte. Seria sua primeira viagem internacional.

Apesar dos desencontros, foi o convite para o projeto que a encorajou a largar a faculdade, lançar seu primeiro álbum, “Pure Gold” (2011), e embarcar em uma turnê pela Alemanha, que a ajudou a investir em equipamentos melhores. “A atemporalidade das músicas do Michael sempre me inspirou e é algo que eu busco, inclusive, para o meu próximo projeto”, entrega. Boss adianta que as músicas estão sendo criadas ao lado de um nome internacional renomado que a ensinou o beabá de outra realeza do pop. Mas essa história fica para uma outra pista…


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