‘Sempre o admirei muito’, conta Alinne Rosa sobre faixa ‘Wagner Moura’
Cantora lança álbum "As Canções Que Eu Fiz Pra Ela" em duas partes
O novo ciclo musical de Alinne Rosa começou. Depois do single “Outras Palavras”, a cantora lança a primeira parte do álbum “As Canções Que Eu Fiz Pra Ela”, sem deixar de lado o axé, mas também entregando samba-pop, afrobeat e reggae leve.
Uma das faixas mais curiosas da tracklist é “Wagner Moura”, uma homenagem declarada ao ator baiano. A cantora explicou à Billboard Brasil sobre a canção:
“Não conhecia Wagner apesar de ter muitos amigos em comum aqui de Salvador. Mas sempre o admirei muito e senti muito orgulho por ele ser também ser baiano e exportar seu talento pro mundo carregando a Bahia junto.”
Alinne Rosa chegou a encontrar o ator depois de assistir à peça “Um Julgamento – Depois do Inimigo do Povo”, revelando a ele sua inspiração. A faixa fala sobre o “molho” dos baianos.
Mundialmente conhecido por seu papel em “Tropa de Elite” (2007 e 2010), Wagner Moura tem uma carreira consolidada. Além de interpretar o Capitão Nascimento, o ator ainda atuou em “Elysium” (2013), “Narcos” (2015) e “Sergio” (202), além de dirigir a cinebiografia “Marighella” (2019).
Seu trabalho mais recente é o filme “O Agente Secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, cujo personagem protagonista se chama Marcelo, um professor especialista em tecnologia que se muda para Recife para fugir de um passado violento em São Paulo.
A produção foi indicada como “Melhor Filme Internacional” no Critics Choice Awards 2026 e Wagner Moura também concorre em duas categorias da premiação: “Melhor Ator” em “O Agente Secreto” e “Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie/Filme para TV” por “Ladrões de Drogas”.
Desde sua estreia no festival de Cannes, o filme já ganhou mais de 20 prêmios em diversos países e segue cotado para o Oscar, a maior premiação do cinema. Perguntamos à cantora qual o sentimento caso a faixa se tornasse a trilha sonora para a torcida do ator na premiação:
“Eu ia achar o máximo se a música impulsionasse o ânimo do público para as premiações. Estou torcendo muito por ele. Não consegui mostrar a música ao Wagner pessoalmente, mas contei a história, falei que ia lançar e ele foi super gentil, me agradeceu. Agora ele já pode ouvir, todo mundo pode, está no mundo com todo o meu carinho pra vocês.”
A primeira parte de “As Canções Que Eu Fiz Pra Ela” conta com seis faixas. O disco chega às plataformas digitais em plena temporada de verão e traz um lado mais íntimo da cantora, que enfrentou um período de depressão.
Na capa do àlbum, Alinne Rosa aparece em composição espelhada. O objetivo é mostrar um diálogo entre duas próprias versões e narrativas dela mesmo. Como intérprete e compositora, ela explica à Billboard Brasil em que lugar se posicionou no processo de produção do álbum e quem é “ela” presente no título:
“Que legal que você fez essa pergunta, por que a gente pensou nesse título e na capa do álbum justamente pra imprimir essa dualidade. Sim, as duas são Alinnes, mas em diferentes versões. A gente não é uma coisa só, né? Esse interlúdio representa momentos diferentes que vivi nos últimos tempos, em que precisei cuidar mais de mim.”
Sobre a produção do álbum, ela explica que é a primeira vez que coloca a mão na massa tão diretamente, junto do diretor musical. em cada detalhe, cada pausa, cada batucada das músicas.
“Pensei com o meu diretor musical em cada detalhe, cada pausa, cada batucada das músicas. E eu amei demais esse processo. Participar tão de perto, exercer minha criatividade. Foi uma delícia, mesmo. Por um tempo colocaram em minha cabeça que eu não poderia compor, produzir, e isso ficou no passado.”
O projeto traz uma luz mais solar à carreira da artista e possibilita a inserção de novas sonoridades. Ao mesmo tempo, mostra uma dualidade que amarra o conceito das duas partes e mostra que tudo está em constante construção, como o interlúdio “Estamos em Obras”.
“O álbum não era uma meta estabelecida, não tinha uma data limite, as coisas foram acontecendo no tempo certo. Eu sinto como se estivesse recomeçando, um frescor muito legal. E, como compositora, minhas canções naturalmente falam sobre o que eu sinto, o que vivo.”
