Você está lendo
Adriana Calcanhotto: ‘É triste o funk ter que passar por tudo que o samba passou’

Adriana Calcanhotto: ‘É triste o funk ter que passar por tudo que o samba passou’

Em entrevista ao Sonoros, cantora falou sobre mercado, música e arqueologia

Adriana Calcanhotto realizou seu sonho de infância (faz expedições de arqueologia), citando Chico Buarque disse “catou poesias derramadas no chão” ao compôr “Nomade”, de seu mais recente álbum “Errante” e criticou quem usa a expressão “brega” ou “cafona” para discriminar canções que fazem parte do cancioneiro brasileiro. Em quase uma hora de conversa no podcast Sonoros, a cantora falou sobre quase tudo que envolve sua carreira musical e acadêmica e o mercado de música brasileiro.

VEJA TAMBÉM

Quando perguntada sobre canções como “Fico Assim Sem Você”, hit da dupla Claudinho e Buchecha, e “Devolva-me”, canção jovemguardiana da dupla Lino e Lena, Adriana disse não gostar da forma como a imprensa e o público classifica as canções populares. “Essas coisas são externas. Eu não gosto, francamente, disso. Eu nem uso essa palavra [‘cafona’]. Vamos ouvir as canções!”, afirmou.

A cantora também aproveitou para refletir a pecha de “eclética” que ela e sua geração de cantoras, que incluí Zélia Duncan e Cássia Eller, receberam. “Tinha um certo deboche com essas cantoras. Parecia que a gente não tinha estilo. Pelo contrário! A gente tira boas canções sem se importar com a origem. Não importa se vem do piseiro, do funk. Isso é Brasil”.

Ancorado por Sergio Martins, editor sênior da Billboard, o Sonoros Podcast já recebeu Samuel Rosa, Urias, Thierry, Supla, Pixote e outros artistas de diversas vertentes da música brasileira. Você pode conferir os episódios anteriores aqui.

Mynd8

Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
Publicado pela Mynd8 sob licença da Billboard Media, LLC, uma subsidiária da Penske Media Corporation.
Todos os direitos reservados. By Zwei Arts.