A relação de Papa Francisco, morto aos 88, com a música
Sua morte foi confirmada nesta segunda-feira (21) pelo Vaticano


Morreu, nesta segunda-feira (21), Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco. Ele foi o primeiro latino-americano a ocupar o maior cargo da igreja católica do mundo. A confirmação de seu falecimento foi divulgada pelo Vaticano, mas a causa da morte não foi informada. Ele estava se recuperando de um quadro respiratório grave, que lhe deixou 37 dias internado no hospital entre fevereiro e março deste ano.
Para além de suas aparições para abençoar os fiéis —inclusive uma no domingo de Páscoa, um dia antes de sua morte— ele também já usou sua voz para falar sobre a importância da música.
Em 2018, durante uma conversa com integrantes de um grupo de coral italiano, que está em atividade há 50 anos, ele falou sobre como a música pode “elevar a alma” em um comunicado oficial do Vaticano.
“Cantar é uma linguagem que leva à comunhão dos corações. Atravessando todas as fronteiras, você espalha uma mensagem de paz e solidariedade”
Em seu gosto pessoal, o pontífice tinha uma quedinha por música clássica. Ele sempre foi muito vocal sobre seu amor por óperas, mas também de grandes compositores, como Mozart e Beethoven. “Entre os músicos, eu amo Mozart, é claro”, disse ele. “O Et incarnatus est da Missa em Dó menor é incomparável; ele te eleva até Deus! Eu amo Mozart, interpretado por Clara Haskil. Mozart me preenche”, disse, em entrevista ao portal “Classic FM”.
Os clássicos de Johann Sebastian Bach também estavam entre os favoritos do papa. “A peça de Bach que eu amo profundamente é o Erbarme Dich, as lágrimas de Pedro na Paixão segundo São Mateus. Sublime. Depois, em um nível diferente, não íntimo da mesma forma, eu amo Wagner. Gosto de ouvi-lo, mas não o tempo todo. A apresentação do Anel de Wagner por Furtwängler na La Scala, em Milão, em 1950, é para mim a melhor. Mas também o Parsifal de Knappertsbusch em 1962.”
Em 2015, quando o Papa participou do “Festival of Families” na Filadélfia, nos Estados Unidos. O evento é tradicional na igreja católica e acontece a cada 3 anos, em diversos lugares do mundo. Naquele ano, prestigiou shows de nomes como Aretha Franklin e a banda The Fray.
