Kenya Sade relembra bons momentos e perrengues cobrindo festivais na TV
Jornalista se destacou ao entrevistar Demi Lovato no The Town
Durante a transmissão do The Town, a jornalista Kenya Sade chamou a atenção do público pela desenvoltura e pelo conhecimento musical.
O ponto alto da sua participação foi a entrevista com Demi Lovato, que repercutiu nas redes sociais.
Mas se engana quem pensa que a vida de jornalista que cobre festival é só festa. No fim de semana, Kenya esteve na cobertura do Tomorrowland, evento de música eletrônica que foi afetado por fortes chuvas.
Kenya tem uma trajetória longa na música. Com 29 anos de idade e formada em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, ela tem passagens pela TV Cultura e pela Trace Trends Brasil, onde atuou como curadora musical.
Atualmente, ela está na equipe de música do Multishow e da TV Globo.
Causos
Falando em festivais para além do The Town e Tomorrowland, a jornalista já participou da cobertura de festivais como Rock in Rio e Afropunk.
Mas se engana que tudo são flores. Pelo contrário, os perrengues nos bastidores são muitos. Em entrevista para Billboard Brasil, a jornalista comentou sobre os desafios da cobertura ao vivo para TV.
“O ao vivo é desafiador, mas fazer um festival ao vivo é ainda maior. Envolve milhares de pessoas, estrutura gigantesca e artistas que nem sempre querem falar”, diz a jornalista.
Ela lembrou de um caso específico que marcou sua carreira, mas que terminou com um final feliz.
“No show da Dua Lipa, no Rock in Rio, estávamos falando há sete minutos e a produção falou na hora: não queremos que seja exibidos ao vivo mesmo, queremos um atraso de 30 minutos. Foi uma loucura, porque tivemos cinco minutos para pensar num plano. Ainda bem que estava com o Marcos Mion, um cara super experiente, e tinha me preparado com bastante conteúdo. No fim, deu tudo certo”.
Diversidade
Perguntada sobre a importância da diversidade no jornalismo musical, Kenya destacou que vem enxergando uma evolução na representatividade.
No entanto, ela critica o estágio atual e reforça a importância dos eventos musicais também se atentarem a questão.
“Vejo que há uma movimentação, uma busca por diversidade na imprensa. Mas ainda vejo poucas pessoas como eu, não só na TV. E essa é uma questão importante até mesmo na hora de passar informação, de compartilhar conhecimentos diversos”.