Os 25 melhores álbuns de K-pop de 2025
Billboard elegeu destaques do gênero do ano
Em 2025, álbuns de K-pop se tornaram veículos de clareza artística — espaços estruturados nos quais artistas buscaram visões criativas coesas, moldadas por ritmo, intenção e foco conceitual.
Muitos dos destaques do ano vieram de trabalhos solo de artistas mais conhecidos por suas atividades em grupo. Projetos como “EROS”, de Lee Chanhyuk, do AKMU; “Ruby”, de JENNIE, do BLACKPINK; “The Firstfruit”, de MARK, do NCT; “Cerulean Verge”, de WENDY, do Red Velvet; “Lil Fantasy, Vol.1”, de CHAEYOUNG, do TWICE; e “No Labels: Part 01”, de YEONJUN, do TOMORROW X TOGETHER, funcionaram todos como declarações focadas de autoria, colocando em primeiro plano perspectiva pessoal, autoconsciência e controle criativo. Esses lançamentos capturaram artistas reivindicando uma clareza renovada e autonomia criativa — muitos deles marcando sua primeira experiência em um projeto solo.
Enquanto isso, atos consagrados continuaram a evoluir e refinar sua presença global. “Happy Burstday”, do SEVENTEEN, “Karma”, do Stray Kids, e “TEN : The Story Goes On”, do TWICE, demonstraram como grupos veteranos ampliaram fronteiras mantendo sua identidade central. A trilha sonora de “Guerreiras do K-pop” alcançou além do público tradicional do K-pop, ressaltando a crescente adaptabilidade cultural do gênero e seu alcance multiplataforma, com um elenco de colaboradores que incluiu Teddy, EJAE, TWICE e outros dos principais criativos da Coreia, ao mesmo tempo em que iluminou novos diamantes de talento para o mundo descobrir.
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Artistas solo veteranos, incluindo G-DRAGON, SUNMI e JAURIM, reafirmaram o papel do álbum como medida de longevidade e continuidade artística com projetos marcantes que representaram a superação de adversidades ou o alcance de novos patamares criativos. Enquanto isso, lançamentos de novos atos como ZEROBASEONE, EVNNE, BOYNEXTDOOR, RIIZE, CLOSE YOUR EYES e Hearts2Hearts refletiram uma geração definindo seu espaço dentro de uma cena cada vez mais aberta e competitiva.
A seguir, Billboard, em colaboração com a Billboard Korea, apresenta os 25 Melhores Álbuns de K-Pop de 2025: Escolhas da Redação.
Os 25 melhores álbuns de K-pop de 2025, segundo a Billboard
25 – PLAVE, “Caligo Pt.1”
Um marco para PLAVE e a florescente cena de idols virtuais, “Caligo Pt.1” vendeu mais de 1 milhão de cópias em todo o mundo — um feito inédito para artistas virtuais. Mas não é a novidade que conecta com os ouvintes, e sim a clara dedicação do PLAVE à música e à narrativa. Do synth-pop onírico da faixa de abertura “Chroma Drift” à primeira música em inglês do grupo, “Island”, e ao single principal dinâmico e de sonoridade quase esquizofrênica “Dash” (as primeiras músicas de um artista virtual a entrarem no Billboard Global 200), os talentos muito reais do PLAVE ficam evidentes na produção e composição de cada faixa. – JEFF BENJAMIN
24 – Hearts2Hearts, “FOCUS”
O EP de estreia do Hearts2Hearts destila a linhagem de girl groups da SM Entertainment — “Pink Blood” — em sons contemporâneos. A faixa-título “FOCUS”, guiada pelo house, e o nu-disco elegante de “APPLE PIE” carregam traços de Red Velvet e f(x), enquanto “Pretty Please” se inspira no New Jack Swing com uma referência ao S.E.S. A sincronização e química do grupo de oito integrantes remetem ao Girls’ Generation, mas o projeto opera como uma reinterpretação. Ao internalizar uma década de evolução do K-pop e traduzi-la para o presente, “FOCUS” posiciona o Hearts2Hearts como uma continuação convincente da narrativa em constante evolução da SM. – BILLBOARD KOREA
23 – TWICE, “TEN: The Story Goes On”
Por volta de uma década de carreira, atos de K-pop costumam começar a se despedir — mas não o girl group da nação. Com um pouco de estratégia, o TWICE teve, em vez disso, um ano emblemático: impulsionadas pela inclusão no megahit da trilha sonora de “Guerreiras do K-pop”, as superestrelas do mundo real lançaram seu próprio álbum em inglês, seguido por um projeto de aniversário, “Ten: The Story Goes On”. Este último cresce faixa a faixa em seus trabalhos individuais, com a estrela solo em ascensão Nayeon abrindo com a celebração bem-humorada do eu em “Meeeeee”, enquanto mais adiante, “In My Room”, de Chaeyoung, com colaboradores ligados a PinkPantheress e Shygirl, exibe seu gosto eclético. Até mesmo a coautora de “Golden”, EJAE, empresta seu toque de Midas à caneta. “Agora encontramos o nosso felizes para sempre”, canta a líder Jihyo no single principal, mas fica ainda mais claro após 2025 que a história do TWICE está longe de chegar ao fim. – ABBY WEBSTER
22 – RIIZE, “Odyssey”
Se “A Odisseia” é o maior e mais sinuoso conto de retorno ao lar da humanidade, o primeiro álbum de estúdio do RIIZE incorpora esse espírito de jornada. Até agora, o enigmático boy group tentou um pouco de tudo, mas essa trajetória parece mais intencional do que nunca à medida que exploram os limites mais distantes do “pop emocional”, das nuvens de tempestade eletrônicas de “Odyssey” às alturas teatrais de “Fly Up”. “E se pudéssemos voltar / Para outra vida?”, eles se perguntam em voz alta na groovada faixa de encerramento “Another Life”, refletindo sobre como escolhas diferentes poderiam ter mudado o rumo da vida. Levantar a questão não significa necessariamente se prender a ela. Em entrevista, Eunseok descreveu a música do grupo como uma árvore frutífera; ao contrário da figueira de Sylvia Plath, que apodrece pela falta de ação, esta está madura para a colheita. – A.W.
21 – EVNNE, “HOT MESS”
Este é um trabalho divertido do boy group da Jellyfish Entertainment. Leve, energético e fortemente pop, o álbum é cheio de faixas vibrantes com baixos e baterias marcantes e riffs de guitarra nostálgicos. A leve e brincalhona “Birthday” faz você se sentir flutuando, enquanto “Love Like That” é uma entrada esperançosa, confiante e flertante sobre se apaixonar, que remete ao One Direction. O som muda com “CROWN”, uma faixa funk e poderosa que mistura dança e pop-rock e mostra a versatilidade do grupo. Em 2024, o grupo foi nomeado o estreante de K-Pop do Mês da Billboard após um forte debut em 2023. Com este álbum, vimos do que o grupo é capaz e mal podemos esperar por mais. – AMINA AYOUD
20 – G-DRAGON, “Ubermensch”
O retorno do Rei do K-pop é, em partes iguais, espetáculo e introspecção. “Ubermensch” é um disco que reafirma seu trono enquanto oferece cantos mais silenciosos para reflexões sentimentais. Faixas como “POWER”, “Home Sweet Home” e “IBELONGIIU” entregam o característico power-pop lúdico de GD, enquanto “Drama”, com participação de Dianne Warren, “Take Me”, “Gyro-Drop” e “Too Bad”, com Anderson .Paak, trazem uma sensação mais madura e atemporal, completando um verdadeiro projeto de marco na carreira. – J.B.
19 – YEONJUN, “No Labels: Part 01”
Em seu EP de estreia, YEONJUN transita entre a força do hip-hop, texturas abrasivas do rock e subcorrentes de R&B, tudo unido por uma recusa em se limitar. O mais impressionante é sua extensão vocal, alternando entre força e contenção, comandando uma ampla diversidade de gêneros. “Talk to You” chega com guitarra distorcida e entrega crua, enquanto “Forever” flutua por sintetizadores em loop, refletindo sobre a impermanência e incentivando a presença, já que nada dura garantidamente. Estreando em 2º lugar na parada World Albums da Billboard, “No Labels: Part 01” se posiciona como o movimento inicial de um caminho criativo em desenvolvimento. – Billboard Korea
18 – WENDY, “Cerulean Verge”
Em seu terceiro EP, WENDY, do Red Velvet, explora onde suavidade e força se encontram. “Sunkiss” brilha com arranjos leves e melodias etéreas, enquanto “Believe” reduz tudo ao essencial, guiado pelo piano, permitindo que a vulnerabilidade apareça. Como uma das vocalistas mais reconhecíveis do K-pop — definida por caráter tonal e domínio técnico — ela dá continuidade à linhagem de colegas de gravadora como Taeyeon, sob uma lente pessoal. Neste limiar azulado, WENDY avança com segurança, reafirmando seu status como uma das presenças vocais mais confiáveis da cena. – Billboard Korea
17 – i-dle, “We Are”
O i-dle passou por grandes mudanças este ano. O grupo alterou seu conceito para refletir a entrada em uma nova era, abandonando o “G” do nome em maio para simbolizar um conceito sem gênero e sem limites. “We Are” é mais um passo rumo à transformação, uma entrada impressionante na extensa discografia do girl group, com uma tracklist diversa tão única quanto suas integrantes. O álbum é liderado pela faixa-título “Good Thing”, que se apoia no som do K-pop do início dos anos 2010, com uma base eletrônica animada composta e arranjada pela rapper líder Soyeon. Entre os destaques estão “If You Want”, uma balada soul com R&B que evidencia os vocais do grupo, afastando-se do habitual conceito “girl crush”, e “Love Tease”, um synth-pop cativante que remete a sons retrô. – A.A.
16 – JAURIM, “LIFE!”
Gravado no icônico Abbey Road Studios, que já recebeu nomes como The Beatles, Pink Floyd, Kate Bush e Oasis, “LIFE!” soa como um novo manifesto musical do JAURIM, com arranjos robustos conduzidos pela voz crua e flexível de Kim Yuna. Apesar de Kim ter enfrentado uma grave crise de saúde antes deste álbum, a cantora lendária soa mais intensa do que nunca. “VAMPIRE” entrega uma vitrine acrobática vocal, em que Kim salta de uma performance roqueira e zombeteira para agudos profundos quase operísticos, provando um alcance formidável após décadas de carreira. Já “KARMA” carrega a sabedoria acumulada da banda desde a estreia em 1997: “O que foi feito nunca pode ser desfeito / Nem mesmo na morte / Karma, karma, karma / Eu quero minha vida de volta… / neste jogo cruel da vida”. Tudo isso faz de “LIFE!” tanto um momento de acerto de contas quanto uma promessa de seguir em frente com ainda mais intensidade. – J.B.
15 – Kwon Jin Ah, “The Dreamest”
Concluído ao longo de seis anos, “The Dreamest” documenta a ascensão de Kwon Jin Ah como produtora. O álbum aborda o duplo fio da ambição — a euforia e a exaustão — enquanto se expande além do formato de baladas que antes a definia. Transitanto por pop, rock, R&B e folk, ela abre com “Turning Page”, onde a produção refinada encontra seu timbre vocal claro, antes de se acomodar na facilidade retrô de “stillmissu”. Cada mudança de estilo se ancora no controle vocal e na clareza emocional, demonstrando uma artista interessada em reinvenção contínua. – Billboard Korea
14 – SEVENTEEN, “Happy Burstday”
O SEVENTEEN é mais um boy group cuja música sempre nos impressionou. Sua linha vocal, liderada por Woozi, DK, Jeonghan, Joshua e Seungkwan, sempre nos mantém atentos, enquanto a linha de rap é igualmente forte. O lançamento de maio, “Happy Burstday”, mostra o SEVENTEEN em sua melhor forma após uma década juntos, ao destacar a individualidade dos membros por meio de 13 faixas solo.
Alguns dos nossos favoritos incluem o jazzístico “Fortunate Change”, de Joshua, a animada faixa de rock’n’roll “HBD” e “Jungle”, a impactante faixa final de “Happy Burstday”, escrita inteiramente por S.Coups. O álbum serve como um lembrete do sucesso e da longevidade do SEVENTEEN, que permanece firme como um grupo da terceira geração apesar dos anos desde sua estreia. – A.A
13 – CLOSE YOUR EYES, “ETERNALT”
Enquanto a maioria dos álbuns de estreia do K-pop aposta em uma estética puramente jovem, o CLOSE YOUR EYES optou por reviver o R&B do início dos anos 2000, com harmonias suaves e produção polida. Há harmonias etéreas na balada pulsante de abertura “Close Your Eyes”, enquanto o single principal surpreendentemente maduro “All My Poetry” remete aos boy bands mais talentosos vocalmente da era Y2K. Mesmo faixas mais aceleradas, como o synth-pop oitentista “How to Dance” ou a mistura minimalista de raps descontraídos e piano esparso em “Laid Back”, posicionam o jovem septeto como novos porta-estandartes do K-pop com influência retrô. – J.B.
12 – ENHYPEN, “Desire: Unleash”
O ENHYPEN levou sua construção de universo para um território ainda mais sombrio e emocionalmente urgente em “Desire : Unleash”, conquistando um dos maiores álbuns de K-pop do ano, com pico no 3º lugar da Billboard 200 e no 5º lugar do ranking anual de World Albums. Da abertura turboalimentada “Flashover” à joia do rock acelerado “Helium”, co-produzida por Jay, “Desire : Unleash” está repleto de faixas B-side que se tornaram favoritas dos fãs e que se sustentam ao lado do single principal “Bad Desire (With or Without You)”, outra impressionante produção do ENHYPEN assinada por Cirkut, provando que o hitmaker do top 40 atinge seu auge ao colaborar com o septeto. – J.B.
11 – ZEROBASEONE, “Never Say Never”
Este é um lançamento de qualidade do boy group formado no Boys Planet, que realmente mostra o alcance do grupo. Eles encontraram sua identidade aqui, refinando o som em um espaço diverso e energético que mistura pop e hip-hop em faixas como “ICONIK” e “SLAM DUNK”, equilibradas com entradas em R&B como “Lovesick Game” e “Long Way Back”. O álbum alcançou a 23ª posição na Billboard 200, marcando um novo recorde para o grupo. O trabalho destaca vocais emocionais e poderosos, com momentos confiantes de rap liderados por Kim Gyuvin, Han Yu Jin e Park Gun Wook. É o álbum mais coeso do ZEROBASEONE até agora e nos deixa muito animados para o futuro do grupo. – A.A.
10 – BOYNEXTDOOR, “The Action”
Enquanto o single de janeiro “If I Say, I Love You” se tornou uma das maiores músicas do ano na Coreia e a primeira entrada do BOYNEXTDOOR no Billboard Global 200, “The Action” consolida a transição do ato da KOZ Entertainment de uma novidade promissora para uma banda narrativa a ser levada verdadeiramente a sério.
Como de costume nos EPs mais recentes do BND, os membros têm créditos de composição e/ou escrita em todas as faixas, com “The Action” destacando especialmente sua flexibilidade entre gêneros e a capacidade de absorver claras influências musicais internacionais. Há disco onírico e sons de euro-jazz em “Live in Paris”, swing elegante em “Hollywood Action” e um coração inegável na balada pop-R&B inspirada nos anos 90 “As Time Goes By”. Apesar de todas as inspirações que moldam o BOYNEXTDOOR, não há dúvida de que ter um mentor musical como ZICO guiando-os artística e profissionalmente é um fator-chave para o sucesso de “The Action” como uma das audições mais satisfatórias do ano. – J.B.
9 – JEON SOMI, “Chaotic & Confused”
Com “Chaotic & Confused”, JEON SOMI ultrapassa o brilho que antes a definia, incorporando sons aventureiros a um formato mainstream. O disco gira em torno de “CLOSER”, uma releitura stutter-house de “Beautiful Girls”, de Sean Kingston, antes de se expandir para o R&B declarativo de “EXTRA” e a tensão pós-punk de “Escapade”. Após mais de uma década sob os holofotes, JEON SOMI examina a identidade artística — abraçando a instabilidade como força criativa. – Billboard Korea
8 – Stray Kids, “Karma: The 4th Album”
O Stray Kids desfruta de sucesso amplo desde sua estreia em 2018, e seus fãs são excepcionalmente leais. O álbum de estúdio de 2025 do grupo de oito integrantes, intitulado simplesmente “Karma”, não foi exceção. Entre os destaques estão o single “Ceremony”, uma faixa EDM trap energética com rap agressivo e ritmos pouco convencionais, além de “CREED”, uma música sombria que mistura rock e hip-hop e lembra Warren G com a Rihanna da era “Anti”. Com sons experimentais e momentos melódicos, o álbum é clássico Stray Kids, uma fusão de intensidade e leveza. – A.A.
7 – CHAEYOUNG, “Lil Fantasy, Vol.1”
Como a quarta integrante do TWICE a avançar sozinha, CHAEYOUNG vai além dos limites de sua identidade no grupo. “Lil Fantasy, Vol.1”, que alcançou o 3º lugar na parada World Albums da Billboard, é um projeto autodirigido: ela escreve e produz todas as 10 faixas e molda o universo visual do álbum. Sonoramente, forma um refúgio suave onde neo-soul, trip-hop e dream pop se encontram. Seus vocais discretos e texturizados criam uma imersão silenciosa, distante do brilho intenso do TWICE, apontando para novas possibilidades em seu caminho solo e no alcance artístico do grupo. – Billboard Korea
6 – SUNMI, “HEART MAID”
Um álbum quase duas décadas em construção, “HEART MAID” é um trabalho teatral em que SUNMI troca a segurança dos singles pela exposição emocional ao longo de um projeto completo. Embora a estrela vista um figurino de empregada na capa do LP, o disco também é um trabalho de amor feito diretamente do coração de SUNMI. Todas as 13 faixas foram escritas e co-produzidas pela própria superestrela — uma verdadeira raridade no K-pop — ancoradas pelo single principal desafiador “CYNICAL”, que prova que a diva do K-pop ainda mantém seu otimismo e humor após todos esses anos. Ao longo da tracklist, há a melancólica “Happy af”, “Bath” como um hino sombrio ao autocuidado, e “Sweet nightmare”, uma representação synth-pop giratória de sonhos caóticos, todas expressando diferentes lados de uma das sereias mais fascinantes do K-pop. – J.B.
5 – Lee Chanhyuk, “EROS”
Parente musical de seu igualmente excelente álbum solo de estreia “ERROR”, “EROS”, de Lee Chanhyuk, mais uma vez se apoia em uma paleta quente e vintage dos anos 1980, mas incorpora o brilho retrô a arranjos mais expansivos e cheios de alma.
Faixas como o inesperado single de destaque “Endangered Love”, assim como a abertura “SINNY SINNY”, introduzem corais com influência gospel que elevam as produções do membro do AKMU a espaços cinematográficos amplos. Escrito inteiramente por Lee e co-produzido com Millennium e Sihwang, o LP ignora tendências atuais para oferecer uma jornada musical própria, levando o ouvinte a contemplar as complexidades do amor por meio de um groove contínuo e despretensioso — conceito talvez melhor representado por “Vivid LaLa Love”, acompanhada por um dos melhores videoclipes de 2025. A faixa final do álbum, “Shining Ground”, traz a voz de Chanhyuk tão processada que quase se torna impossível entender o que ele canta: o estranho encerramento de quatro minutos acaba inspirando o ouvinte a apertar o replay e vivenciar tudo novamente. – J.B.
4 – Vários artistas, “Guerreiras do K-pop Soundtrack”
Esta lista não estaria completa sem mencionar o fenômeno cultural que foi — e ainda é — a trilha sonora de “Guerreiras do K-pop”. De sucessos do Billboard Hot 100 como “Golden” e “Soda Pop” a faixas com espírito de hino como “Takedown” e “What It Sounds Like”, a trilha sonora do longa-metragem passou duas semanas no 1º lugar da Billboard 200, um feito nada pequeno considerando que esse girl group de K-pop é fictício. O álbum recebeu amor generalizado, ultrapassando nove bilhões de streams globais até agosto. A trilha da Netflix recebeu múltiplas indicações ao Grammy em 2026, especificamente pela faixa “Golden”. A trilha sonora é um momento cultural, com uma série de faixas diversas que capturam a essência do que torna o K-pop, fictício ou não, tão grandioso. – A.A.
3 – JENNIE, “Ruby”
A ressonância global de JENNIE se apoia em uma dualidade rara: um espetáculo dominante no mais alto nível, moldado pela precisão maximalista do BLACKPINK, ao mesmo tempo em que mantém uma proximidade que soa franca e humana por meio de sua persona pública. Seu primeiro álbum solo, “Ruby” (nomeado a partir de seu nome artístico completo, Jennie Ruby Jane), traz referências sonoras às imagens multifacetadas e ao espectro de identidades que ela acumulou ao longo dos anos.
O álbum percorre uma ampla rede criativa que inclui Amy Allen, Tayla Parx, Diplo, Mike Will Made It e Rob Bisel, ao lado de colaboradores como Kali Uchis, Dominic Fike, Doechii, Dua Lipa, FKJ e outros. O fio condutor não é o gênero, mas a paridade: um encontro de artistas que operam em níveis comparáveis tanto no espaço alternativo quanto no mainstream.
Sonoramente, “Ruby” traça uma paisagem interna em vez de um arco linear. As faixas transitam entre autoconfiança assertiva (“like JENNIE”), desejo em tons neon e volatilidade (“Love Hangover”), intimidade reflexiva (“Seoul City”) e um acerto de contas silencioso com laços corroídos pelo tempo (“Twin”). Se o BLACKPINK incorpora intensidade em seu ápice, “Ruby” se expande para fora, mostrando alcance, contenção e variação emocional. O resultado é histórico, tornando JENNIE a primeira artista solo feminina coreana a colocar três músicas no Billboard Hot 100 na mesma semana. No centro de tudo está “ZEN”, uma afirmação de autoria e autogovernança. Informado por referências shakespearianas (“As You Like It”), “Ruby” reivindica controle narrativo, posicionando JENNIE não como uma artista em transição, mas como alguém para quem a evolução soa intencional e inevitável. – Billboard Korea
2 – NMIXX, “Blue Valentine”
O tão aguardado álbum completo do NMIXX, “Blue Valentine”, é uma declaração em longa duração e uma dedicação à visão do grupo de misturar gêneros, agora pronta para prosperar em uma experiência de álbum completo. As 12 faixas levam o estilo característico “MIXX pop” do grupo a explorar desde o rock-pop emocional da impressionante faixa-título “Blue Valentine” até baile funk, synth-pop melancólico e boom-bap energético no favorito dos fãs “SPINNIN’ ON IT”. Mas, talvez mais crucialmente, o álbum também abre espaço para uma contribuição mais pessoal das integrantes: Lily co-escreveu a faixa em inglês “Reality Hurts”, um glitch-pop, ao lado da ascendente Sophie Powers, enquanto a líder Haewon ajudou a compor o hino reggaeton power-pop de escala de estádio “PODIUM”, além da leve “Crush on You”, com influências de bossa nova e jazz.
“Blue Valentine” também representa um momento de reconhecimento para aqueles que acreditaram na visão do NMIXX desde o início. O LP se encerra dividindo oficialmente o single de estreia “O.O” nas duas faixas originais que o compunham: o baile funk com trap pesado de “O.O Part 1 (Baila)” e o teen-pop rock “O.O Part 2 (Superhero)”. É o reconhecimento de que, mesmo fora de suas formas “MIXXadas”, as músicas ainda se sustentam como peças fortes.
O NMIXX viu “Blue Valentine” e sua faixa-título abrirem novos caminhos comerciais para o grupo, finalmente alcançando grandes sucessos nas paradas de K-pop e retornando à Billboard 200. Mas, no contexto mais amplo da cultura K-pop, “Blue Valentine” mostra a importância de usar o formato de álbum para provar que manter uma visão desde o início pode valer a pena a longo prazo. Quando um artista finalmente alcança um marco musical como seu primeiro álbum completo, celebrar com um projeto que honra os primeiros dias enquanto demonstra a ampliação de habilidades, estilos e sons é algo reservado apenas aos grupos mais talentosos e ambiciosos — duas qualidades que transbordam nas seis integrantes do NMIXX. – J.B.
1 – MARK, “The Firstfruit”
Para quem não está familiarizado, MARK é integrante do altamente bem-sucedido boy group da SM Entertainment, NCT, então seguir carreira solo significava produzir algo grande, algo que o destacasse entre os impressionantes 25 membros que o grupo tem em 2025. “The Firstfruit” é um álbum profundamente pessoal, que se apoia nas experiências do rapper nascido em Toronto, desde pegar voos até a saudade de casa e a falta da mãe. “1999” serve como o single principal, uma faixa pop animada com riffs de guitarra funk e vocais em falsete únicos. É bem diferente de outras entradas de MARK, como a sincera e nostálgica “Toronto’s Window”, arranjada por Code Kunst, e a introspectiva “Mom’s Interlude”, guiada pelo piano. O álbum leva o ouvinte por uma jornada do início ao fim através dos olhos de MARK. – A.A.
Essa matéria foi traduzida e adaptada da Billboard. Leia a original aqui.








