Gene Simmons, do KISS, diz que Ace Frehley morreu por ‘decisões ruins’
Guitarrista morreu em outubro aos 74 anos
O baixista e vocalista do KISS, Gene Simmons, afirmou que “decisões ruins” relacionadas ao estilo de vida contribuíram para a morte de Ace Frehley, guitarrista e membro fundador da banda.
Ele morreu aos 74 anos em Morristown, Nova Jersey (EUA), no dia 16 de outubro. Um comunicado divulgado na época revelou que Ace – também conhecido como Spaceman – morreu “pacificamente, cercado pela família” após “uma queda recente em sua casa”.
Uma investigação foi iniciada para apurar a morte de Frehley, e os resultados do exame médico foram divulgados posteriormente, concluindo que sua morte foi acidental.
Kiss na cerimônia do Kennedy Center Honors
No domingo (7), Donald Trump entregou medalhas aos homenageados do Kennedy Center deste ano – entre eles KISS, Sylvester Stallone e Gloria Gaynor – por suas contribuições à cultura americana ao longo da vida.
Antes da cerimônia do Kennedy Center Honors, Simmons disse ao jornal “New York Times” que “más decisões” levaram à sua queda fatal, aparentemente insinuando que o abuso de substâncias pode ter contribuído para o ocorrido.
“Ele recusou conselhos de pessoas que se importavam com ele, inclusive eu, para tentar mudar seu estilo de vida”, disse ele. “Entrava e saía de más decisões. Cair da escada, eu não sou médico, não mata. Pode ter havido outros problemas, e isso me parte o coração.”

Embora o laudo toxicológico ainda não tenha sido divulgado, Frehley afirmou, no ano passado, que estava sóbrio há 18 anos, segundo a “Consequence”. No mês passado (15), os membros remanescentes do KISS prestaram homenagem a ele durante seu primeiro show “sem máscaras” desde que se aposentaram das turnês.
Antes do show, velas elétricas foram distribuídas ao público e, ao subir ao palco, Paul Stanley pediu à plateia que as erguesse e dedicasse um momento para “pensar em alguém que é a base desta banda”.
“Estamos falando do Ace”, disse ele. “Certamente tivemos diferenças, mas é disso que se trata a família.”
Frehley cofundou o KISS em 1973 com o vocalista Paul Stanley, o baixista e vocalista ocasional Simmons e o baterista Peter Criss. As identidades dos membros foram mantidas em segredo por uma década após a estreia da banda, período em que Frehley deixou o grupo para seguir carreira solo, além de enfrentar problemas com abuso de substâncias e crescentes tensões dentro da banda sobre seus rumos.
Nos anos que se seguiram à sua saída do KISS, Frehley formou uma nova banda, Frehley’s Comet. A banda lançou dois álbuns, ambos sem sucesso comercial. Ele voltou a usar seu próprio nome para o álbum de 1989, “Trouble Walkin'”, que contou com a participação do ex-companheiro de banda Peter Criss nos vocais de apoio.
Frehley retornaria ao KISS para a reunião da banda em 1996 e permaneceria até 2002. Ele não participou da turnê mundial de despedida em 2022. Frehley e Simmons tiveram um relacionamento notoriamente conturbado.
Em 2019, o baixista afirmou que o guitarrista foi demitido da banda por abuso de substâncias, enquanto Ace argumentou que estava sóbrio há 12 anos e saiu “por vontade própria, porque você e Paul [Stanley] são controladores, não confiáveis e difíceis demais de lidar”.







