Referência do country, Todd Snider morre aos 59 anos
Cantor ficou conhecido pela grande influência na cena do country alternativo
Todd Snider, cantor, compositor e que ajudou a moldar o country alternativo e a música americana contemporânea, morreu nesta sexta-feira (14) aos 59 anos. A causa da morte não foi divulgada, mas ele havia sido diagnosticado com pneumonia dias antes, segundo relatos da imprensa. A notícia foi confirmada por sua equipe por meio de comunicado oficial nas redes sociais neste sábado (15): “Nosso herói folk, nosso contador de histórias, nosso querido Todd Daniel Snider deixou este mundo”.
Nascido em Portland, Oregon, Snider iniciou sua trajetória artística após se mudar para a Califórnia e, posteriormente, para o Texas nos anos 1980. Foi lá que conheceu Jerry Jeff Walker, que se tornaria seu mentor e inspiração para o estilo de vida errante de trovador moderno. Já nos anos 1990, Todd se estabeleceu em Nashville, onde virou uma figura central da cena de East Nashville. Em 2004, lançou “East Nashville Skyline”, álbum hoje considerado essencial no cânone do alt-country.
Principais álbuns de Todd Snider
Seu disco de estreia, “Songs for the Daily Planet” (1994), trazia faixas como “Trouble” e “Alright Guy”, que se tornaram hinos entre fãs pelo tom irreverente e autodepreciativo. Ao longo da carreira, artistas como Loretta Lynn, Tom Jones, Mark Chesnutt e Gary Allan regravaram suas composições, reconhecendo o impacto de sua escrita.
Mesmo com passagens por grandes gravadoras como a MCA, Snider manteve a alma independente. Lançou diversos trabalhos pelo selo de John Prine, Oh Boy Records, e criou sua própria gravadora, a Aimless Records, em 2008. Foi por lá que lançou “Peace Queer”, um EP de cunho político, e trabalhos mais sombrios como “Agnostic Hymns and Stoner Fables” (2012), que abordava desigualdade social nos EUA.
Todd Snider, inovador do country
Problemas crônicos na coluna, vício em analgésicos e internações em clínicas de reabilitação marcaram sua trajetória nos últimos anos. Ainda assim, seguiu produzindo e lançou discos como “First Agnostic Church of Hope and Wonder” (2021), “Crank It, We’re Doomed” (2023) e o recente High, “Lonesome and Then Some “(2025), trabalho que descreveu como reflexo de um “momento escuro da alma”.
Pouco após iniciar uma nova turnê, o artista cancelou os compromissos depois de ser detido em Salt Lake City em um episódio ainda não esclarecido. “Eu não diria que estou melhor. E acho que nem vou melhorar”, disse à Rolling Stone em outubro, revelando o peso dos últimos anos em sua saúde física e emocional. A notícia de sua morte comoveu a cena musical alternativa dos Estados Unidos.








