Biografia de Freddie Mercury revela que cantor do Queen tinha uma filha secreta
'Com Amor, Freddie" foi lançado no país pela Editora Rocco
No dia 15 de dezembro de 2021, a escritora e jornalista inglesa Lesley-Ann Jones recebeu um email que atiçou sua curiosidade. Era de uma pessoa ligada a Freddie Mercury (1946-1991), a cinebiografia do cantor –”Bohemian Rhapsody”, que rendeu o Oscar de melhor ator ao americano Rami Malek– e decidiu contar a sua versão da história daquele que é considerado o maior performer da história do rock.
Lesley-Ann, diga-se, não é uma paraquedista em matéria de Queen. Em 1997 ela lançou uma reveladora biografia de Freddie, na qual conta as dores que o cantor escondia sob a persona esfuziante –e um tanto esnobe, diga-se– que sempre marcou sua carreira. Pouco depois da primeira troca de emails veio a bomba: a tal fonte anônima era nada menos do que a filha de Freddie, fruto de um relacionamento fugaz que o cantor teve em 1976. Embora sua identidade seja mantida em segredo (ela é chamada apenas de “B”), sabe-se que ela tem 43 anos e trabalha como médica. Ah, sim. Segundo a jornalista, foi feito um exame de DNA para que a paternidade do astro do Queen fosse comprovada.
“Com Amor, Freddie”, que a editora Rocco colocou recentemente nas livrarias brasileiras, foi escrito a partir dos dezessete diários escritos pelo cantor que ficaram de posse de sua filha. Os relatos são encorpados pelo texto de Lesley-Ann e por observações de B, que conta a sua visão do momento pelo qual o pai estava passando.
A obra traz revelações surpreendentes, como a mágoa que Freddie nutria dos pais por eles o terem tirado de Zanzibar, sua terra natal, e o colocado num colégio interno na Índia, e pelo estupro contínuo que sofreu de um professor. Além disso, esmiúça as relações amorosas do cantor com a eterna namorada, Mary Austin, com a alemã Barbara Valentin, e com a própria mãe de B. Ela teria sido gestada num momento em que tanto Freddie quanto a mãe de sua filha passavam por um momento de turbulência em suas relações e estavam carentes.

O livro ainda traz detalhes do vício em sexo e drogas pesadas que acabaram por levá-lo à morte. Freddie se foi no dia 24 de novembro de 1991, em decorrência da Aids. Há um detalhamento inclusive das relações do cantor e de como muitos desses namorados e amigos venderam os segredos de Freddie para os jornais sensacionalistas da Inglaterra. O mais famoso desses Judas foi Paul Prenter, secretário pessoal e um dos muitos affairs do cantor, que foi demitido depois de vazar segredos íntimos de Freddie para a imprensa.
Há quem conteste a veracidade das informações de Lesley-Ann e que a história da tal filha seja uma falácia. “Com Amor, Freddie”, no entanto, é uma visão detalhada da vida privada de um dos maiores nomes do showbiz.








