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Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode: uma pequena história da categoria

Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode: uma pequena história da categoria

Categoria é marco brasileiro e tem Zeca Pagodinho como maior vencedor

Zeca Pagodinho no tributo a Beth Carvalho

Desde sua primeira edição, o Grammy Latino, organizado pela Academia Latina de Gravação, criou uma categoria que, por motivos óbvios, é dominada pelos brasileiros: a categoria de melhor álbum de samba/pagode.

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Para concorrer a um Grammy Latino de melhor álbum de samba/pagode, é necessário: pelo menos 51% do tempo total gravado com material novo; ter um mínimo de 5 faixas/15 minutos e 60% das músicas devem conter pelo menos 60% das letras em português.

Desde sua criação, tanto os trabalhos quanto os artistas concorrentes sempre mostraram como dois dos ritmos mais populares do país conseguem trabalhar entre o clássico e o moderno, entre a roupagem “chique” dos álbuns de estúdio e a maravilha dos álbuns ao vivo.

Isso fica claro já na primeira edição da premiação, com Zeca Pagodinho vencendo o prêmio com o álbum “Zeca Pagodinho – Ao Vivo”. No ano seguinte, o sambista venceu a categoria com o álbum “Água da Minha Sede”, concorrendo com os baianos do Harmonia do Samba (sim, o grupo liderado por Xanddy), que lançavam o álbum “O Rodo”.

“É uma responsabilidade muito grande. Eu acho que foi todo um conjunto de esforços para chegar ao ponto dessas coisas acontecerem. Todo o trabalho que tive com a minha equipe, nos últimos três anos, graças a Deus, está tendo um resultado como esse, ser indicado a um Grammy Latino”, resumiu Diogo Nogueira sobre a indicação ao prêmio, em 2008.

O fenômeno “Numanice”

Em 2022, uma das maiores cantoras do pop nacional levou um Grammy Latino por um álbum de Samba/Pagode. Ludmilla venceu a categoria com o aclamado “Numanice #2″.

Lud lotou estádios, viajou para fora do país da sua turnê, sendo sucesso de crítica e público com seu trabalho autoral que dialoga com que Ludmilla oferece desde o começo da sua carreira.

O depoimento da cantora ao ser indicada também fala muito sobre como o prêmio é visto antes das indicações – e como uma chance de levar o gramofone pode mudar uma carreira.

“Acordei com a notícia de que estamos indicados ao Grammy Latino com um projeto que saiu da minha cabeça, que quase ninguém colocou fé, mas que eu acreditei e fui até o fim para entregar para vocês. É o Numanice #2 na maior premiação de música do mundo. O ‘Numanice’ se tornou um projeto enorme sem a menor pretensão. Claro que imaginava que as pessoas iam gostar, mas jamais imaginei que ia lançar tanto conteúdo dele em tão pouco tempo e que ia estabelecer novos recordes no segmento”.

O “apogeu” de Xande de Pilares

No ano passado, Xande de Pilares venceu o prêmio com o álbum “Xande Canta Caetano”, concorrendo com Alcione (álbum “Alcione 50 Anos Ao Vivo”), Marcelo D2 (álbum “Iboru”), Thiaguinho (álbum “Tardezinha Pela Vida Inteira Ao Vivo”) e Tiee (álbum “Subúrbio Ao Vivo”).

Xande de Pilares foi único brasileiro indicado a “Álbum do Ano” também no Grammy Latino 2025, com o mesmo álbum.  “Vivo meu melhor momento, com reconhecimento de outras pessoas de fora da bolha”, disse o produtor do álbum, o sambista Pretinho da Serrinha.

O que esperar da categoria neste ano?

Entre os possíveis indicados neste ano estão alguns trabalhos como álbum “Quinhão”, do sambista Mosquito, e o “Sorriso Eu Gosto No Pagode Vol. 3”, do grupo Sorriso Maroto.

Do começo até os dias de hoje, a mistura de vertentes, os novos e os mais antigos – e até mesmo cantores que estão mais próximos de outros gêneros, como o próprio Marcelo D2 e Marisa Monte.

O maior vencedor do Grammy Latino na categoria em questão é Zeca Pagodinho, com quatro vitórias. Ao todo, ele foi indicado 12 vezes em 25 edições.

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