Lady Gaga faz apresentação histórica no Coachella
Estreia da turnê 'Mayhem' estremece o primeiro dia do festival


As expectativas eram altas, mas ninguém estava preparado para o espetáculo que Lady Gaga entregou na 24ª edição do Coachella. Com duas horas de shows e repertório formado por 20 músicas, a cantora de 39 anos fez uma performance inesquecível não só para o festival, mas para a história da música pop.
Com cenário que transformou o palco principal do Coachella em um teatro gótico, Lady Gaga fez de sua participação no festival um espetáculo que quebrou barreiras na música pop. Além de uma banda completa e mais de vinte dançarinos, a artista contou com a presença de uma orquestra de cordas no palco, com os músicos espalhados pelos camarotes.
Sem pontos fracos no repertório, a apresentação conseguiu transmitir o cuidado com cada detalhe, incluindo os arranjos, a iluminação e a ordem das músicas. Contemplando as duas décadas de carreira da artista, o show fez referências a várias de suas eras e figurinos clássicos.
A abertura com “Bloody Mary”, trazendo Gaga no topo de uma gaiola que parecia a continuação de seu vestido, com várias dançarinas presas, iniciou a apresentação com os dois pés na porta. “Disease”, com a cantora se levantando do túmulo, foi outro ponto alto. A batalha no tabuleiro de xadrez durante “Poker Face” também foi brilhante.
Veja o seltlist completo aqui.

A divisão em cinco atos fez com que determinadas cores – como o vermelho e o preto no primeiro; e o cinza e preto no terceiro – predominassem de acordo com o momento do show. Performances instrumentais alucinantes (“The Beast”), coreografias incríveis (“Abracadabra”) e até um momento introspectivo, com Gaga tocando piano e cantando “Shallow”. Durante a apresentação, a artista também tocou guitarra (“Garden Of Eden”) e partes de uma bateria (“Killah”).
Com respiração ofegante que podia ser ouvida do microfone entre as faixas, Gaga deixou escapar sorrisos e fez declarações apaixonadas ao público, visivelmente emocionada. A apresentação se encerrou com “Bad Romance”, com as luzes vermelhas no palco e a cantora e dançarinos com figurino branco.
“Mayhem” foi muito mais que um show. Havia muito mais que música na atuação dos instrumentistas, muito mais que coreografia na movimentação da cantora e de seus dançarinos e o palco tornou-se a locação de uma grande história, contada por esses artistas que se tornaram personagens de uma narrativa dividida em cinco atos.
Para os fãs brasileiros, o show foi um belo spoiler da apresentação que acontecerá na Praia de Copacabana em maio. Os little monsters do Brasil mal podem esperar!

