Trilha espacial, Raul Seixas … Sete curiosidades sobre Bruce Springsteen
Cinebiografia do cantor estreia dia 30 nos cinemas brasileiros

Amado pelo público e premiado pela crítica, Bruce Springsteen é autor de verdadeiros clássicos que fizeram a história e embalaram a vida de uma legião de fãs. Em breve, um período importante de sua grande carreira será revisitado em “Springsteen: Salve-me do Desconhecido”, cinebiografia que terá Jeremy Allen White (do seriado “The Bear”) no papel principal. Porém, como nem tudo cabe em um filme, separamos abaixo 7 curiosidades sobre a vida de Bruce Springsteen que você merece saber.
Veja sete curiosidades sobre Bruce Springsteen
1 – A origem do apelido “The Boss”
Bruce Springsteen tem um dos apelidos mais famosos da música: The Boss, ou O Chefe, em português. A alcunha nasceu de uma brincadeira da E Street Band, sua banda de apoio. Como Springsteen era o responsável por negociar o cachê das apresentações e distribuí-lo entre os músicos, eles começaram a chamá-lo de “chefe”. Acontece que, em 1974, um jornalista ouviu Bruce sendo chamado assim e a piada interna se tornou pública. O cantor admite que nunca gostou muito do apelido, mas acabou se acostumando com ele.
2 – É popular até no espaço
A NASA tem a tradição de acordar seus astronautas com canções específicas durante as missões. Em 21 de dezembro de 1999, o grupo que havia sido enviado ao espaço para fazer reparos no telescópio Hubble acordou ao som de “Rendezvous”, de Bruce Springsteen. A escolha foi proposital, já que rendezvous significa “encontro”, justamente o que os astronautas teriam com o telescópio naquela tarde.
3 – Quase não participou de “We Are The World”
Bruce Springsteen é uma das vozes de “We Are The World”, clássica canção lançada para arrecadar fundos para combater a fome na Etiópia. O que muita gente não sabe, é que ele quase não participou da canção por dois motivos bem diferentes, causados pelo fato de que a música foi gravada em uma única noite.
A produção de “We Are the World” foi marcada para o dia seguinte ao último show da primeira parte da grandiosa turnê do álbum “Born in the U.S.A.” (1984) e Bruce tem a tradição de não viajar após apresentações. Porém, dada a importância do projeto, ele decidiu deixar o costume de lado.
O show em questão aconteceu na cidade de Buffalo, em Nova York, que passava por uma nevasca tão forte que havia a chance do vôo do músico para Los Angeles ser cancelado. Felizmente, o avião decolou sem problemas e Bruce pôde emprestar seu vozeirão para mais uma canção marcante.
4 – Tributo a Raul Seixas
Em 2013, Bruce Springsteen surpreendeu os fãs brasileiros ao homenagear ninguém menos do que Raul Seixas. Antes de desfilar os grandes sucessos da própria carreira, o Chefe abriu os shows que fez em São Paulo e no Rock In Rio, no Rio de Janeiro, com a canção “Sociedade Alternativa”. Com muito respeito, o músico agradeceu a Raul e a cantou em português, sem apelar para o teleprompter.
5 – Homenagens no cinema e na TV
Bruce Springsteen já apareceu no cinema e na TV de diferentes maneiras. Citado em séries como “Família Soprano”, animações como “Bob’s Burgers” e até com participações em filmes como “Alta Fidelidade” (2000), o músico ganhou sua maior homenagem em um programa infantil. Em 1980, a Vila Sésamo apresentou “Bruce Stringbean” – Bruce Feijão, em tradução livre –, músico que tocava junto à “S Street Band” (ou Banda da Vila S). O personagem apresentou versões divertidas dos sucessos do Chefe, como “Born to Add” e “Barn in the U.S.A.”, que traduziram os hits do músico para as crianças.
6 – Ele tem um Oscar
Bruce Springsteen tem uma relação premiada com o cinema. O músico já compôs muitas canções originais para grandes filmes, como é o caso de “Dead Man Walkin”, de “Os Últimos Passos de um Homem” (1995), “The Wrestler”, de “O Lutador” (2008) e até gravou uma versão do clássico “Viva Las Vegas”, de Elvis Presley, para “Lua de Mel a Três” (1992). Porém, a faixa mais famosa é “Streets of Philadelphia”, composta especialmente para “Filadélfia” (1993). O trabalho nessa música rendeu a Bruce Springsteen o Oscar de Melhor Canção na premiação de 1994.
7 – Fez história com “Nebraska”, disco gravado em casa
Em 1982, Bruce Springsteen vivia o auge da carreira graças ao lançamento dos álbuns “Born to Run” (1975), “Darkness on the Edge of Town” (1978) e “The River” (1980). Se sentindo desconectado das próprias raízes, o músico decidiu passar um tempo em um rancho na zona rural de Nova Jersey, onde cresceu. Lá, ele começou a compor e gravar demos de canções no próprio quarto.
A ideia era transformar esses esboços em canções finais com a E Street Band, mas boa parte do resultado não agradou por não fazer jus à essência do material, que tratava de assuntos íntimos e pessoais. Assim, ele decidiu lançar as versões caseiras, apenas com voz, violão e gaita, e o resultado foi “Nebraska”, álbum de 1982 que enfrentou descrença da gravadora Columbia, mas que chegou ao número 3 das paradas. Vale notar que algumas das músicas retrabalhadas com a E Street Band agradaram sim e deram origem ao disco seguinte de Bruce Springsteen: “Born in the U.S.A.” (1984), que catapultou de vez a carreira de Bruce ao redor do mundo.
Esse período importante na carreira e na vida de Bruce inspirou “Springsteen: Salve-me do Desconhecido”, cinebiografia dirigida e escrita por Scott Cooper (“Coração Louco”) com base no livro “Deliver Me from Nowhere” (2023), de Warren Zanes. Além de Jeremy Allen White no papel principal, o filme conta com Jeremy Strong, Paul Walter Hauser, Stephen Graham e Odessa Young no elenco. A estreia no Brasil está marcada para 30 de outubro de 2025.