fbpx
Você está lendo
Maz: ele conseguiu tocar no Coachella, mas não tem mais tempo para curtir música

Maz: ele conseguiu tocar no Coachella, mas não tem mais tempo para curtir música

DJ brasileiro cravou remix afrohouse de "Banho de Folhas" como hit internacional

Avatar de Billboard Brasil
Maz representa o Brasil com Ludmilla no Coachella 2024

Antes de cravar o hit “Banho de Folhas” como um dos remixes queridinhos dos DJs mundo afora — principalmente daqueles que tocam no lado mais solar das raves–, o carioca Maz registrava quatro meses de busca por uma música com letra em português para remixar. Hoje, a versão afrohouse do maior sucesso da baiana Luedji Luna é uma das responsáveis por levar o DJ a dois dias de sets no Coachella, um dos maiores festivais do mundo. Ele toca neste sábado (13) e no outro (20).

Mas a canção ideal não veio de uma pesquisa pelos downloads piratas do Soulseek, ou pelos legalizados no Beatport ou mesmo em uma navegada pelo YouTube. Mas, sim, da namorada, Gabi Gelli que, além de artista plástica, é responsável por um perfil no TikTok que registra o olhar de backstage durante as viagens de Maz.

Veja também
Os DJs Maz e Antdot, brasileiros que serão destaque no Tomorrowland Bélgica

“Muita gente não sabe, mas foi ela que me apresentou a música. Eu nunca tinha ouvido a versão original. Eu tava procurando uma música em português para remixar e aí ela botou a música no carro, eu me arrepiei todo na hora. Em dois, três dias, o remix tava pronto”, conta o DJ que, confessa, tinha resistência em misturar os dois elementos que, hoje, o caracterizam. 

@gabigelli O dia que me vinguei e obriguei meu namorado ficar até o final do funk #namoradadodj #fyp #festa #casais @Maz ♬ original sound – gabi gelli

“Eu tinha me dado esse desafio. Inclusive, eu tinha um preconceito: para mim não funcionava colocar música em português com música eletrônica. Fui em uma vibe mais orgânica que se aproxima mais do afrohouse e do organic house e aí surgiu ‘Banho de Folhas’, abrindo um canal de possibilidades na minha cabeça como produtor musical”, explica o dono do hit #1 de afrohouse no Beatport, em 2023.

Coachella

Em abril, o DJ toca duas vezes em um dos maiores festivais de música, o Coachella. Mas antes das duas apresentações na cidade de Indio, Maz foi esperto para conseguir chamar a atenção dos “cabeças” do festival californiano.

“Foi uma estratégia de tentar conseguir datas com pessoas diretamente ligadas com o Coachella. Então, por exemplo, a gente conseguiu fazer uma data na Sound, que é um dos clubes mais tradicionais de Los Angeles, sabendo que os donos de lá são vinculados ao Coachella, que têm um certo grau de influência com o festival. E com isso a gente sabia que tinha uma porta aberta ali pra gente conseguir chegar lá. Foi uma noite incrível, esgotada, quatro horas de set”, explica o DJ que, com Ludmilla, forma o time verde e amarelo do festival esse ano.

Os donos do clube estavam na casa e, segundo o DJ, “se amarraram muito”.

Sem tempo, irmão — literalmente

“Cara, isso é uma coisa que eu sinto muita falta” diz quando perguntado sobre o quanto tem conseguido dedicar à arte de ser um DJ observador, daqueles que pesquisa fora de casa, ouvindo outros artistas. “Sinto falta de estar na pista, ouvindo o que os DJs estão tocando. Estar com o espírito de ouvinte. Às vezes, por mais que você esteja num evento, tem muita coisa para tirar sua atenção: muita gente falando, gente querendo trocar ideia… Acaba que te desvirtua e te tira ali da bolha, faz com que você absorva de uma maneira diferente”. 

Apesar disso, o DJ cita alguns nomes que acompanhou mais de perto, recentemente. “Eu consegui curtir um pouco o festival em que fui tocar na Costa Rica, chamado Envision Festival. Como cheguei um dia antes da minha apresentação deu pra curtir bastante os sets de uns meninos muitos bons que se chamam Parallelle [dupla holandesa de produtores]. Do Brasil, tenho visto o DOT, o VXSION, o Bauhouse. Tem o Riascode, que a gente está abraçando junto com a Dawn Patrol [selo criado por Maz e Antdot]. Ele é um moleque de ouro, lá de São Paulo. E tem a galera do Rio também, como simo not simom“, cita.

Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
Publicado pela Mynd8 sob licença da Billboard Media, LLC, uma subsidiária da Penske Media Corporation.
Todos os direitos reservados. By Zwei Arts.