Liana Padilha, da dupla eletrônica NoPorn, morre aos 60 anos
Carioca era referência na música alternativa e celebrava 20 anos de carreira
A artista Liana Padilha, vocalista da dupla eletrônica NoPorn, morreu nesta quarta-feira (20) aos 60 anos. Segundo a apuração da Billboard Brasil, a carioca lutava contra um câncer.
Além de cantora, Liana atuava como ilustradora, pintora, DJ e produtora musical. O NoPorn foi formado originalmente com o Luca Lauri em 2002, em São Paulo. No começo, era apenas uma artista plástica fazendo interações vocais em cima das batidas criadas pelo amigo,webdesigner. Aos poucos, os dois foram se soltando e se entrosando, e o NoPorn ganhou reconhecimento na cena alternativa com suas músicas spoken-word que embalavam as noites pela cidade.
Entre as artistas que Liana influenciou com seu jeito falado, ora debochado, ora sussurrado, de cantar, estão o Cansei de Ser Sexy e Letícia Novaes, a Letrux.
Um dos projetos mais conhecidos pelo público foi o álbum homônimo de 2006, produzido por Dudu Marote. As faixas “Xingu” –uma homenagem ao extinto clube homônimo onde a dupla surgiu– e “Baile de Peruas” ultrapassam milhões de plays no streaming e conquistaram o mundinho da moda nacional.
Em 2012, voltou ao seu Rio de Janeiro natal para se dedicar às artes plásticas. Lá, criou a banda tintapreta, que misturava música e literatura.
Mais tarde, ao lado do companheiro Lucas Freire, que substituiu Lauri no NoPorn, Liana lançou os discos “SIM” (2021), “Contra Dança” (2022), e o mais recente “ADORO DJS” (2023), coletânea de remixes que celebrava os 20 anos da banda.
A dupla seguiu se apresentando pelo Brasil e pelo mundo, apresentando-se em festivais como o Burning Man (EUA), Coquetel Molotov (Recife) e MECA (Belo Horizonte).
No ano passado, foram uma das atrações do palco New Dance Order no festival The Town, em São Paulo.
Informações sobre o velório da cantora ainda não foram compartilhadas.