Qual é a importância de se manter viva a memória sobre um gênio que mudou patamar de alguma atividade? Por exemplo: não se pode falar de futebol sem falar de Pelé, o brasileiro mais famoso do mundo. No entanto, em tempos de vídeos rápidos e atenção fragmentada por telas, há jovens que não sabem das proezas do “rei”. Afinal, é o Cristiano Ronaldo e o Messi que estão no videogame. Esse efeito “esquecimento digital” se estende por outros ídolos e mestres de suas artes.
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Por isso, a Billboard Brasil convidou um time peso pesado de músicos para falar do legado e da importância de James Marshall Hendrix ou simplesmente Jimi Hendrix, que completaria 83 anos neste dia 28 de novembro.
Hendrix é um dos artistas determinantes para a cultura pop do século 20. A guitarra elétrica se divide entre antes e depois do cantor, instrumentista e compositor de ascendência afro-americana e indígena (com raízes cheroqui).
O violeiro e produtor Ricardo Vignini definiu bem a importância de Hendrix para quem toca o instrumento: “Se você vai tocar piano, você tem que procurar Chopin. Se você vai tocar violino, tem que procurar Paganini. Se você vai tocar guitarra, com certeza você tem que conhecer Jimmi Hendrix para conhecer a técnica do instrumento. E Hendrix tem de tudo.”
A trajetória da guitarra flamejante de Jimi Hendrix
Antes de brilhar em carreira solo, o ex-paraquedista do exército norte-americano rodou o mundo como sideman de nomes como Little Richard, B.B King, The Isley Brothers, Ike & Tina Turner e King Curtis.
Foi nesse período que desenvolveu sua presença de palco incendiária e o senso de espetáculo que logo se tornariam sua marca registrada. Além definir o seu caldeirão de influências musicais que passam pelo blues, R&B, gospel e música tradicional americana.
Em 1966, em Londres, o músico criou a The Jimi Hendrix Experience com Noel Redding e Mitch Mitchell.
A partir dali, lançou uma sequência histórica de discos: Are You Experienced? (1967), Axis: Bold as Love (1967) e Electric Ladyland (1968). Cada álbum ampliou as fronteiras do rock psicodélico, do blues e da produção de estúdio.
Hendrix também transformou o som da guitarra ao elevar efeitos ao nível de linguagem artística. Tornou célebres pedais como o Fuzz Face, o wah-wah Cry Baby e o Univibe, além do Octavia, desenvolvido especialmente para ele por Roger Mayer, que criou seu famoso timbre com harmônicos duplicados.
Suas performances viraram lenda: a guitarra incendiada em Monterey (1967), o hino americano reimaginado em Woodstock (1969) e a energia de Isle of Wight (1970) são momentos eternizados na cultura pop. Hendrix criava paisagens sonoras.
Mesmo descoberto por fragmentos de vídeos virais, Hendrix continua irresistível, um artista que fez a guitarra falar, gritar e sonhar, e cujo impacto ainda vibra em cada nova geração.
No menu abaixo, veja depoimentos e vídeos com grandes guitarristas interpretando Jimi Hendrix

O guitarrista, cantor e compositor cearense Artur Menezes é um dos maiores expoentes do blues no mundo. Entre os muitos feitos de sua carreira, ele participou da Experience Hendrix Tour, uma turnê oficial realizada periodicamente nos Estados Unidos para celebrar a obra de Jimi Hendrix.
O evento reúne alguns dos maiores guitarristas e músicos do mundo, como Buddy Guy, Billy Cox, Zakk Wylde, Kenny Wayne Shepherd, Jonny Lang, Dweezil Zappa, entre outros, interpretando ao vivo o repertório de Hendrix em formato de superjam.
O evento é produzido pela Experience Hendrix L.L.C., empresa administrada pela família de Jimi, liderada por Janie Hendrix, irmã do artista. A proposta é manter viva a música, a estética e o legado do guitarrista por meio de performances colaborativas e tributos de alto nível.
Ao relembrar sua relação com a música de Jimi Hendrix, Artur conta que sua conexão começou indiretamente, por meio do blueseiro Stevie Ray Vaughan, outro ícone da guitarra que tinha o som diretamente influenciado por Hendrix.
Artur explica que conheceu primeiro o trabalho de Vaughan e, por influência dele, mergulhou na obra de Hendrix. A primeira experiência profunda foi ao assistir, ainda em fita VHS, a performance histórica de Hendrix em Woodstock. Esse momento o deixou fascinado e o levou a comprar seu primeiro disco do guitarrista, o álbum BBC Sessions, com versões ao vivo.
Desde a adolescência, por volta dos 12 ou 13 anos, ele começou a incluir músicas de Hendrix em seu repertório. Já tocando profissionalmente entre os 14 e 16 anos, passou a estudar mais a fundo as composições e performances. Após morar em Chicago, retornou ao Brasil e formou sua banda solo, iniciando também shows temáticos dedicados à obra de Hendrix. Nesse período, seu interesse passou do fraseado musical para os aspectos estéticos e sonoros, especialmente o uso do pedal Fuzz Face, que se tornou parte essencial de sua identidade musical.
Ele descreve que a psicodelia, as texturas, a ambiência e a improvisação presentes na obra de Hendrix influenciaram profundamente sua maneira de tocar e criar, moldando seu estilo reconhecido hoje mundialmente na comunidade de guitarristas.
“Hendrix está no meu jeito de expressar psicodelia, ambiência, textura. Essa coisa mais improvisada que ele é mestre está cada vez mais ingressa no meu som.”
Artur Menezes - Power Of Soul (Jimi Hendrix Cover)
O guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser , destaca Jimi Hendrix como um músico revolucionário que transformou elementos antes considerados defeitos da guitarra, como distorção, feedback, desafinação e ruídos, em parte essencial de sua expressão artística.
“A guitarra é um símbolo de liberdade e rock and roll por causa do Jimi Hendrix”
Para ele, Hendrix incorporou o caos sonoro da época, marcado por drogas, liberdade e profundas mudanças culturais, e o traduzia de forma única através do instrumento.
Sua ousadia técnica e estética abriu caminho para que outros guitarristas explorassem a liberdade total no instrumento, sem medo de barulho ou imperfeição.
“Hoje, em tempo de inteligência artificial, o Hendrix aparece mais porque é uma expressão pura, muita honestidade.”
Andreas Kisser, Du Moreira e Loco Sosa - Hendrix 70

Bruno Kayapy conta que Hendrix não é tão celebrado quanto deveria no cenário atual do rock e da guitarra, em parte porque, ainda hoje, o gênero continua sendo um espaço hostil para artistas jovens e pretos como ele.
“Ser quem ele era, um artista jovem e preto no mundo do rock, segue sendo até hoje um terreno extremamente hostil.”
O guitarrista destaca que a atitude, a história e o legado de Hendrix oferecem respostas importantes para questionamentos contemporâneos, especialmente no aspecto humano da arte. Ele lamenta a curta vida do músico, cuja imagem se tornou tão gigantesca que ainda serve como referência criativa para guitarristas que buscam inovar ou romper bloqueios: muitos se perguntam o que Hendrix faria em determinada situação.
Kayapy afirma que, sem Hendrix, a história da guitarra elétrica e da música popular seria totalmente diferente. Ele credita ao guitarrista a inserção de cor, paixão, psicodelia e subversão no rock, além de um estilo tão marcante que criou uma verdadeira marca sonora. Para ele, o som de Hendrix permanece eterno. Ele encerra exaltando a singularidade do músico, fazendo até um trocadilho com o nome James Marshall Hendrix, e descrevendo o “som perfeito” de uma Stratocaster plugada em um amplificador Marshall.
“Jimi Hendrix trouxe cor, paixão, amor, subversão e psicodelia para o rock.”
Kayapy, Guedes tocam 'Burning Midnight Lamp'

Vocalista e guitarrista do Black Pantera, Charles Gama explica que o contato com Jimi Hendrix começou ainda na infância. Primeiro pelas imagens: fotos em casa e numa loja de discos em Uberaba, interior de São Paulo despertaram a curiosidade antes mesmo de ouvir sua música.
O primeiro impacto real veio ao assistir ao show de Woodstock em VHS, experiência que mudou completamente sua percepção sobre guitarra, performance e expressão artística. Na época, era difícil encontrar discos e gravações, por isso o vídeo teve um papel decisivo na formação musical e emocional.
Ele cita Hendrix como uma das primeiras referências pretas ao lado de James Brown e Michael Jackson, formando uma base essencial na sua identidade artística.
“Hendrix era simplesmente um deus da guitarra, um homem preto que passou por todas as provações dos anos 60 e 70.”
Para ele, Hendrix segue inspirando novas gerações e representa liberdade, alma e total conexão com o instrumento.

Edgard Scandurra conta que descobriu Jimi Hendrix ainda criança, graças ao irmão mais velho. Aos sete anos, em 1969, ele comprou um disco do guitarrista como presente, e as capas psicodélicas e intensas já despertavam curiosidade. O impacto maior veio ao ouvir o vinil: Hendrix se diferenciava de todas as outras bandas porque transformava a música em uma experiência sensorial completa, com efeitos, estéreo dinâmico e nuances. Essa estética marcou para sempre sua relação com a música.
Mesmo passando por fases como o punk rock, a influência de Hendrix permaneceu como uma força invisível. A identificação aumentava por ambos serem canhotos, criando uma espécie de orgulho juvenil sempre que alguém associava seu jeito de tocar ao do ícone.
“O Hendrix transformava tudo numa experiência sensorial, quase uma alquimia”
Hendrix também marcou a família: sua morte foi tão impactante que até a mãe, que não era fã de rock, chorou ao perceber o quanto ele significava para o filho mais velho.
“Ele deixou em mim uma influência invisível que nunca perdeu força. Por três ou quatro anos, ele fez coisas que até hoje os guitarristas buscam fazer.”
Edgard Scandurra

Kiko Loureiro destaca que a grandiosidade de Jimi Hendrix não está apenas na revolução musical que ele trouxe para a guitarra, mas no conjunto entre técnica, estética sonora, atitude e contexto sociopolítico.
O fundador do Angra explica que o Hendrix transformou a forma de tocar e de usar o equipamento, criando timbres e efeitos inéditos que redefiniram o instrumento. Ao mesmo tempo, sua atuação artística estava profundamente ligada ao momento histórico, como quando tocou o hino americano em Woodstock como protesto contra a Guerra do Vietnã. Essa mistura entre expressão musical, engajamento e presença de palco fez de Hendrix um ícone capaz de influenciar gerações inteiras.
“O Jimi Hendrix é a personificação da guitarra. É transformar um objeto inanimado em uma pessoa. Ele simboliza a guitarra e a atitude”
Kiko lembra que, embora tenha começado a tocar guitarra muitos anos depois do auge de Hendrix, ele cresceu ouvindo que era obrigatório conhecer sua obra. Mesmo em uma época em que guitarristas técnicos e virtuosísticos dominavam a cena, Hendrix seguia como referência essencial.
“Todos os guitarristas que o influenciaram, direta ou indiretamente, foram marcados pela revolução que Hendrix introduziu.”
Kiko Loureiro trio

Lucia Turnbull recorda com vividez a primeira vez em que viu Jimi Hendrix na tela, quando entrou adiantada para assistir Woodstock no antigo cinema do Conjunto Nacional, em São Paulo. Ao se deparar com a cena final do filme, ela se impressionou profundamente com a imagem de Hendrix em um estado de calma e concentração, uma presença que descreve como “muito linda”.
“Você sentia a voz humana gritando na guitarra de Jimi Hendrix.”
A guitarrista ressalta sua admiração pela liberdade com que Hendrix tocava e pela maneira singular com que ele transformava a guitarra em voz humana e instrumento de protesto, especialmente ao interpretar o hino americano como crítica à Guerra do Vietnã. Para Lucia, ninguém antes tinha explorado o instrumento daquela forma, com tamanha originalidade, sensibilidade e domínio de efeitos.
Ela destaca que Hendrix possuía uma linguagem única, compreensível e emocional, e afirma ser apaixonada pelos timbres e pela “alta sensibilidade” dele.
“Eu preciso dizer pros guitarristas ouvirem Jimi Hendrix, se inspirarem pela liberdade dele, pelo amor à música. É pra eternidade, Jimi Hendrix, pra todos nós.”
Mônica Agena conta que conheceu Jimi Hendrix enquanto aprendia guitarra e que sua primeira grande impressão veio ao ouvir a introdução de “Little Wing”, quando percebeu que a guitarra podia “falar”.
A partir desse impacto inicial, passou a explorar a obra dele, que apesar de não ser extensa, é profundamente marcante e disruptiva. Ela afirma que Hendrix não influenciou seu estilo diretamente, mas sua expressividade ao vivo sempre a fascinou: a sensação de que ele travava uma dança primal com o instrumento, ao mesmo tempo em que tinha controle absoluto dos ruídos e texturas.
“Ele dança com a guitarra, mas tem total controle sobre todos aqueles ruídos, e eu acho isso muito lindo.”
Para Mônica, Hendrix permanece um influenciador eterno, atravessando gerações porque ninguém conseguiu reunir tanta personalidade na guitarra. Assim como Michael Jackson no pop, Hendrix é uma referência absoluta no instrumento. Mesmo quando não influencia diretamente, transforma qualquer guitarrista que entra em contato com sua obra.
Ela destaca que novos ídolos, como John Mayer e John Frusciante, carregam sua linguagem e que qualquer amante da guitarra inevitavelmente chega a Hendrix ao estudar efeitos, pedais e história do instrumento.
“Ele é eterno, porque até hoje não existe um guitarrista como ele, com tanta personalidade.”
Natiruts e Mônica Agena tocam ' Purple Haze'de Jimi Hendrix
Monica Agena e Champignon tocam 'Foxy Lady'

A cantora, compositora e guitarrista Rayane Fortes valoriza o legado de Jimi Hendrix para além da música.
“Hendrix foi um dos primeiros a revolucionar a guitarra como um instrumento que explora texturas para além das notas musicais.”
Ela destaca o uso de microfonias, amplificadores no limite, válvulas quentes e até falantes danificados como elementos que moldaram uma sonoridade única, hoje amada e usada por guitarristas do mundo inteiro.
As performances ousadas, como tocar com os dentes ou atrás da cabeça, também ajudaram a quebrar padrões e abrir caminhos. Para Rayane, sem Hendrix não existiriam artistas como Stevie Ray Vaughan, Prince, John Mayer e milhares de guitarristas influenciados direta ou indiretamente por ele. Ela mesma se reconhece como parte desse legado.
Rayane conta que já ouvia outros guitarristas antes, mas ao ouvir Hendrix pela primeira vez percebeu como a conexão entre ele e seus ídolos era profunda. Reconheceu traços dessa linguagem também na própria maneira de tocar, uma identidade em constante transformação.
Para a guitarrista, Hendrix comprova que a arte não morre: sua bagagem é revivida geração após geração. Isso a inspira a construir sua própria história musical, na esperança de também deixar um legado que possa ser tocado e recontado no futuro.
Rayane Forte toca "Voodoo Child (Slight Return)" de Jimi Hendrix

Ricardo Vignini é um violeiro, violonista, guitarrista e produtor paulista conhecido por unir música caipira, folk e rock, especialmente por meio da viola. Ele integra os grupos Matuto Moderno e Moda de Rock e é referência na renovação da viola brasileira.
Vignini explica que Hendrix representou uma divisão histórica na guitarra, mudando para sempre a técnica, a expressão e o comportamento do instrumento.
“Se você vai tocar piano, você tem que procurar Chopin. Se você vai tocar violino, tem que procurar Paganini. Se você vai tocar guitarra, com certeza você tem que conhecer Jimmy Hendrix para conhecer a técnica do instrumento. E Hendrix tem de tudo.”
Ele conta que o álbum Electric Ladyland foi o que mais impactou sua vida, abrindo sua mente para novas possibilidades sonoras e influenciando diretamente sua trajetória artística, inclusive em gravações recentes. Vignini também destaca uma identificação pessoal com Hendrix por ambos serem canhotos, reforçando o quanto essa conexão simbólica marcou seu desenvolvimento musical.
Ricardo Vignini, Macaco Bong, Gabriel Guedes ' Burning of the Midnight Lamp'

Antes da banda Suricato e de ser a voz do Barão Vermelho, Rodrigo Suricato empunhava sua guitarra tocando para astros como Paulinho Moska e ganhou prêmios como “melhor guitarrista brasileiro” no concurso “Gibson Contest”.
No entanto, a guitarra é um grande amor que Rodrigo se expressa, mas não o fim. Em seu Instagram, ele reflete sobre a importância da originalidade e da personalidade na música, tal qual Hendrix ensinava tocando como na introdução de “Little Wing”.
“Muito se fala da guitarra do Hendrix, mas ele foi um raro caso de uma artista multidimensional com excelência em tudo que fazia. A música se misturava em perfeição à performance, atenção estética e teatralidade numa maneira absolutamente única de tocar. Ele não era somente a encarnação humana de uma guitarra mas uma faculdade de belas artes em cena. Uma experiência Audio-visual. Muito além da guitarra e do seu tempo.”
Rodrigo Suricato interpreta “Eu e Você Sempre”, de Jorge Aragão com influências de Jimi Hendrix

Sérgio Hinds defende que Hendrix carimbou seu nome na história da guitarra pela sua maneira de tocar singular e criativa, mas também por suas composições, características vocais e performance nas suas apresentações.
“Hendrix é um artista completo com uma personalidade diferente e marcante. Esse conjunto de qualidades fizeram a diferença e o levaram ao topo na lista dos guitarristas mais endeusados da história do rock.Também não podemos esquecer a escolha dos timbres e efeitos que ele tirava de sua Fender Stratocaster.”
O argentino Victor Biglione descreve Jimi Hendrix como algo sempre emocionante. Ele destaca que sua obra permanece atual e influente até para jovens das novas gerações. Ele relembra que conheceu Hendrix em 1967 por influência de sua mãe, uma mulher moderna, ligada à contracultura e profundamente musical. O disco “Smash Hits” mudou sua vida e o marcou para sempre.
“Hendrix poderia ter ido à Guerra do Vietnã, mas permaneceu na música e transformou toda sua vivência no blues, R&B e soul em uma obra curta, porém gigantesca em impacto.”
Ele destaca a apresentação histórica de Hendrix em Woodstock, quando o guitarrista reinterpretou o hino americano com distorções que simulavam bombas como crítica à guerra.
“Jimi Hendrix continua atual, eterno e comentado, inclusive pelas novas gerações.”
Segundo Biglione, Hendrix não era circense nem performático por truque, mas profundo, criativo e calcado no melhor da cultura do século 20. Ele afirma que continua ouvindo e homenageando Hendrix, inclusive tendo gravado arranjos inspirados no guitarrista. Biglione conta também que tem permissão direta da família de Hendrix para fazer releituras, algo que considera uma grande alegria.









