“Gente, o que foi isso? A Cássia mandou aquele Sol para nós, não é possível”, dizia uma sorridente Sarah Oliveira nos bastidores da gravação do Corona Luau MTV 2025. A surpresa da apresentadora tinha motivos. Na véspera do show em homenagem a Cássia Eller, o tempo na Praia de Maresias (SP) estava cinzento. Com nuvens espessas e pancadas de chuva, o panorama era desanimador para uma apresentação à beira-mar. No dia seguinte chovia muito pela manhã e ninguém poderia garantir que haveria Sol ao meiodia, hora marcada para a gravação com Nando Reis, Céu e Os Garotin.
As horas foram se passando e Cássia Eller fez a sua mágica. Aos poucos, contra todas as apostas, o céu foi tingindo-se de azul e o Sol chegou com absoluta pontualidade. Quando a passagem de som terminou e o diretor gritou “gravando!” pela primeira vez, o dia estava iluminado e belo como uma composição de Nando Reis na voz inconfundível de Cássia Eller.
Então, como não poderia deixar de ser, Nando começou sua apresentação com “Segundo Sol”, aquele que chega para realinhar as órbitas e deixar tudo em ordem. Por sinal, uma letra de autoria do ex-Titã que a interpretação de Cássia transformou em hit nacional. Do time original que acompanhou Cássia no Luau MTV gravado em 2001, também com Sarah à frente, estavam em Maresias a percussionista Lan Lanh e o violonista Walter Villaça. Além do próprio Nando Reis, que fez uma participação especial à época.

A banda de 2025 se completou com Sebastião Reis (violão), Felipe Cambraia (baixolão), Eduardo Schuler (bateria) e Alex Veley (teclado). Depois de “Segundo Sol”, o show prosseguiu com “All Star Azul”, também de autoria de Nando. Esta canção foi uma espécie de declaração de amor à Cássia, contou o músico para Sarah no palco do Corona Luau MTV, que já está disponível na íntegra no canal de Corona Brasil no YouTube e será transmitido pela Pluto TV.
A seguir, chegou a hora de um convidado ser chamado ao palco pela primeira vez. Sarah e Nando deram as boas vindas para Céu. A dupla dividiu os vocais em “Todo Amor Que Houver Nessa Vida”, uma composição de Frejat e Cazuza dos tempos de Barão Vermelho que havia ganhado uma versão de Cássia Eller no álbum “Veneno AntiMonotonia” (1997). Com um timbre mais sutil, Céu usou o contraste evidente com o estilo visceral de Cássia para chegar a uma interpretação particular.
O show seguiu adiante com mais duas composições de Nando. Primeiro, ele apresentou solo “Relicário”, cuja versão interpretada por ele e Cássia no Luau de 2001 foi eleita por Sarah como a sua favorita de todas. A julgar pela reação da plateia, a versão de 2025 também deve se classificar nas primeiras posições.
Depois, foi a vez de convidar Os Garotin ao palco. Anchietx (voz), Cupertino (violão e voz) e Léo Guima (voz) trouxeram todo o suíngue de São Gonça. O trio entregou uma versão com muito balanço de “Meu Mundo Ficaria Completo (Com Você)”, que dá título ao quinto álbum de estúdio de Cássia Eller.
Por fim, era chegado o momento de todos se sentarem juntos no palco para homenagear Cássia uma última vez. Dessa vez com “Malandragem”, composição de Frejat e Cazuza e um dos pilares da carreira da artista. Em jogral, cada um dos cinco vocalistas cantou os versos escritos por Cazuza.
No fim, um toque de humor e malandragem: em vez de “quem sabe ainda sou uma garotinha”, que termina a canção, Léo Guima, Cupertino e Anchietx lançaram: “quem sabe ainda somos Os Garotin…”, para palmas e gargalhadas da plateia. Terminada a gravação, quando os aplausos já cessavam e o diretor gritou “corta!”, o Sol se retirou gentilmente, como quem entende sua deixa. A homenagem estava pronta e as nuvens já podiam voltar a pintar o céu de Maresias.
Veja fotos dos bastidores da gravação do Corona Luau MTV 2025:





