Você está lendo
Quem é Emily Armstrong, vocalista do Linkin Park

Quem é Emily Armstrong, vocalista do Linkin Park

Emily Armstrong em performance ao vivo (Instagram/@emilyarmstrong)

A cantora e guitarrista Emily Armstrong assumiu uma das cadeiras mais simbólicas do rock dos anos 2000: o posto de vocalista do Linkin Park. Por isso, apesar da sua inegável qualidade vocal, ela ainda faz conservadores torcerem o nariz. Mas a resistência pode ser simplesmente desconhecimento.

VEJA TAMBÉM
Poppy (Reprodução/YouTube)

Emily Marcia Armstrong nasceu em 6 de maio de 1986 ,em Los Angeles.  Ela é co-fundadora da banda Dead Sara

A “missão” Linkin Park chegou em setembro de 2024 quando o  grupo fez uma reformação após a morte de Chester Bennington e a pausa nas atividades.

Desde então, Armstrong se tornou o centro da nova fase: ela é a voz principal do álbum From Zero (2024),  e conduz a atual From Zero World Tour.

Emily Armstrong em performance ao vivo (Instagram/@emilyarmstrong)
Emily Armstrong em performance ao vivo (Instagram/@emilyarmstrong)

Influências de Emily Armstrong

A cantora cresceu em Los Angeles e começou a escrever canções e tocar guitarra ainda na pré-adolescência, por volta dos 11 anos. Aos 15, já se arriscava como vocalista, o que rapidamente colocou a música como prioridade absoluta.

Suas referências passam pelo grunge e pelo rock alternativo dos anos 1990 com bandas como  Nirvana, Hole, Pearl Jam. No entanto,o folk e o classic rock de Joni Mitchell, Led Zeppelin, Fleetwood Mac,  Stevie Nicks também fizeram a sua cabeça.

Essa mistura de peso e sensibilidade de compositora folk ajuda a explicar por que sua escrita navega entre riffs agressivos e melodias emocionalmente singelas.

Além disso, Emily Armstrong cita o próprio Linkin Park e Chester Bennington como influências de sua carreira:

“‘One Step Closer’ foi a música para mim, e eu fiquei tipo: ‘é isso que eu quero fazer… como cantora, quero poder gritar’”, disse Emily à Billboard. “A voz de Chester é única, e eu sei que ela é amada por milhões. Quero que minha voz reflita o que sinto ao ouvir as canções dele, porque os fãs amam esse sentimento. É sobre honrar o que ele trouxe para essa banda”, explicou.

Criada em uma família ligada à Igreja da Cientologia, ela acabaria se afastando desse universo, experiência que mais tarde seria tema indireto de letras.

Ouça “Numb”do Linkin Park com Emily Armstrong

+Leia mais: Veja o setlist do Linkin Park no Brasil

Dead Sara: laboratório de uma frontwoman feroz

Antes de qualquer coisa, Emily Armstrong foi, e continua sendo,  a voz e força motora do Dead Sara, banda que ela fundou em 2002 ao lado da guitarrista Siouxsie Medley. As duas começaram a tocar juntas na adolescência, inicialmente sob o nome Epiphany, e fizeram seus primeiros shows em casas pequenas de Los Angeles, como o clube The Mint, em 2005.

Com Dead Sara, Emily consolidou uma reputação de frontwoman intensa, muitas vezes descrita como “tempestade” no palco: vocais rasgados, dinâmica imprevisível, passagens que vão do sussurro à catarse em segundos. O single “Weatherman”, do álbum de estreia homônimo de 2012, virou cartão de visitas da banda e rendeu elogios entusiasmados de nomes como Dave Grohl, que chegou a dizer que eles “deveriam ser a próxima grande banda de rock do mundo”.

Ao longo de EPs e discos como Dead Sara (2012), Pleasure to Meet You (2015) e Ain’t It Tragic (2021), Armstrong refinou um estilo de composição baseado em afinações alternativas de guitarra e estruturas que fogem do formato pop tradicional, aproximando Dead Sara mais do universo alternativo que das rádios mainstream.

A entrada no Linkin Park e o capítulo From Zero

O encontro entre Emily Armstrong e o universo Linkin Park começou de forma discreta: sessões de composição com Mike Shinoda, ainda sem o rótulo de “audição”, a partir de 2019. Só em 2023 a química criativa se consolidou, e em setembro de 2024 a banda anunciou oficialmente seu retorno com dois novos membros: Armstrong nos vocais e Colin Brittain na bateria.

O resultado em estúdio foi From Zero, oitavo álbum de estúdio da banda e o primeiro da nova formação, que alcançou o topo das paradas em mais de dez países. O disco mantém elementos centrais do DNA nu metal/alternativo do grupo, mas abre espaço para a textura vocal de Emily, que alterna entre suja e agressiva, e límpida e melódica. Tudo isso em diálogo com o rap de Shinoda e com camadas eletrônicas e guitarras mais modernas.

Mynd8

Published by Mynd8 under license from Billboard Media, LLC, a subsidiary of Penske Media Corporation.
Publicado pela Mynd8 sob licença da Billboard Media, LLC, uma subsidiária da Penske Media Corporation.
Todos os direitos reservados. By Zwei Arts.