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Metal reunificado: Helloween retoma formação clássica em ‘Giants & Monsters’

Metal reunificado: Helloween retoma formação clássica em ‘Giants & Monsters’

Andi Deris, vocalista, fala com exclusividade sobre o disco à Billboard Brasil

09 de novembro é uma das datas mais importantes da história da Alemanha. Ela marca a data da queda do Muro de Berlim, construção infame que separava a parte ocidental e oriental do país – ou, se preferir, a nação que aderiu ao capitalismo da banda comunista. Este momento acelerou a reunificação da Alemanha, que aconteceu no dia 03 de outubro de 1990.

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Edu Falaschi (Fabio Augusto)

Os admiradores de heavy metal, contudo (e aqui não falamos só dos alemães), guardam ainda outra data como sendo fundamental para a história do país germânico: 13 de outubro de 2017. Foi o momento em que os membros do Helloween, um dos principais nomes do power metal –também conhecido como metal melódico– colocaram suas diferenças de lado e lançaram o single “Pumpkins United”. A canção marcou o retorno do guitarrista Kai Hansen e do vocalista Michael Kiske ao grupo, que em sua formação atual conta ainda com os fundadores Kai Hansen (guitarra), Markus Grosskopf (baixo) e o cantor Andi Deris (que substituiu Kiske em 1993) e Daniel Loble (bateria) e Sascha Gerstner (guitarra), que fazem parte das formações mais recentes do conjunto alemão.

A nova fase do grupo é marcada pelo lançamento do disco “Helloween”, de 2021, e pelos ao vivo “United Live in Madrid”, de 2019, e “Live at Budokan”, de 2024. No dia 29 de agosto foi a vez de “Giants & Monsters”, que sacramenta essa nova fase do combo alemão –cuja escolha do material, claro, foi das mais difíceis. “É um processo doloroso. Principalmente quando se tem muitas canções”, diz Andi Deris, em entrevista exclusiva à Billboard Brasil. “A sorte é que há muitos fãs do grupo em nosso escritório. Eles selecionaram dez músicas em meio às 23 canções que criamos para o álbum.”

O power metal, estilo consagrado pelo Helloween em trabalhos como “Keeper of the Seven Keys: Part 1” é marcado por canções de aceleramento rápido, influências da música erudita (são, afinal, conterrâneos de Brahms, Beethoven e Bach) e temas épicos, que podem ser desde a Bíblia à mitologia nórdica. “A canção-título de ‘Giants & Monsters’ tem a ver com a Bíblia, sobre seres que habitavam a terra no mesmo período que os humanos”, explica Deris. A produção é de Dennis Ward, baixista do Pink Cream 69 –ex-grupo de Deris– e que trabalhou também com os brasileiros Edu Falaschi (vocalista) e Kiko Loureiro (guitarra), além do Angra, banda da qual Edu e Kiko foram integrantes.

“Giants & Monsters” possui influências nítidas de bandas como Scorpions, o primeiro grupo alemão de hard rock a vencer a barreira da língua e estourar no mercado americano. “Scorpions foi a banda que mostrei para a minha mãe e explicar o porquê de querer trabalhar com música”, confessa Deris. A influência dos pioneiros do rock pesado germânico é explícita em canções como “A Little is a Little Too Much”. “Eu não sei se ela tem algo de Scorpions, mas talvez seja eu mostrando as minhas raízes.” “Under the Moonlight”, por outro lado, tem um coro digno do art rock do quarteto inglês Queen. “É uma canção do [guitarrista] Michael Weikath. Ele é um grande fã do Queen”, explica Deris. Weiktah, segundo Deris, também é o responsável pelas letras inspiradas em mitologia. “Ele é capaz de te dar aulas sobre isso.”
“Giants & Monsters” é puxado pelo single “This is Tokyo”, onde eles volta e meia eles são atingidos por “socos” (isso mesmo: socos!”. “É o choque cultural nos atingindo”, diz Daris. Abaixo, a entrevista com Andi Deris onde adianta, inclusive, uma vinda do Helloween ao Brasil em 2026.

 

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