‘Jaguariúna Rodeo Festival tem um papel de vanguarda’
Produtor explica como o festival se tornou um dos mais relevantes do país
O Jaguariúna Rodeo Festival chega à sua 36ª edição consolidado como um dos maiores eventos do país. Em 2025, a programação reúne grandes nomes da música brasileira e aposta em novas experiências para o público. Entre os destaques do line-up estão Chitãozinho & Xororó, Murillo Huff, Lauana Prado e Felipe & Rodrigo no dia 19; Jorge & Mateus e Luan Santana no dia 20; Natanzinho Lima, Ana Castela e Bruno & Marrone no dia 26. Já no dia 27, a festa ganha um momento inédito com a estreia de Kacey Musgraves no palco sertanejo, além das apresentações de Zé Neto & Cristiano e Nattan.
À frente do evento há mais de uma década, Gui Marconi fala com entusiasmo sobre a edição de 2025. Para ele, mais do que um grande rodeio, o evento é um palco estratégico para mostrar a força do sertanejo e de outras vertentes da música brasileira.
“Jaguariúna tem um papel de pioneirismo. Conseguimos combinar o tradicional com o novo. É isso que nos diferencia”, diz.
Para o empresário, a escolha dos artistas nunca é aleatória. “Quem constrói melhor um line-up é quem entende a identidade do evento. Por fora, pode parecer tudo parecido, mas para quem está dentro é muito diferente. Uma coisa é ter Jorge & Mateus e Chitãozinho & Xororó em Barretos; outra é ter Chitão e Luan Santana em Jaguariúna. O contexto muda completamente”, explica.
Esse cuidado com a programação reflete uma tradição de mais de três décadas. “Jaguariúna tem 35 anos, vamos fazer a 36ª edição este ano. Fizemos pesquisas de Top of Mind e sempre aparecemos no topo, assim como Barretos. Isso tem a ver com relevância histórica, mas também com um line-up que traz novidades e atrações de peso”, destaca.
O organizador também fala do impacto regional do evento. Com público estimado em 40 mil pessoas por dia, o festival transforma não só a cidade, mas toda a região metropolitana de Campinas.
“Em setembro é melhor ninguém fazer nada por aqui porque é sobre Jaguariúna. É como uma bomba no calendário. Acabam as hospedagens, mudamos fluxos das vias… É um trabalho feito em conjunto com prefeitura, polícia militar e civil, delegacia da mulher, trânsito. Chegamos a ter reuniões com 80 pessoas para definir a operação”, conta.
Essa estrutura permite que o evento mantenha a tradição sem abrir mão da inovação. Como, o por exemplo, a chance do público acompanhar de forma gratuita as eliminatórias das provas equestres no camping do evento, entre os dias 19 e 20 e de 25 a 27 de setembro, sempre das 8h às 17h.
Os jovens também são parte central do sucesso. Segundo Gui Marconi, Jaguariúna tem o ticket médio mais alto do Circuito Sertanejo e recebe um público majoritariamente feminino (cerca de 55%).
“Isso dá uma cara do que é Jaguariúna. Tem a ver com a vanguarda, de trazer novidades, mas também com o jeito como construímos os shows. No ano passado, abrimos com Chitãozinho & Xororó à meia-noite – algo que eles não costumam fazer –, depois Ana Castela às duas da manhã e Luan Santana às quatro. Em outro lugar isso não aconteceria”, afirma.
Marconi gosta de comparar o Circuito Sertanejo a grandes acontecimentos culturais do Brasil. “Quando você fala do tamanho do sertanejo, talvez só dê para comparar com o Carnaval ou o Réveillon. O Circuito Sertanejo reúne os principais eventos do país e representa mais de 3 mil rodeios, feiras agropecuárias e festivais. É muito a cara do Brasil”, diz.
Para ele, esse posicionamento nacional é fruto de um projeto iniciado ainda na pandemia. “O sertanejo é gigante. Esses eventos são enormes. Queríamos levar isso para mais pessoas, mesmo para quem não frequenta, para mostrar o tamanho do negócio. Hoje temos um olhar nacional para o circuito como um todo”, conclui.
Com tradição, estrutura e um line-up que mescla ícones e apostas, o Jaguariúna Rodeo Festival se consolida como um dos mais relevantes do país, mantendo viva a cultura sertaneja enquanto abre espaço para novas sonoridades.








