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Fãs de Backstreet Boys comemoram irmandade e até ajuda com surdez no The Town

Fãs de Backstreet Boys comemoram irmandade e até ajuda com surdez no The Town

Com looks acidentamente iguais no The Town, amigos reencontram grupo e nostalgia

No trio Viviane, Vivian e Almir, tudo por causa do Backstreet Boys: amizade e profissão

A resposta “não” para a pergunta “vocês combinaram, né?” surpreende. Com lookinhos iguais, três grupos de fãs de Backstreet Boys foram, aos poucos, contando como a banda moldou não só a personalidade deles durante a adolescência, mas as histórias de amizades que começaram na época em que era muito cool lançar um CD do grupo em um discman anti-shock (se você tem menos de 30 anos, era um sistema que evitava que o CD pulasse dentro do aparelho —pois, sim, antes tínhamos que escutar um disco sem movimentar o aparelho. Não ria.).

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Backstreet Boys no The Town 2025 (Lucas Ramos / Brazil News)

O trio carioca Almir de Souza, Viviane e Vivian Virgínia chegou de manhã e vestiu, sem querer, o mesmo look: camisa do grupo, calça preta, casaco preto. Nada intencional. Havia coisa mais importante a se falar nesta sexta (12), dia de um dos maiores fenômenos da música pop nos anos 2000 —eles se apresentam no palco Skyline como headliners do The Town.

“Ah, cara”, suspira ele, entregando que tem muita coisa a falar. “Olha, Backstreet Boys não é só um showzinho. Eles moldaram nossa infância, adolescência, fase adulta. Acompanhamos os altos e baixos, doenças, sabe? Hoje é dia de celebrar com nossa faixa etária. Isso dá um ânimo não só para hoje, mas para seguir em frente. Eles contam a história deles com show”, diz.

Os três se conheceram após as irmãs Virgínia terem tido a ideia de montar um grupo cover de BSB. Almir, então, surgiu na biografia da dupla e o trio nunca mais se desfez. Quer mais? Superando uma incapacidade auditiva, ele virou coreógrafo e, por um bom tempo, foi professor de dança na maior empresa do ramo no país. Ao abrir isso, surgiu também um novo momento de reflexão. Aos 45 anos, ele está cansado da dança —mas relembrar os momentos de adolescente com a música do grupo muda tudo.

“Olha, atualmente, eu estou cansado. Eu atuei por cinco anos como coordenador de dança, graças a essa base do Backstreet Boys. São quase 25 anos trabalhando com dança. Eu tenho uma certa dificuldade em escutar as músicas. E foi graças às músicas deles que eu ia lendo as letras e, assim, eu decorava como tabuada. Mas, depois de um tempo, eu acabei entendendo real mesmo. Foi a partir disso que eu comecei a ler outras músicas e, então, entendi que podia aprender outras músicas”.

Irmãs de trinta anos de amizade e irmãs de ‘look acidental’

Circulando pelo Autódromo de Interlagos, duas duplas também chamaram atenção. Camile Custódio, de 38 anos, e Liliane Brota, de 36, estavam iguais: conjunto jeans anos 2000, meia arrastão e, claro, camisa do Backstreet Boys. “Não!”, elas exclamam ao responder se combinaram o look outrora em alta e imortalizado pelo então casal Britney Spears e Justin Timberlake.

“A única coisa que combinamos foi comprar uma camisa do BSB!”, dizem exibindo também meia-arrastão e tênis gêmeos. Qual chance? “A gente só viu depois que estávamos prontas, no hotel”, explica Camile. Elas vieram de Criciúma, Santa Catarina, e aproveitaram para incrementar, no look, uma bandeira do time que também carrega o nome da cidade —o Tigre atualmente está na terceira colocação da Série B.

As amigas Camile e Liliane: lookinho igual —”mas não foi combinado!”, elas garantem.

Já a dupla Amanda Toledo, 41, e Luana Araujo, 39, cravou a amizade de mais de 30 anos a partir de uma história bem millenial: intervalo da escola, o álbum “Millenium” e um discman. “A gente se conheceu na escola por causa deles. Eu estava com o CD e o discman e disse ‘olha o que eu estou escutando!’. Dali em diante, são mais de 30 anos de amizade”, conta Luana.

“É minha best da vida”, responde Amanda, chegando atrasada no papo, depois de Luana já ter contado até que já dormiram em barracas para ver o show do grupo no Maracanã, em 2001. O repórter provoca. “Você que é a Amanda? Nossa, ela tava falando mal de uma Amanda mesmo antes de você chegar!”. Mas a amizade é blindada, passa nada. “Mentira! Ih, meu filho, são mais de 30 anos. Eu tinha 13 anos na época! Somos duas pessoas diferentes demais. Ela era a ‘hiponga’ do grupo, eu era a crente e tínhamos uma amiga que era espírita. A outra amiga se perdeu no caminho, mas a gente taí. Somos madrinha de casamento, eu moro no Rio, ela mora em São Pedro da Aldeia (Região dos Lagos fluminense)”, finaliza.

Looks The Town
Backstreet Boys estreita laços de mãe, filha e amiga (Amanda Toledo, Luana Araújo e Maria de Fátima)

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