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JUNHEE lança álbum solo: ‘Quero ser único no mundo’

JUNHEE lança álbum solo: ‘Quero ser único no mundo’

Cantor sul-coreano falou com a Billboard Brasil sobre nova fase na carreira

JUNHEE

Oito anos separam o debut do cantor sul-coreano Park Junhee como líder do grupo de K-Pop A.C.E de sua estreia como artista solo. Após quase uma década de um sucesso moderado, o quinteto deixou a antiga gravadora no início do ano com a promessa de um novo início para o grupo e cada um dos integrantes.

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Agora com 31 anos de idade, JUNHEE abriu a própria empresa, H&P Entertainment, e é o primeiro membro a lançar um álbum solo – feito do seu jeito, como ele sempre desejou.

“A melhor parte é que posso simplesmente fazer as coisas do jeito que eu quero. No passado, mesmo quando eu tinha ideias, eu sempre precisava da aprovação de alguém, e sempre davam muitos motivos pelos quais algo não poderia ser feito”, diz JUNHEE em entrevista à Billboard Brasil sobre a nova fase.

Nos últimos três meses, JUNHEE viu sua popularidade crescer de forma rápida e inesperada, principalmente graças a dois covers de músicas do filme “Guerreiras do K-Pop”, que atingiram mais de 5 milhões de visualizações cada.

O timing não poderia ser mais perfeito, e menos de um mês depois ele lançou seu primeiro single, “Supernova”, uma faixa dançante e com uma energia nostálgica que mostrou seu talento como vocalista e dançarino para um novo público que havia acabado de ser apresentado a ele.

“Quando “Supernova” foi lançada, vi muitas novas pessoas engajadas e comentando sobre nas redes sociais e no YouTube… Estou realmente muito grato”, celebra.

JUNHEE agora lança seu primeiro álbum, “The First Day & Night”, com oito faixas que simbolizam os diferentes horários do dia – a primeira, “Umbrella”, representa as 10h da manhã enquanto “Night”, a penúltima, está ligada às 2h da manhã – com o objetivo de mostrar todo o seu potencial, finalmente, sem restrições.

Leia a entrevista completa com JUNHEE

Billboard Brasil: Por que você escolheu “Supernova” como o seu primeiro single como artista solo?
JUNHEE: Eu escolhi “Supernova” porque senti que era uma música que pessoas nos seus 20, 30, 40, até 50 anos podem todos gostar. Por ser uma faixa tão ousada e diferente, achei que seria a escolha certa para um primeiro single. Também me pareceu ser a opção perfeita para me apresentar para as pessoas que ainda não me conhecem.

Quando você fez essa escolha, quais eram as suas expectativas para o retorno do público? Elas foram atingidas?
Sinceramente, eu teria ficado grato se a primeira reação das pessoas ao ouvirem a música fosse ‘uau, ela é muito boa e viciante’. Mas a resposta acabou sendo incrível e fiquei muito surpreso em saber que ela até entrou nos charts de diferentes países. Eu sinceramente não esperava isso de maneira alguma, então fico genuinamente feliz e grato por todo o amor.

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JUNHEE
JUNHEE (H&P Entertainment)

Qual foi a parte mais difícil em promover sozinho pela primeira vez?
A parte mais difícil foi ter que me apresentar sozinho. Eu costumava estar no palco com cinco membros, mas agora tenho que assumir todos os cinco papéis sozinho. Como as pessoas estão focando apenas em mim quando subo no palco, sinto muita pressão em mostrar uma performance sem nenhuma falha. Me preparar para as apresentações não foi fácil nesse sentido, mas eu acho que foquei bastante nisso enquanto ensaiava.

Como a title track “Umbrella” mostra um novo lado seu que talvez você não tenha conseguido mostrar em “Supernova”?
Ela é completamente diferente de “Supernova”! Em “Umbrella”, o gênero é totalmente diferente e mais pop. E acho que agora posso mostrar um lado mais jovem e revigorante. Acho que todo mundo vai acabar comprando um guarda-chuva!

Seu álbum “The First Day & Night” é organizado de forma a seguir as horas do dia, com cada música representando um horário. De onde surgiu esse conceito?
Quando eu me vicio em uma música, eu costumo ouvi-la o dia todo, da manhã até a noite. E aí eu pensei e se eu criasse um álbum que você pudesse ouvir durante o dia todo, com músicas para cada momento do dia? Como a música que eu quero ouvir muda dependendo do horário ou do clima, eu senti que se eu fizesse uma tracklist que passeia da manhã até pouco antes de dormir, o público poderia criar seus momentos com o álbum. Essa foi a inspiração por trás do projeto.

E como foi o processo para escolher as músicas para o álbum? Você já tinha o conceito em mente e escolheu cada uma para um horário ou foi o contrário?
Eu não estava reunindo músicas uma a uma para esse conceito. Eu apenas olhei para as músicas que estava planejando lançar e elas naturalmente se encaixaram nesse flow, e achei que iria funcionar bem. Dali, comecei a desenvolver e construir melhor a ideia. Eu não sei se foi apenas sorte, mas muitas das músicas acabaram combinando com horários diferentes do dia e acabei preparando o álbum dessa forma.

Quais foram alguns desafios musicais que você encontrou enquanto preparava o álbum?
Essa foi a primeira vez na minha vida que tentei colocar tantos gêneros diferentes em um único projeto. Foi também a primeira vez que trabalhei com uma variedade tão grande de gêneros em um período tão curto de tempo. Cada faixa é completamente diferente da outra, e esse foi um grande desafio para mim. Como os gêneros são tão variados, as habilidades e técnicas vocais e até a forma de cantar os ritmos mudaram de música para música. Não foi fácil ter que ajustar isso toda vez que ia trabalhar em uma nova faixa, mas me dediquei muito nisso e com certeza foi um desafio muito importante para mim.

A faixa “Tattoo” conta com a participação de todos os outros integrantes do A.C.E. Como essa parceria aconteceu e por que a decisão de adicionar a música ao seu primeiro álbum solo?
“Tattoo” é uma música que eu gostaria de dividir com os fãs desde que estava na empresa anterior. Nós a preparamos para lançar naquela época, mas o timing nunca funcionou e os planos mudaram. Enquanto preparava o álbum, perguntei aos membros o que eles achavam sobre incluir “Tattoo” e concordamos que seria significativo que estivesse no meu álbum. Como é o meu primeiro solo, achei que teria ainda mais significado. Eu sei que muitos fãs estavam esperando por um momento do A.C.E, então quis mostrar com esse álbum que o A.C.E está sempre comigo e, ao mesmo tempo, que sempre estaremos juntos com vocês.

Como foi o processo de decidir entre assinar com uma nova empresa ou abrir a sua própria?
Eu considerei assinar um contrato como artista de novo com uma nova empresa ao invés de abrir a minha, mas quanto mais eu pensava nisso, mais eu percebi que se eu realmente quisesse fazer o que eu tinha em mente, o melhor caminho a longo prazo seria abrir a minha empresa e construir isso aos poucos. Tinha tantas coisas que eu gostaria de tentar e eu senti que essa era a única forma de expressar as minhas ideias com mais liberdade. Olhando para trás agora, eu acho que foi a escolha certa.

Qual o significado do nome H&P Entertainement?
É bem simples. O “H” vem do nome do meu co-CEO, Hong, e o “P” vem do meu nome, Park. Juntamos e ficou H&P . Não tem nenhum significado mais profundo por trás, de verdade, só acabou acontecendo assim [risos].

Qual tem sido a parte mais difícil da sua nova função como CEO?
Os momentos mais difíceis são, com certeza, quando tenho que tomar alguma decisão. Uma vez que eu decido, não tenho como voltar atrás, então sempre sou muito cuidadoso nessas situações. Eu não quero ter arrependimentos e sinto uma grande responsabilidade de tomar a decisão certa para cada momento, e é por isso que é o mais difícil para mim.

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JUNHEE
JUNHEE (H&P Entertainment)

Por outro lado, qual a melhor parte de ser a pessoa que toma as decisões?
A melhor parte é que posso simplesmente fazer as coisas do jeito que eu quero. No passado, mesmo quando eu tinha ideias, eu sempre precisava da aprovação de alguém, e sempre davam muitos motivos pelos quais algo não poderia ser feito. Por conta disso, teve muitas coisas que eu pude apenas imaginar e não realmente criar. Agora, desde que eu me prepare, eu posso dar vida a essas ideias eu mesmo, e é disso que eu mais gosto. E é claro que é uma faca de dois gumes, mas mesmo assim.

Essa sua nova fase começou com o “MOLT film”. Por que você o escolheu para marcar o início dessa nova jornada e o que ele significa para você e a sua carreira?
Com “MOLT”, eu queria capturar a transição do meu eu do passado para um novo início completamente diferente, como se estivesse virando para um novo capítulo. Mais do que tudo, ele significa me livrar de tudo que não fazia sentido para mim: as roupas, as situações, a maquiagem, até a atuação, e dizer: Eu não quero mais fazer isso. A partir dali, eu queria seguir adiante e refletir sobre qual caminho eu realmente gostaria de seguir, o que eu sempre desejei, e que tipo de imagem eu realmente gostaria de mostrar. Tentei mostrar um pouco disso no vídeo.

Logo depois disso vieram os covers de “Guerreiras do K-Pop” e o grande sucesso que eles fizeram. Eu sei que a ideia veio dos fãs dizendo que sua voz parecia com a original do filme, mas como aquele momento em uma live se transformou nesse projeto em grande escala?
Num primeiro momento realmente começou por causa dos fãs. Eles disseram coisas como “JUNHEE, você deveria tentar isso, combina muito com você”. Então eu ouvi a música e realmente parecia muito comigo e achei que poderia ser divertido. Como estavam falando da minha voz e a música em si é sobre um desenho de um idol de K-Pop, achei que seria um ótimo conceito. A gravação veio primeiro e ela ficou muito, muito boa. E dali fiquei mais ambicioso e resolvi fazer um vídeo ainda melhor e de alguma forma ele saiu. E tantas pessoas gostaram, fiquei realmente em choque.

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Quais eram as suas expectativas iniciais?
Honestamente, eu não esperava nada. Achei que os fãs fossem assistir e gostar, mas nunca imaginei que as pessoas do mundo todo fossem responder de forma tão positiva e começarem a me conhecer. E mais do que tudo, como isso foi logo antes do lançamento do meu debut, eu senti que foi realmente uma ótima oportunidade para as pessoas descobrirem quem eu sou.

E o cover de “Free” com a AleXa? Como ele aconteceu?
Depois de filmar “Your Idol” e ver um retorno tão bom, pensei que eu deveria tentar fazer mais um. Aí eu me perguntei o que deveria ser. Tem essa música chamada “Free” e como eu já tinha feito uma dozinha, achei que seria divertido trabalhar com uma artista feminina dessa vez. Que criaria uma imagem minha que as pessoas ainda não haviam visto. E de cara pensei na AleXa. Eu fui atrás dela e ela respondeu de uma forma tão positiva, que tudo se desenrolou muito fácil. Entre as pessoas que eu conheci, senti que apenas a AleXa poderia transmitir aquela vibe e ela fez um trabalho incrível. No fim, parece que simplesmente era para ser, que o destino fez esse projeto acontecer.

Como você acha que o sucesso dos covers impactou a recepção do seu lançamento solo? Você percebeu um novo público e mais novas pessoas prestando atenção no seu trabalho?
Com certeza! É impossível não sentir isso porque meus inscritos no YouTube aumentaram em mais de 100 mil pessoas. Além disso, meus seguidores nas redes sociais também aumentaram na casa de dezenas de milhares, o que significa que esse tanto de gente está me acompanhando em tempo real e recebendo notificações. Graças a esse impacto, quando “Supernova” foi lançada, vi muitas novas pessoas engajadas e comentando sobre nas redes sociais e no YouTube. Eu também estou me esforçando para me comunicar com todos e me sinto muito sortudo por tudo isso. Estou realmente muito grato.

Você também fechou uma parceria com a PAN Entertainment. Você pode explicar um pouco qual é o papel deles no gerenciamento da sua carreira?
A PAN Entertainment e eu trabalhamos juntos nesse álbum como coprodutores. Mesmo assumindo a posição de produtor e de supervisão da produção geral do álbum, tem muitas outras áreas em que eu precisava de apoio, como distribuição dos materiais ou contato com a imprensa. A PAN ofereceu todo esse suporte, e também preparamos o álbum juntos compartilhando ideias, tendo reuniões. Pretendemos manter a parceria para o futuro, trabalhando com a PAN no processo da produção dos álbuns.

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A PAN é conhecida por trabalhar com muitos dramas. Você consideraria voltar a atuar se aparecer uma oportunidade ou pretende focar exclusivamente na música por enquanto?
Se a oportunidade aparecer, eu gostaria de atuar novamente algum dia. Mas no momento, como já estou me desafiando tanto como cantor, acho que o melhor é forar apenas na música por enquanto. Mais do que qualquer coisa, quero criar um álbum muito bom e vê-lo ter bons resultados primeiro. Até lá, quer continuar testando meus limites dentro desse desafio.

Você recentemente compartilhou detalhes sobre a sua saúde com os fãs, chegando a dizer que nem a sua família sabia muitos detalhes sobre o caso. Por que é importnte para você manter esse tipo de comunicação e proximidade com os seus fãs?
Para mim, os fãs são como meus amigos. E, pessoalmente, acredito que qualquer pessoa pode ficar doente; os fãs podem pegar um resfriado ou ter problemas de saúde assim como eu. Eu não queria que a empresa fizesse um comunicado oficial e pesado sobre a minha condição. Achei que seria melhor compartilhar com os fãs de forma natural, assim como estou fazendo aqui, agora. Estou recebendo tratamento, então ninguém precisa se preocupar muito. Eu não queria fazer um grande caso sobre não estar bem. Qualquer um pode ficar doente e eu estou me recuperando, então achei que falar sobre isso casualmente poderia acalmar as preocupações dos fãs. Sobre não falar para a minha família, é porque eles já estão lidando com tantas coisas e eles já se preocupam muito comigo. Eu não queria adicionar mais uma preocupação ao contar que estou doente.

Que tipo de artista você quer que o mundo veja com o seu trabalho solo?
Um artista realmente único no mundo.

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Você acha que o JUNHEE de 2017 que havia acabado de debutar com o A.C.E teria orgulho fo JUNHEE que você é hoje?
Não! [risos] Eu acho que ele estaria super preocupado. Tipo ‘O que? Sua própria empresa? Você está louco? O que você está fazendo? Por que?”. Acho que é exatamente assim que ele reagiria! Mas no fim das contas, ele me apoiaria.

Tem alguma parte da sua trajetória até aqui que você mudaria se tivesse a chance?
Não. Eu não mudaria nada sobre como vivi até agora. Eu acredito que sou quem sou hoje por conta de tudo pelo que passei. Cada experiência foi valiosa e eu acho que cada uma me ensinou algo. E, para mim, viver tudo isso uma vez já foi o suficiente.

Qual você diria ser seu maior sonho com essa nova fase da sua carreira?
Eu quero muito fazer um show em um estádio um dia. Eu penso nisso todos os dias, de manhã, à tarde e à noite. Eu me imagino no palco cantando enquanto os fãs ocupam todas as cadeiras até o lugar mais alto no quarto andar, cantando junto comigo, e eu estou em pé lá no meio absorvendo tudo. Só pensar nisso me faz muito feliz. Eu acho que é isso que me faz continuar, sonhar sobre esse momento.

Para finalizar, por favor, mande um recado para os seus fãs brasileiros!
C.C. do Brasil! Muito obrigado sempre e muito obrigado por me esperarem. Enquanto me preparo para as minhas atividades como solista, quero muito poder encontrar vocês pessoalmente. Seja em uma turnê, um evento ou um show, se tiver uma oportunidade, vou fazer questão de ir ver vocês. Então quando eu chegar no Brasil, por favor venham e vamos passar um tempo incrível juntos! Obrigado! Te amo!

JUNHEE e AleXa
JUNHEE e AleXa (YouTube/Reprodução)

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