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The Town: Travis Scott fecha o ‘dia do trap’ e entrega o básico

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The Town: Travis Scott fecha o ‘dia do trap’ e entrega o básico

Travis Scott (Instagram)

Este sábado (6), primeiro dia do The Town 2025, foi todo dedicado ao rap, trap e ao funk. E, para fechar a noite, o escolhido foi Travis Scott. Um dos grandes nomes do que se convencionou a chamar de trap entregou um show… bom.

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Ms. Lauryn Hill (Sidinei Lopes/@oberservadordaimagem/BillboardBrasil)

Travis esteve no Brasil no ano passado, para duas apresentações no Rock in Rio (que é da mesma empresa que realiza o The Town). Definitivamente, quem foi a um dos dois shows, hoje se decepcionou, pois, dos três, o show deste domingo foi o menos vistoso.

Conhecido pela entrega, o rapper até pulou, gritou e fez tudo o que é prometido no seu show, porém sem a empolgação que o Rio presenciou. Teve muito recurso visual, alguns comandos para o público pular, mexer os braços e cantar, mas nada muito novo sob o sol do trap.

O rapper abriu sua apresentação com CHAMPAIN & VACAY, canção presente no seu último álbum, “Jackboys 2”,  que conta com a parceria de Don Toliver, outra estrela do trap que fez as honras no palco Skyline antes de Travis.

Depois, ele emendou “DUMBO”, um dos melhores singles de “Jackboys 2”. Aí veio “BUTTERFLY EFFECT”, hit de “ASTROWORLD”, seu álbum de 2018 que — parece surreal pela distância de tempo– marcou gerações e é reflexo na produção atual.

“HIGHEST IN THE ROOM” fechou uma trinca que apresentou o melhor de Travis Scott: produções que usam, e não abusam, de autotune, sintetizadores e afins, linhas harmoniosas, montando frases gostosas e fáceis de cantar, mesmo em outra língua.

É difícil manter o nível lá no alto o show todo, mas chama a atenção como o show acabou se tornando meio flat, algo quase que cumprindo tabela. Se não fossem os sinalizadores e o frio intenso, parte do público teria tirando um cochilo. O miolo da apresentação beirou o tédio.

A impressão é que Travis correu para entregar o show por conta de um atraso no show anterior (a apesentação de Don Toliver foi paralisada por 30 minutos) e não conseguiu dialogar com a plateia.

Até a chegada de “FE!N”, seu grande sucesso que é focado na repetição da música por incontáveis vezes, quando deu para retomar um pouco da energia (aliás, Travis cantou seu hit apenas duas vezes, talvez também por causa do atraso).

Neste sábado, tivemos shows de destaque. Filipe Ret mostrando por que está há 15 anos se mantendo relevante, Budah, uma gratíssima surpresa do rap nacional, além de Burna Boy, craque nigeriano que consegue misturar elementos em um show muito redondo. Porém, a maior a estrela da noite entregou apenas o básico para um público que se contentou.

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