Rauw Alejandro pode enfrentar processo de R$ 8 milhões por samples; entenda
Gravadora BM Records alega uso não autorizado de samples
Uma nova disputa judicial em torno de Rauw Alejandro pode custar caro.
A BM Records, gravadora e distribuidora dos EUA, entrou com processo contra o cantor e pede indenizações que podem chegar a US$ 150 mil (R$ 800 mil) por cada suposta infração de direitos autorais – ao todo, o processo pode ultrapassar 8 milhões.
O alvo da ação é o álbum “Saturno”, lançado em 2022, que segundo a empresa contém samples de músicas do pioneiro do reggaeton DJ Playero sem a devida autorização.
O caso chama atenção porque o próprio Playero, creditado como produtor e até artista convidado em algumas faixas, não faz parte da acusação. A BM Records afirma ter firmado diversos contratos ao longo dos anos para deter grande parte do catálogo do músico, inclusive um acordo assinado em 2007. Para a empresa, o uso de suas obras no disco de Alejandro infringe diretamente esses direitos.
De acordo com documentos obtidos pela “Rolling Stone”, quatro músicas de Saturno estão no centro do processo: “De Carolina”, que teria usado “La Gente Sabe” e “Somos De Carolina”; “Panties Y Brasieres”, com trechos de “Camuflash” e “Camuflash Live”; “Dejau’”, que incluiria seis samples diferentes; e “Punto 40”, que traria elementos de “Tengo Ina Punto 40”.
Alejandro disse à “Rolling Stone” ter acreditado que as músicas estavam devidamente liberadas por sua antiga gravadora. “Meu único foco sempre foi criar álbuns lendários e tenho apenas respeito por outros criadores”, afirmou o cantor.
Até o momento, representantes de Playero não se pronunciaram, e os advogados da BM Records também não deram novos detalhes sobre o caso.
