Morre Paul Mario Day, vocalista original do Iron Maiden, aos 69 anos
Cantor ficou apenas 10 meses na banda de heavy metal
Paul Mario Day, conhecido como o vocalista original dos ícones do metal Iron Maiden, morreu aos 69 anos.
A permanência do cantor na formação inicial da banda foi curta, tendo sido recrutado pelo baixista Steve Harris para se juntar ao grupo no final de 1975. A formação inicial durou apenas 10 meses, com ele deixando o grupo após alegações de falta de energia e carisma.
“Quando eu cantava no Iron Maiden, era uma banda nova de pub e ninguém queria vê-los ou ouvi-los”, Day relembrou mais tarde sobre sua época no grupo. “Éramos todos zés-ninguéns, tentando fazer a melhor música possível e lutando por público.”
Embora fosse um membro ativo sem nenhuma gravação, Day foi substituído por Dennis Wilcock, que também teve curta duração no grupo, permanecendo apenas até 1978 sem aparecer em nenhuma gravação.
Wilcock foi posteriormente substituído por Paul Di’Anno, que participou dos dois primeiros álbuns da banda antes de ser sucedido pelo vocalista de longa data Bruce Dickinson.
O álbum de estreia homônimo do Iron Maiden, de 1980, também continha a faixa “Strange World”, que Day posteriormente alegou ter coescrito sem ser devidamente creditado.
“Naquela época, todos nós torcíamos para o mesmo lado e ainda dói pensar que a primeira música que compus estava em um álbum de grande sucesso e ninguém sabe que fui eu”, disse ele.
Em 2019, no entanto, Day afirmou que a questão da coautoria estava “resolvida”, acrescentando que “está tudo bem nesse aspecto”.
Após sua breve passagem pelo Iron Maiden, Day também liderou os grupos More e Wildfire, antes de se juntar a uma versão reformada da banda inglesa de glam rock Sweet como vocalista principal, ao lado do guitarrista Andy Scott e do baterista Mick Tucker.
“Em 1985, Mick Tucker e eu montamos a primeira nova formação do Sweet após o hiato da banda original”, escreveu Scott em uma publicação em homenagem compartilhada no Facebook.
“Precisávamos de um vocalista e, quando Paul chegou para a audição, não procuramos mais. Nossos primeiros shows foram na Austrália, com ingressos esgotados, o que era um bom presságio para o futuro. A Europa seguiu o exemplo e três noites esgotadas no Marquee, em Londres, resultaram em um álbum ao vivo, um vídeo e um DVD. Live at the Marquee alcançou sucesso em várias paradas ao redor do mundo e a performance vocal de Paul resistiu ao teste do tempo.”
“Paul foi uma parte fundamental da NWOBHM [Nova Onda do Heavy Metal Britânico] desde sua época em uma das primeiras versões do Iron Maiden e, claro, por sua fantástica performance no álbum Warhead”, disse More em uma declaração nas redes sociais sobre o legado de Day.
“Ele era uma figura muito querida no rock britânico e fez muitos shows memoráveis, incluindo o lendário show Monsters of Rock de 1981 no Castle Donington com AC/DC, Whitesnake/David Coverdale, além de turnês com Iron Maiden, Def Leppard e muitos outros artistas lendários.”
Day se mudou para a Austrália na década de 1980, onde continuou atuando como músico.
