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Bad Bunny: fãs madrugam e fazem home office na fila para garantir ingressos

Bad Bunny: fãs madrugam e fazem home office na fila para garantir ingressos

Entradas esgotaram rapidamente com alta demanda do público do Brasil

O cantor Bad Bunny

Não foi só na pré-venda que os fãs de Bad Bunny passaram sufoco. Para garantir ingressos para o primeiro show do astro do reggaeton no Brasil, teve gente que dormiu na fila, madrugou e montou um “quartel-general” para garantir as entradas.

O cantor se apresenta no Allianz Parque, em São Paulo, nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2026, com a “Debi Tirar Mas Fotos World Tour”.

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O cantor Bad Bunny

A perna latino-americana da série de shows, dedicada ao último álbum do porto-riquenho, será finalizada em terras brasileiras. Além disso, Benito passará por menos países da América Latina desta vez, o que também reforça a alta demanda.

Com a repercussão da pré-venda para clientes Santander Private e Select, iniciada na última quarta-feira (7), os demais clientes se prepararam para garantir seus ingressos.

O bancário Giuseppe Albertino, de 34 anos, foi até a bilheteria física do Estádio do Morumbi e se surpreendeu com a alta procura pelo show do cantor.

“Confesso que eu era uma das pessoas céticas quanto ao Bad Bunny lotar um estádio, se ele viesse para o Brasil, né? Sempre falei que, se ele viesse, tocaria em algum lugar menor, em uma casa de shows menor”, contou em entrevista à Billboard Brasil.

Ele, assim como boa parte do público no local, achava que seria fácil comprar os ingressos. Estavam acostumados a ouvir que existiam poucos fãs de música latina no Brasil.

Mas, na prática, não foi bem assim — eles precisaram de reforços. “Montamos meio que uma força-tarefa. Eu estava em dois grupos e alguns outros contatos [ajudaram].”

“Tive muita sorte e também estava bem preparado. Consegui comprar ingresso para mim e para alguns amigos. Estou impressionado que o Bad Bunny conseguiu causar esse movimento”, concluiu Giuseppe.

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Acampamento para ingressos do Bad Bunny

Com a movimentação antes das vendas gerais, muitas pessoas foram ao Estádio do Morumbi em São Paulo na quinta-feira (8), que comercializa ingressos sem taxa de serviço.

Larissa Soares, de 24 anos, foi até a bilheteira após o trabalho. Quando chegou, as atividades do local já haviam sido encerradas. A analista de marketing decidiu permanecer lá até o dia seguinte.

“Por conta disso, voltei para casa para pegar algumas coisas, como meu notebook, já que hoje eu estou de home office. Voltei lá às 23h30”, relatou. “Dormi lá mesmo. Às 9h, comecei a trabalhar na fila. A bilheteira abriu 20 minutos antes e eu consegui comprar.”

“Acabou muito rápido, tinha muitos cambistas que passaram como preferenciais, infelizmente.”

A professora Anaís Escalona, 32, não dormiu na fila, mas também madrugou. “Não consegui dormir à noite, acordei às 03h00 da manhã”, disse ela, que estava ansiosa. A espera dela tem um quê mais especial: a venezuelana conheceu o reggaeton na escola e, em 2006, veio para o Brasil.

Somente em 2018, ela encontrou festas e locais que tocavam o ritmo, mas teve uma experiência ainda maior quando foi com um grupo de 10 brasileiros para o show do cantor no Paraguai, em 2022.

“Parecia algo bizarro, uma utopia, pensar em um show do Bad Bunny no Brasil”, disse, impressionada com o impacto.

À direita, de top verde claro, Anaís e seus amigos no show do Bad Bunny no Paraguai (Arquivo pessoal).

“Devia ter umas 150 pessoas na minha frente, corri o risco de não conseguir. Em menos de uma hora, vários setores estavam esgotados”, enfatizou. Mas a professora garantiu seu lugar no Allianz Parque.

Mais um show de Bad Bunny no Brasil

Apesar de ter ido para a fila no Morumbi e chegado cedo, houve quem não tivesse muita sorte, como o venezuelano Ricardo Perez, 27. O comissário de bordo, que mora no Brasil há 11 anos, não conseguiu comprar os ingressos.

“Eu cheguei por volta das 4h, havia talvez umas 200 pessoas”, disse ele, mencionando também que muitas pessoas furaram a fila.

O movimento na bilheteira começou a andar às 10h30. Quando deu cerca de 11h15, já tinham informado que a pista premium e a pista comum estavam esgotadas. Quem ficou na fila continuou esperando até chegar a sua vez, mas, à medida que avançava, mais setores iam se esgotando. Muitas pessoas acabaram ficando sem comprar ingressos.

Ricardo, assim como outros fãs, terá outra chance. Devido à alta demanda, uma nova data foi adicionada para a agenda do cantor no Brasil. O segundo show de Bad Bunny acontece no dia 21 de fevereiro de 2026.

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